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Leia a nota do PT em apoio a Rodrigo Pacheco (DEM), candidato de Bolsonaro a presidência do Senado

Após uma reunião na tarde desta segunda-feira, 11, a bancada do PT no Senado decidiu por unanimidade apoiar a candidatura do senador Rodrigo Pacheco (DEM-AP), aliado de Davi Alcolumbre (DEM-AP) e apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro. Leia a nota na íntegra! A Bancada do PT no Senado, considerando a grave situação econômica, social e política […]

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Após uma reunião na tarde desta segunda-feira, 11, a bancada do PT no Senado decidiu por unanimidade apoiar a candidatura do senador Rodrigo Pacheco (DEM-AP), aliado de Davi Alcolumbre (DEM-AP) e apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Leia a nota na íntegra!

A Bancada do PT no Senado, considerando a grave situação econômica, social e política do país; e, considerando a necessidade de reforçar a institucionalidade e a legalidade democráticas no âmbito do Estado brasileiro, decidiu por unanimidade apoiar a candidatura do Senador Rodrigo Pacheco (DEM/MG) para a Presidência do Senado Federal, tendo em vista dois aspectos centrais:

Assegurar a função constitucional e institucional do Poder Legislativo, em seu papel precípuo de atuação independente e harmônica em relação aos demais poderes constituídos, representando por meio dos mandatos parlamentares a legitimidade popular, preservando sua posição altiva, insubmissa e basilar no arranjo democrático, buscando sempre uma representação mais igualitária do povo brasileiro; e

Propor agenda para contribuir com a superação da gravíssima crise que o Brasil atravessa, que perpassa esforço corrente para rejeitar iniciativas voltadas para o desmonte do Estado Democrático de Direito, incluindo propostas visando minar direitos civis, políticos, sociais e econômicos, muitas delas carentes de transparência e estofo técnico e científico.

Esses pontos decorrem dos compromissos políticos inafastáveis que as bancadas eleitas do Partido dos Trabalhadores têm com o conjunto da população brasileira, compromissos pelos quais o partido é reconhecido pelo eleitor, e na postura ante os quais o eleitor deposita no partido sua confiança.

Por esse motivo, a bancada do Partido dos Trabalhadores no Senado Federal entende que é imperioso a todas as bancadas adotarem publicamente um compromisso pela integridade e independência do Senado Federal, em respeito em suas funções constitucionalmente designadas, em prol do correto desempenho das instituições.

Para além desse compromisso de fundo, que deve ser abraçado por todas as bancadas comprometidas com a integridade do Estado Democrático de Direito, o Partido dos Trabalhadores, no esteio de seu estatuto e seus valores fundacionais, seguirá defendendo publicamente as seguintes plataformas, às quais solicita aos pares ciência, respeito, e, caso convirjam, adesão, para sua defesa perante o Senado Federal.

1 – Defesa da Vida – A vida humana é o fundamento último de todos os direitos que conformam o processo civilizatório e a constituição das democracias. Reivindicamos que a Presidência da Casa tenha compromisso com a vacinação de toda a população brasileira e com o fortalecimento do SUS.

2 – Economia para todos – A crise da economia brasileira é profunda e grave. A retomada do teto em 2021 agravará o quadro. Neste contexto, é fundamental o compromisso da próxima Mesa do Senado em pautar debates e votações de alternativas concretas de recuperação da economia e estímulo ao desenvolvimento com sustentabilidade ambiental.

3 – Compromisso Com os Mais Pobres e Necessitados – Reivindicamos que a Casa tome todas as inciativas cabíveis para que o Auxílio Emergencial, iniciativa do Congresso Nacional, possa ser mantido até que as condições econômicas do país ensejem a geração de emprego e renda para todas e todos. E no cenário pós-pandemia, reivindicamos que a Casa debata e aprove a proposta do PT do “Mais Bolsa Família”, programa capaz de prover sustento digno aos mais pobres e de dinamizar o mercado interno do Brasil.

4 – Combate à Fome – Reivindicamos que o Senado tome medidas legislativas destinadas ao apoio à agricultura familiar, à formação de estoques públicos de alimentos, ao asseguramento de preços mínimos para produtos básicos e à Reforma Agrária.

