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A tímida recuperação da poupança

Números de poupança divulgados hoje pelo Banco Central, se os analisarmos à distância, revelam apenas uma tímida melhora. Mas ainda são fracos, e estão longe das movimentações vistas de 2010 a 2013. A abordagem da Agência Brasil, de pegar apenas os meses de novembro, força a barra. De 2012 ao início de 2014, por exemplo, […]

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Números de poupança divulgados hoje pelo Banco Central, se os analisarmos à distância, revelam apenas uma tímida melhora. Mas ainda são fracos, e estão longe das movimentações vistas de 2010 a 2013. A abordagem da Agência Brasil, de pegar apenas os meses de novembro, força a barra.

De 2012 ao início de 2014, por exemplo, as captações líquidas chegaram perto várias vezes de R$ 10 bilhões. A situação começou a se deteriorar a partir de meados de 2014, e fica muito negativa até o primeiro trimestre de 2017; a partir de então os números da poupança melhoram bastante, apesar da queda abrupta no início de 2019.

***

Poupança tem maior captação líquida para novembro em dois anos
Depósitos superaram saques em R$ 2,43 bi no mês

Publicado em 05/12/2019 – 15:47

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Brasília

Agência Brasil — Aplicação financeira mais tradicional do país, a caderneta de poupança registrou a maior captação líquida para meses de novembro em dois anos. No mês passado, os depósitos superaram os saques em R$ 2,43 bilhões, informou hoje (5) o Banco Central. Este é o melhor resultado para o mês desde novembro de 2017, quando a poupança tinha registrado captação líquida de R$ 3,92 bilhões.

Em novembro do ano passado, os correntistas tinham depositado R$ 684,5 milhões a mais do que tinham sacado. De janeiro a novembro, os brasileiros retiraram R$ 3,88 bilhões a mais do que depositaram na caderneta. O desempenho está pior do que em 2018. No mesmo período do ano passado, as captações (depósitos) tinham superado as retiradas em R$ 23,65 bilhões.

Até 2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam da poupança. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrir dívidas, em um cenário de queda da renda e de aumento de desemprego.

Em 2015, R$ 53,57 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. A tendência inverteu-se em 2017, quando as captações excederam as retiradas em R$ 17,12 bilhões, e em 2018 – captação líquida de R$ 38,26 bilhões.

Com rendimento de 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia), a poupança atraiu recursos em novembro apesar de se tornar menos atrativa porque os juros básicos estão no menor nível da história. Com a redução da Selic para 5% ao ano, o investimento deixará de render mais do que a inflação.

Para 2020, o Boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada toda semana pelo Banco Central, prevê inflação oficial pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 3,6%. Com a atual fórmula de rendimento, a poupança renderá 3,5% no próximo ano, caso a Selic permaneça em 5%.

Edição: Fábio Massalli

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Paulo

05/12/2019 - 19h08

É incrível a sobrevida da poupança. Só vão trocar dinheiro, daqui pra frente…


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