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Pesquisas indicam cansaço da população

Todas as pesquisas de opinião indicam um momento de cansaço da população com a instabilidade política. Isso explicaria a estagnação dos índices de confiança e aprovação, que pararam de se deteriorar mas também não apresentaram nenhuma melhora significativa na média, apesar as variações diferentes para segmentos sociais distintos. Uma pesquisa Datafolha, divulgada há poucos dias, […]

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Todas as pesquisas de opinião indicam um momento de cansaço da população com a instabilidade política. Isso explicaria a estagnação dos índices de confiança e aprovação, que pararam de se deteriorar mas também não apresentaram nenhuma melhora significativa na média, apesar as variações diferentes para segmentos sociais distintos.

Uma pesquisa Datafolha, divulgada há poucos dias, que mede o grau de confiança das pessoas na economia, na melhora de sua renda, na inflação, no emprego, refletiu essa estabilidade.

Eu separei alguns textos e gráficos, que reproduzo abaixo. A íntegra da pesquisa pode ser baixada aqui.

OTIMISMO COM A SITUAÇÃO ECONÔMICA DO PAÍS E PESSOAL SEGUEM RECUANDO

Expectativa de redução da inflação e do aumento do poder de compra também recuaram

Pesquisa Datafolha mostra que a taxa de brasileiros otimistas com a situação econômica do país e pessoal vem recuando ao longo do ano. Este é o segundo levantamento consecutivo que esses índices recuam. O mesmo ocorre com as expectativas macroeconômicas de queda da inflação e aumento do poder de compra.

Nesse levantamento, entre os dias 04 e 05 de julho de 2019, foram realizadas 2.086 entrevistas presenciais em 130 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro máxima no total da amostra é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Para os próximos meses, 20% têm expectativa que a inflação irá diminuir (era 22% em abril e 35% em dezembro), 48% que ela irá aumentar (era 45%
em abril e 27% em dezembro), 29% que ficará igual (era 29% em abril e 33% em dezembro) e 3% não opinaram. Apesar da piora do quadro desde abril,
o atual cenário é mais positivo do que o observado há um ano, quando 52% esperavam por aumento da inflação e 14% por uma diminuição.

Com relação à expectativa do poder de compra, 29% estão otimistas e acreditam que irá aumentar (era 34% em abril e 43% em dezembro), 31% que irá diminuir (era 33% em abril e 18% em dezembro), 37% que irá ficar igual (era 30% em abril e 36% em dezembro) e 3% não opinaram. Apesar do segundo recuo consecutivo na taxa de otimistas, o índice ainda é melhor do que o observado há um ano, quando era 23% em junho de 2018 – e os pessimistas eram 35%.

Estáveis ficaram as expectativas quanto ao desemprego, para 45%, o desemprego irá aumentar (era 47% em abril e 29% em dezembro), para 31%, o desemprego irá diminuir (era 29% em abril e 47% em dezembro), para 22%, irá ficar igual (era 21% em abril e 21% em dezembro) e 2% não opinaram.

Em comparação a junho do ano passado, a taxa de pessimistas está próxima (era 46%), enquanto a taxa de otimistas é mais alta (era 22%).

Quanto às expectativas da situação econômica do país e pessoal, as taxas de otimismo voltaram a recuar e seguem com tendência de queda, enquanto
as de pessimismo seguiram estáveis.

A expectativa de que situação da economia brasileira irá melhorar nos próximos meses passou de 50% para 46% (era 65% em dezembro). Já, a
expectativa de piora oscilou de 18% para 19% (era 9% em dezembro) e de expectativa de que ficará igual passou de 29% para 32% (era 24% em
dezembro). Uma fração de 3% não opinou. Em comparação há um ano, o atual cenário é melhor: em junho de 2018, 26% esperavam por uma melhora na situação econômica do país e 32% por uma piora.

Relatório

Com tendência semelhante ficou a expectativa com a situação econômica pessoal. Para 55%, a situação econômica pessoal irá melhorar (era 59% em
abril e 67% em dezembro), para 12%, vai piorar (era 11% em abril e 6% em dezembro) e para 32% ficará como está (era 29% em abril e 25% em
dezembro). Uma parcela de 2% não opinou. Há um ano, 42% tinham a expectativa que a situação econômica pessoal iria melhorar e 15% que iria piorar.

Já, quando perguntados se a situação econômica do país e pessoal melhorou ou piorou nos últimos meses, os índices ficaram estáveis.

Para um terço dos brasileiros (34%), a situação econômica do país piorou (era 31% em abril e 37% em dezembro), para 22%, a situação melhorou
(mesmo índice anterior), para 42% ficou igual (era 46% em abril e 42% em dezembro) e 2% não opinaram. Na avaliação sobre a situação econômica
pessoal nos últimos meses, 31% avaliam que houve uma piora (era 29% em abril e 30% em dezembro), 21% que houve uma melhora (20% em abril e
20% em dezembro) e 47% que está igual (era 51% em abril e 49% em dezembro).