5 – Direitos Humanos, Racismo, Mulheres e Homofobia – Precisamos discutir e adotar medidas efetivas contra o racismo estrutural, contra a homofobia, contra a opressão das mulheres. Necessitamos urgentemente debater propostas para proteger nossas populações originárias e os quilombolas.

6 – Democracia e Estado de Direito – Em todo o mundo, as democracias estão sendo fragilizadas pelo aumento da desigualdade, pelo incremento da pobreza e da precariedade laboral e pela redução dos direitos sociais e do Estado do Bem-Estar. No caso do Brasil, esse quadro geral de enfraquecimento das democracias e dos sistemas de representação está sendo agravado desde o golpe de 2016, pela guerra judicial e midiática contra o ex-presidente Lula e pelo governo Bolsonaro, que tem índole claramente autoritária e antidemocrática. O Senado deve ser um espaço de contenção da escalada autoritária e de promoção da democracia e das instituições. Destacamos o compromisso de que serão utilizados todos os instrumentos do Poder Legislativo, como a instalação de CPIs, a convocação de autoridades, a edição de decretos legislativos, o exame e resposta institucional a todos os crimes praticados por autoridades do executivo, inclusive o presidente da República.

7 – Respeito a Regras de Funcionamento do Parlamento – Regras constitucionais e regimentais relacionadas ao funcionamento do Parlamento precisam ser observadas e respeitadas, garantindo-se a democracia interna e a competências relevantes do Congresso Nacional, como a competência fiscalizatória em face do Poder Executivo.

8 – meio ambiente e desenvolvimento sustentável, com a proteção do nosso patrimônio ecológico por meio da defesa das instituições ambientais que estão sendo exauridas pelo governo Bolsonaro aos olhos do mundo, sob censura global. Ao mesmo tempo, é necessário inovar e aprofundar nossos compromissos ambientais em todas as frentes de luta da sociedade, notadamente em relação à Amazônia e aos demais biomas, promovendo o tripé do desenvolvimento econômico, social e ambiental, defendendo a manutenção da biodiversidade e dos serviços ambientais, o reconhecimento e demarcação das terras indígenas, dos territórios quilombolas, das populações tradicionais e da agricultura familiar.

Esses compromissos apresentados ao candidato Rodrigo Pacheco (DEM/MG) têm o sentido de enfrentar a agenda de retrocessos pautada pelo governo de extrema-direita no campo dos direitos humanos e dos direitos constitucionais, e em defesa do estado democrático de direito e da soberania nacional.

O PT tem bastante claro que a aliança com partidos dos quais divergimos politicamente, ideologicamente e ao longo do processo histórico se dá exclusivamente em torno da eleição da Mesa Diretora do Senado Federal, não se estendendo a qualquer outro tipo de entendimento, muito menos às eleições presidenciais.

O PT continuará lutando, dentro e fora do parlamento, pela soberania nacional, contra as privatizações de empresas estratégicas ao desenvolvimento, contra a agenda neoliberal que compromete o presente e o futuro do país, em defesa dos direitos dos trabalhadores, pelo impeachment de Jair Bolsonaro e pelo resgate dos direitos políticos e cidadãos do ex-presidente Lula.

Brasília, 11 de janeiro de 2021

Rogério Carvalho (PT/SE)
Líder do PT

Jaques Wagner (PT/BA)
Vice-Líder do PT

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Comentários

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Paulo

11/01/2021 - 22h23

São os conluios estratégicos do PT para se livrar da “estrutura jurídico-midiática lavajateira”, como o diria o comentarista Batista; ou para se render à “realpolitik” e ao maquiavelismo, como o justificaria Alexandre Neres…

    Alexandre Neres

    12/01/2021 - 20h12

    É o que digo e repito. Como debater política nesse nível? Digo que é fundamental entender Maquiavel para fazer a leitura correta do que move as pessoas no embate político, em busca da virtude ou dos interesses mais comezinhos, vem o Paulo e me chama de maquiavélico. É de lascar! Oh, assino embaixo a sua frase do comentarista Batista.

