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A Alemanha volta a estatizar serviços públicos

No DW Coluna Chekpoint Berlim Após onda de privatizações, Berlim remunicipaliza serviços básicos Depois da volta do saneamento básico às mãos do município, empresa pública ganha edital para assumir rede elétrica que rendeu lucro de € 110 milhões em 2018. Atual detentora do serviço pretende brigar na Justiça. Após uma onda de privatização que atingiu […]

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No DW

Coluna Chekpoint Berlim
Após onda de privatizações, Berlim remunicipaliza serviços básicos

Depois da volta do saneamento básico às mãos do município, empresa pública ganha edital para assumir rede elétrica que rendeu lucro de € 110 milhões em 2018. Atual detentora do serviço pretende brigar na Justiça.

Após uma onda de privatização que atingiu Berlim a partir do fim da década de 1990, surgiram nos últimos anos iniciativas populares defendendo a remunicipalização de serviços básicos. A primeira vitória foi a volta da empresa de saneamento básico às mãos do poder público, em 2013.

A experiência com a Berliner Wasserbetriebe, responsável pelo abastecimento de água dos cerca de 3,5 milhões de moradores da capital alemã, é considerada um sucesso na cidade e ajudou a manter estáveis os preços dos serviços. Impulsionada por esse exemplo, há alguns anos a prefeitura berlinense estuda remunicipalizar as redes de fornecimento de energia elétrica e gás.

Há cerca de um mês foi anunciada outra vitória nesse sentido. O contrato de concessão da rede elétrica de Berlim venceu em 2014, e desde então corria a licitação para a nova concessão para os próximos 20 anos. A grande vencedora do processo foi a empresa pública de eletricidade Berlin Energie, fundada justamente para essa reestatização.

Privatizada em 1997, a rede elétrica está atualmente nas mãos da empresa sueca Vattenfall e rendeu no ano passado ao grupo 110 milhões de euros. Para assumir essa rede, a Berlin Energie calcula que terá que pagar cerca de 1,5 bilhão de euros à Vattenfall.

A empresa sueca, porém, não aceitou de bom grado a perda no processo licitatório e anunciou que pretende brigar pela rede na Justiça, apesar de ter poucas chances, segundo especialistas. Até o fim do processo, que pode se estender por alguns anos, a Vattenfall continua controlando os 35 mil quilômetros de rede elétrica da capital alemã.

Enquanto isso, a Berlin Energie já garantiu que pretende contratar os 1,3 mil funcionários que trabalham neste setor da Vattenfall ao assumir a rede.

Clarissa Neher é jornalista da DW Brasil e mora desde 2008 na capital alemã. Na coluna Checkpoint Berlim, escreve sobre a cidade que já não é mais tão pobre, mas continua sexy.

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Comentários

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euclides de oliveira pinto neto

16/04/2019 - 13h28

Esse “chicagoboysta” colocado à frente da economia brasileira devia inteirar-se da economia mundial e não ficar repetindo as besteiras do seu catecismo “ultra-liberal” que só provocou problemas graves em todas as regiões onde foi adotado. Custos exorbitantes para os consumidores e lucros fabulosos para os “banksters” aves de rapina… Têm que nacionalizar os bancos, empresas estratégicas e todos os segmentos da economia que possuem finalidade social e/ou estratégicas. Dá uma olhada na Noruega. Todos os setores estratégicos são estatais. E a Noruega têm um padrão de vida excelente. Outro exemplo é a China. O regime é comunista, mas é um dos poucos países que até poucos anos apresentava taxas de crescimento de dois dígitos e agora, “em crise”, só cresce 6,5% ao ano… dá muita pena deles, não é mesmo ?

    VICENTE SACCO NETTO

    29/01/2020 - 17h11

    O LIBERALISMO NUNCA DEU CERTO. VOLTANDO, COM NOVA ROUPAGEM, NO FINAL DO SÉCULO PASSADO, VEM CAUSANDO A CADA DIA UMA CONCENTRAÇÃO DE RENDA NA MÃO DE POUCOS E DE POUCAS NAÇÕES. OS PAÍSES ONDE O NEOLIBERALISMO NÃO É PREDOMINANTE, COMO OS DA ESCANDINÁVIA, OFERECEM MELHOR QUALIDADE DE VIDA À POPULAÇÃO. LAMENTAVELMENTE, PARECE QUE VAMOS DEMORAR UM POUCO, MEDIANTE FRUSTRAÇÃO E SOFRIMENTO, PARA CONSTATARMOS OS ERROS DE O ” GURU ” DE CHICAGO E SEUS ASSECLAS ESTÃO INFRINGINDO AOS BRASILEIROS.

