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Petrobras muda política de preços do gás de cozinha

A iniciativa pode afetar milhões de brasileiros. Quando o preço cair, como acontece agora, ótimo. O problema será quando o preço subir. A nova política acarretará aumentos imediatos no preço de um produto que afeta o dia a dia da parte mais vulnerável da população. Nos últimos anos, conforme se pode ver pelo gráfico acima, […]

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A iniciativa pode afetar milhões de brasileiros. Quando o preço cair, como acontece agora, ótimo.

O problema será quando o preço subir. A nova política acarretará aumentos imediatos no preço de um produto que afeta o dia a dia da parte mais vulnerável da população.

Nos últimos anos, conforme se pode ver pelo gráfico acima, feito com base nos números atualizados até julho de 2019, o preço médio do gás de cozinha (GLP) tem crescido muito acima da inflação.

***

Aprovamos revisão da política de preços do GLP
06.Ago.2019

Petrobras — Nossa diretoria executiva aprovou revisão de sua política de preços do GLP de uso residencial, comercializado para envase em botijões de até 13 kg, incluindo botijões de menor capacidade como, por exemplo, de 5 kg e 8 kg que já atendem à demanda por menores volumes.

Os preços praticados pela companhia passarão a adotar como referência o preço de paridade de importação (PPI), similar ao do GLP industrial/comercial, que inclui o preço do GLP no mercado internacional (Golfo do México, por exemplo) acrescido dos custos do frete marítimo, despesas internas de transporte, e uma margem para remuneração dos riscos inerentes à operação.

Com isso, os preços do GLP industrial/comercial e do residencial envasado em botijões de até 13 kg (P13) passam a ter um alinhamento maior, embora mantido o atendimento à Resolução 4/2005 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que “reconhece como de interesse para a política energética nacional a comercialização, por produtor ou importador, de gás liquefeito de petróleo (GLP), destinado exclusivamente a uso doméstico em recipientes transportáveis de capacidade de até 13 kg, a preços diferenciados e inferiores aos praticados para os demais usos ou acondicionados em recipientes de outras capacidades”.

Os preços do GLP de uso industrial e do P13 foram reajustados ontem (05/08), passando a valer respectivamente R$1.953,10/ton e R$1.853,70/ton. Esses valores representam uma redução média de 13,3% no preço do GLP industrial e de 8% no preço dos envasados até 13 kg.

Na nova política de preços de GLP os reajustes passam a ser realizados sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise dos ambientes interno e externo.

Com essas alterações fica extinto o mecanismo de compensação previsto na política divulgada em 18/01/2018 para o preço do GLP envasado de até 13 kg que considerava a média móvel de cotações dos últimos 12 meses.

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Comentários

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Nelson

06/08/2019 - 17h41

Há uma montoeira de gente a abominar as empresas públicas/estatais; querem a privatização de tudo.

Isto, quando sabemos que nem um só dos países que atingiram níveis mais elevados de desenvolvimento – EUA, Alemanha, França, Inglaterra, Japão, etc – deixou de tê-las em grande quantidade. Na verdade, só chegaram a tal nível de desenvolvimento graças à existência de empresas desse tipo.

Pois, o que se está a praticar no Brasil a partir do golpe de Estado de abril de 2016 e da assunção ao poder de MiShell Temer, é nítida política privatista. A privatização consiste em abrir mais espaços para que os grandes grupos econômicos possam ampliar seus lucros.

Ou seja, para beneficiar, quando muito, 1% da população, jogando a conta, salgadíssima, sobre os ombros dos 99% ou mais restantes. Privatização é só isso, amigos.

Então, não chorem, não se lamentem – paguem bem caro pela gasolina, pelo gás, pela tarifa telefônica, pela energia elétrica e tantas outras coisas – pois é isto que vocês estão querendo.

A privatização como forma de garantir produtos e serviços a preços e tarifas mais baixos e de melhor qualidade para o povo, só existe, sempre existiu, só na propaganda. Exaustiva propaganda feita para nos engabelar.

Se a empresa privada for entregar o que a propaganda promete, não terá lucro e sua razão de existir, que é a obtenção de lucros unicamente para o seu dono e/ou acionistas, se expirará.