43% ESPERAM POR AUMENTO DA CORRUPÇÃO NOS PRÓXIMOS MESES

O pessimismo dos brasileiros com relação ao aumento da corrupção segue tendência de alta. Uma parcela de 43% espera pelo aumento da corrupção
no país nos próximos meses (era 19% em dezembro e 40% em abril), 33% esperam que ela diminua (era 58% em dezembro e 35% em abril), 21%
acreditam que a corrupção ficará como está (era 20% em dezembro e 21% em abril) e 3% não opinaram.

A AVALIAÇÃO POSITIVA DO BRASIL COMO LUGAR PARA SE VIVER E SENTIMENTO DE ORGULHO DE SER BRASILEIRO SEGUEM CRESCENDO

Dois em cada três brasileiros adultos (68%) consideram o Brasil um lugar ótimo ou bom para viver, este é o índice mais alto desde dezembro de 2014
(quando era 77%). Uma parcela de 20% avalia o país como um lugar regular para se viver e 11% como um lugar ruim ou péssimo. Em comparação a
pesquisa de abril, a avaliação positiva do Brasil oscilou 2 pontos (era 66%), mas segue com tendência de alta (era 55% em dezembro de 2018).

A avaliação do Brasil como um país ótimo ou bom para se viver cresce conforme aumenta a idade do entrevistado: 52% entre os mais jovens ante 76% entre os mais velhos. Chama a atenção a diferença de avaliação entre homens e mulheres quanto ao Brasil ser um lugar ruim ou péssimo para se viver, entre eles o índice é de 7%, já entre elas, 14%.

Também é majoritário o sentimento de orgulho de ser brasileiro, 74% declararam que sentem mais orgulho do que vergonha de ser brasileiro (era 72% em abril). O índice vem crescendo desde junho de 2017 (era 50%) e é o mais alto desde fevereiro de 2015 (quando era 74%). Em contrapartida, 25%
declararam que sentem mais vergonha do que orgulho de ser brasileiro (era 26% em abril). Esse índice vem recuando desde junho de 2017 (quando
era 47%) e é o mais baixo desde novembro de 2015 (quando era 24%).

Relatório

O índice de mais vergonha do que orgulho de ser brasileiro é minoritário em todos os segmentos, no entanto, entre as mulheres o índice é mais alto do que entre os homens: 29% a 21%, respectivamente.

ÍNDICE DATAFOLHA DE CONFIANÇA FICA ESTÁVEL

O Índice Datafolha de Confiança (IDC) ficou estável em relação a abril, o IDC passou de 124 para 123 pontos. Apesar da estabilidade no índice, são
observadas mudanças em alguns dos indicadores que compõem o IDC. As expectativas com a situação econômica do país e pessoal recuaram mais
uma vez, porém seguem em patamares altos. No período também recuaram os indicadores macroeconômicos quanto à expectativa com relação à
inflação e o poder de compra. Por outro lado, os indicadores de mais orgulho do que vergonha de ser brasileiro e de avaliação do país enquanto lugar para se viver seguem melhorando.

No período de abril a julho, a expectativa com a situação econômica do país seguiu diminuindo, foi de 147 para 142 pontos (era 176 pontos em dezembro do ano passado), o mesmo ocorre com a expectativa com a situação econômica pessoal, que passou de 169 para 164 pontos (era 184 pontos em dezembro). O indicador que mais recuou no segundo trimestre foi quanto a expectativa com a inflação, que foi de 66 para 59 pontos (era 113 pontos em dezembro). Também, seguiu recuando o indicador de poder de compra, que passou de 101 para 97 pontos (era 141 em dezembro).

Apesar da tendência de queda nesses indicadores, em todos eles as pontuações seguem altas em comparação há um ano: em junho de 2018, a
expectativa da situação econômica do país era de 90 pontos, a expectativa da situação econômica pessoal era de 147 pontos, a expectativa da inflação
era de 42 pontos, e a expectativa do poder de compra era de 79 pontos.
Em contrapartida, os indicadores de avaliação do Brasil enquanto lugar para se viver e de orgulho de ser brasileiro seguem com tendência de alta. O
primeiro passou de 163 para 172 pontos – este é o quarto levantamento consecutivo que o índice cresce (era 156 pontos em junho de 2018 e 159 pontos em dezembro de 2018) e é o mais alto desde dezembro de 2014.

Quanto ao sentimento de mais orgulho do que vergonha de ser brasileiro, o indicador passou de 147 para 149 pontos – este é o terceiro levantamento consecutivo que o índice cresce e é o mais alto desde novembro de 2015.
Por fim, a expectativa com o desemprego subiu de 76 para 82 pontos e recuperou um pouco da queda de dezembro a abril (era 124 pontos em dezembro).

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Comentários

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Sérgio Rodrigues

16/07/2019 - 20h05

Tá mais pra conformismo!…

Paulo

16/07/2019 - 17h37

Eu estou cansado é dessa Reforma da Previdência que destrói o sonho da aposentadoria, arrocha as pensões, diminui benefícios e aumenta alíquotas de contribuição em níveis de confisco, além de quebrar contratos…


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