Jorge

16/04/2019 - 12h40

NA minha pequena cidade no sul da Alemanha continuo podendo escolher entre aproximadamente 450 servidores diferentes de energia elétrica, o mais barato para as minhas condicoes. Espero nao perder essa flexibilidade para ser obrigado a obedecer os precos de um monopólio estatal. Seria um grande retrocesso para o povo trabalhador.
Esse experimento que a cidade de Berlin esta fazendo dificilmente será aceita na cultura alema de anti-monopolismo

Paulo

15/04/2019 - 19h45

E o pior é que, por aqui, independentemente de ideologia, privatiza-se por ninharia. Empresas de potencial imenso, como a Vale, vendidas por mixaria. E, agora, vem o Chicago-Boy e comemora privatização de aeroportos pela “enorme fortuna” de R$ 2 bi? É dureza, viu!? E outra coisa, daqui a alguns anos teremos que encampar essas empresas agora privatizadas, e por uma carrada de bufunfa (caso célebre é o da antiga Light canadense, em São Paulo, que, às vésperas de vencer a concessão centenária, iniciada no século XIX, foi encampada por uma pá de dinheiro, pelo Governo estadual, e, agora, já como Eletropaulo, concedida novamente, desta vez aos italianos). É um ciclo interminável e sempre danoso aos cofres públicos…

    LUPE

    15/04/2019 - 22h16

    Caro Paulo

    Negociatas, negociatas, negociatas.

    Escabrosas, escabrosas, escabrosas

    Posso juntar ,
    entre muitas, muitas muitas muitas outras escabrosidades ,
    a privatização dos trens no Rio de Janeiro,
    em que, por contrato,
    o Estado do Rio de Janeiro
    tinha que pagar pela manutenção dos trens,
    e pela compra de novos trens para reposição?

    Em outras palavras,
    a concessionária ficava com o lucro das vendas das passagens.
    SOMENTE.

    E o Governo do RJ (povo) do RJ ficava com os encargos,,
    e,, com os prejuízos

    E a privatização do BANERJ, ?
    em que o Itaú ficou com os ativos
    (a preço de banana)

    e os passivos do BANERJ ficaram com o …………………………..povo?

    MAS>>>>>>>>>>>>>>>>
    O PT É QUE É ################ O ~#@ &5 ))&&& CULPADO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!11

LUPE

15/04/2019 - 12h51

Caros leitores

Empresas públicas
mesmo que razoavelmente bem administradas
são melhores para o povo.

As estratégias e o planejamento
visam o povo, e o bem estar do povo.
Não o lucro a qualquer preço.

Os lucros revertem para o Estado ,
e este aplicar
em benefício do povo
(escolas, hospitais, creches, etc).

Nas mãos das privadas
acontece até mesmo
o que acontece em Minas Gerais.
A destruição do Estado de Minas Gerais
pela privada Vale…………………..

    LUPE

    15/04/2019 - 13h01

    E mais

    A Vale sabe como evitar os derramamentos
    dos restos aquosos
    provenientes da extração dos minérios.

    Basta fazer processos de contenção
    adequados,
    como os engenheiros da Vale estatal
    faziam.

    Mas isto fica mais caro,
    e,
    que se dane Minas Gerais,
    que se dane o povo ,
    massacrado.

      LUPE

      15/04/2019 - 13h08

      E mais

      A privada Vale
      vende os minérios que produz
      a preço quase que de banana
      para uma subsidiária sua na Suíça.

      Esta revende os minérios aos preços internacionais.

      A privada Vale
      paga imposto de renda
      de cerca de R$ 18 (dezoito) BI BI lhões,
      quando deveria pagar
      mais de R$ 80 (oitenta) BI.

      Outros impostos? Nem si se paga.

      Tem mineradora estrangeira no Amapá
      que nem ICMS paga.

      Que tal,
      privada???????

        LUPE

        15/04/2019 - 13h17

        E mais

        a Privataria Tucana
        vendeu a bem administrada e lucrativa
        Vale
        por menos de U$ 3 (três) BI BI lhões
        quando valia,
        no mínimo ,
        US$ 100 BI BI BI.