    Cartes

    06/08/2019 - 19h31

    O Gênio, há muitas formas de se obter lucro. Lucro é receitas maiores que despesas. E a principal forma de isso acontecer é através de eficiência e inovação. Sendo assim, se “a água bater na bunda” dispara-se o gatilho da busca por eficiência e da inovação dentro das empresas. Todos só tem a ganhar com isso e é esse o grande golpe que muitas vezes empresas pequenas, enxutas e sem os vícios das grandes corporações, conseguem aplicar nos seus grandes concorrentes.
    As estatais dos EUA, por exemplo, para teu “espanto”, atuam especialmente em mercados que dão PREJUÍZO. Situações em que há alguma demanda ou necessidade, mas não interessa a inciativa privada. Alí faz sentido estar o Estado. Em mercados que dão lucro, o Estado lá sai e abre espaço para o capitalismo concorrencial da iniciativa privada, como deve ser.
    A privatização, na verdade, consiste em o ineficiente, improdutivo, caro, burocrático e muitas vezes politicamente aparelhado Estado, sair do caminho para que a iniciativa privada possa tocar os negócios de forma mais eficaz e produtiva. É preciso, contudo, tomar alguns cuidados, especialmente para não possibilitar a formação de monopólios privados, que são piores que os estatais. Tem que haver concorrência nos mercados. O segredo dos países ricos é o livre mercado!
    “A privatização como forma de garantir produtos e serviços a preços e tarifas mais baixos e de melhor qualidade para o povo” é a melhor forma de se fazer isso pois, sempre que alguém acessa algo pagando menos do que aquilo custa, alguém outro estará pagando essa diferença. Sempre e inevitavelmente!! Não há almoço grátis!

      Nelson

      17/08/2019 - 23h00

      Estamos diante de um cérebro devidamente lavado que foi, a seguir, empanturrado de ideologia neoliberal. É o que podemos deduzir a partir da tua réplica, meu chapa. Réplica recheada de palavras que lemos e/ou ouvimos a todo momento, repetidas à exaustão pelos órgãos da mídia hegemônica e seus comentaristas. A lição de Goebbels sendo aplicada à risca.

      De outra parte, a ironia de que tu te utilizas para tentar menosprezar os meus argumentos não garante qualidade e credibilidade a tua argumentação. Pelo simples fato de que tua argumentação não encontra sustentação na realidade.

      “O segredo dos países ricos é o livre mercado!” Não, meu caro. Estás redondamente enganado. O segredo dos países ricos foi, historicamente, conseguir impor o que chamam de livre mercado aos países pobres.

      Assim, os países ricos conseguiram vir postergando ao máximo o desenvolvimento dos países pobres e evitando o surgimento de mais e mais concorrentes. Em suma, evitando aquilo que tu tanto louvas: o tal livre mercado.

      Duvidas? Então, sugiro que assistas à entrevista que o economista sul-coreano, Ha Joon Chang, concedeu a Silio Boccanera. Em apenas três minutos ele simplesmente desmonta, inapelavelmente, o mito do tal Estado mínimo e também o mito do livre mercado.

      O vídeo da entrevista está disponível em https://www.youtube.com/watch?v=WKNC1VnxQis. Vale a pena assisti-lo. A menos que tu prefiras continuar vivendo das ilusões neoliberais.

      Em tempo. A confirmar a inconsistência da tua assertiva “O segredo dos países ricos é o livre mercado!”, o linguista e filósofo estadunidense, Noam Chomsky, afirma que, se os Estados Unidos aceitassem as políticas de livre mercado que a Inglaterra queria lhes impor no século 18, estariam até hoje vendendo peles.

Paulo

06/08/2019 - 16h04

Essa medida não se sustenta. E demonstra ser demagógica quando não barateia o gás por unidade de medida…

Guilherme Nagano

06/08/2019 - 12h44

Idéia “genial” da esquerda: abaixa o preço e nunca mais aumenta! Se os custos para manter e expandir aumentarem, azar! Funcionou q foi uma beleza com a petrobras durante o regime Lulo-petista, quando ela ficou com mais dívidas do que valor de mercado


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