        MAS,>>>>>>>>>>>>>>>
        O CULPADO É O PT !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

          LUPE

          15/04/2019 - 13h32

          E mais

          Os Tucanos da Privataria
          sabotaram a Telebrás.

          Impediram a expansão do número de telefones / novos assinantes
          para jogar o povo contra a Telebrás
          e suas subsidiárias .

          Aí veio o FHC e entregou a Telebrás
          aos estrangeiros
          a preço de , digamos, …………………
          a preços de Vale.

          MAS, >>>>>>>>>>>>>>>>>
          O CULPADO É O …………………………PT !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Sergio Araujo

15/04/2019 - 12h30

Isso significa automaticamente que privatizar foi um erro na època da escolha ?

Talvèz sirva par elevar e consolidar o nivèl do serviço…nào faço ideia.

Sei que nào eram idiotas quando privatizaram e nem agora quando fazem o contrario; essa è uma virtude dos Paises civilizados, a cabeça deles nào è quadrada, sabem administrar (e nào roubar) e dependendo do momento sabem fazer a escolha melhor….a diferença do Brasileiro que faz tudo por preconceito, por opiniào preformada sem conhecimento do assunto o porque o fulano tambèm fèz.

Pegar o exemplo de Paises como esses para o Brasil na minha opiniào è sempre uma perda de tempo, esses paises possuem recursos para fazer tudo e o contrario de tudo, o Brasil nào possui recursos para nada.

Roque

15/04/2019 - 12h23

A diferença é que na Alemanha as estatais não são utilizadas como moedas de troca como no Brasil. Veja o exemplo dos últimos 16 anos, nossas estatais foram surrupiadas por politicos do Putê e do PMDB, desvios e roubos de bilhões de reais. Ministérios loteados e entregues a bandidos da pior espécie. E tudo com a aprovação dos presidentes Lula, Dilma e Temer.

Admar

15/04/2019 - 11h58

Alan C???

Raul

15/04/2019 - 11h44

Privatização do patrimonio público é roubo neoliberal descarado. Os serviços essenciais agua, energia, telecomunicações, educação, estradase rodovias, deveriam ser todos públicos baratos e amplamente disponivies a toda a população. O brasileiro é roubado de todo lado.

Alan C

15/04/2019 - 11h24

Matéria que pobre de direita odeia…

A reestatização está a todo vapor na Europa desde a década passada quando perceberam que a privatização não é um bom negócio para o interesse coletivo, sequer as relações público-privadas estão sendo mantidas.

A onda começou com as empresas de saneamento de água, mas já atingiram companhias de energia, gás, coleta de lixo, educação, transporte, serviços de saúde e até bancos nos EUA, são quase 900 casos de reestatização em 40 países entre 2000 e 2017.

E quem está reestatizando são países que pobre de direita nenhum pode criticar: Alemanha, França, Inglaterra, EUA… e sabe pq estão fazendo? Pq é mais econômico e mais eficiente. Paris está economizando 35 milhões de Euros por ano desde que reestatizou sua companhia de saneamento.

Essa conversinha de que privatizar torna a empresa mais eficiente é uma falácia estúpida neoliberal, mais eficiente pra quem??? Pro povo é que não é..

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-40379053

    Sergio Araujo

    15/04/2019 - 13h40

    Alanzinho,

    eu duvido fortemente que a Alemanha por exemplo deixe um serviço publico em màos de iniciativa privada sem que o mesmo seja eficiente e conveniente por 20 anos…teriam pego de volta o dia seguinte a privatizaçào.

    Quando compensa privatizam quando nào pegam de volta…talvèz daqui uns anos privatizem novamente.

    Voce acha que privatizaram para qual motivo 20 anos atràs…?

      Alan C

      15/04/2019 - 13h45

      Eu não acho nada, os acontecimentos estão aí, o mundo reestatizando pq simplesmente é melhor, mais econômico e mais eficiente.

      E vc pode duvidar do que quiser, não muda os fatos.

        Sergio Araujo

        15/04/2019 - 13h59

        Virou fascista agora…?

        Voce tà explorando isso ideologicamente sem usar a cabeçinha…nada mais.

          Alan C

          15/04/2019 - 14h05

          ñ

          Sergio Araujo

          15/04/2019 - 17h36

          Balilla na area !!


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