    Batista

    14/01/2021 - 12h09

    Se diz que, “o uso do cachimbo faz a boca torta”, porém em tempo de mediocridade dispensa-se o cachimbo, pois a boca se faz torta apenas pelo esgar do dono ao salivar a narrativa em que prima abduzir e modificar fatos, como o ‘photoshop’ faz com indesejáveis formas, à imagem pretendida.

    Isso posto, “como diria o comentarista Batista”, e qualquer cidadão com boca normal, cérebro não em repouso e câmbio automático ao consultar a frase em comentários arquivados n’O Cafezinho, a “FARSA jurídico- midiática lavajateira”, registrada, não se confunde com a retorta adaptada, “estrutura jurídico-midiática lavajateira”, para adequar-se e dar sentido a narrativa sobre “conluios estratégicos do PT”, nas negociações políticas para composição da mesa do Senado, o que abstenho de comentar com a disforme boca, por não fazer sentido torta e, pior, sem sabe-la se, por ignorância no assunto ou cinismo ‘prêt-à-porter’, nesse caso, junto e misturado ao do Redação.

    Por curiosidade, a ‘estrutura jurídica’ utilizada seletivamente através de ilícitos por ex-intocáveis lavajateiros, são no fundamental, as leis disponibilizadas por governos do PT para um efetivo combate a corrupção, graças aos esforços ESTUPIDAMENTE empreendidos exatamente pelo partido que, seletivamente perseguido através das mesmas, ‘viria a ser condenado’ nas narrativas como, “O PARTIDO MAIS CORRUPTO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE”.

    Por ‘faltar’ em lógica, nada como uma narrativa para explicar a antecedente questionada…, porém, ai porem, segundo Lula, como a mentira contada…

Alan C

11/01/2021 - 19h38

Se eu comentar o que eu acho, de verdade, corro o risco de não ter meu comentário publicado por falta de decoro, então deixa assim.

EdsonLuiz.

11/01/2021 - 19h25

INACREDITÁVEL!
INACREDITÁVEL!
INACREDITÁVEL!

Vão fazer isso juntos, os companheiros do PT, Lula, todos e os companheiros bolsonarista, bolsonaro, todos?
E ainda vão agredir quem ficar pasmado com a que ponto chegaram juntos o bolsonarismo e o PT?

Deixe-me ver só nestes últimos tempos:
i) indicaram e elegeram juntos Augusto Aras para Procurador Geral da República.
ii) indicaram e elegeram juntos Kássio Nunes para o STF.
iii) discutiram juntos o apoio ao candidato de bolsonaro, o deputado Lira, para a presidência da Câmara (soltaram uma nota dizendo que vão apoiar o outro candidato, mas foi uma decisão muito dividida e como o voto é secreto duvido se você sabe em quem a maior parte dos deputados do PT vão votar (ou sabem?).
iv) acabam de decidir caminhar juntos para elegerem o Presidente do Senado, para consumarem – juntos – tudo o que o Brasil está precisando é que está muito bem documentado nesta nota – uma verdadeira Memória Técnica -inacreditável publicada aqui.
(eu acho que alguns gostariam que este tipo de notícia ficasse escondida).

Pergunta de um imbecil, infantil, despreparado, etc, etc: quando, amanhã, se juntarem os ministros bolsonaristas do STF, os ministros petistas do STF e mais o Gilmar Mendes, e inocentarem corruptos os mais diversos já condenados em outras três instância, duas delas instâncias colegiadas, você, mesmo que seja um irmão, um filho ou um amigo do ‘inocente réu’, vai achar que é dígno. Vai conseguir ver dignidade nisso?

Outras duas bobagens minhas:
i) senado dominado, esqueçam impeachment do Bozo.
ii)se você é um petista realmente de esquerda, seja um marxista, seja um liberal radical de esquerda, o que está esperando para ir para o PSOL?

Alexandre Neres

11/01/2021 - 17h41

Qualquer incauto consegue perceber o intuito do café requentado de atacar recorrentemente o PT, haja vista a enxurrada de matérias tratando do mesmo assunto, sempre vinculando na manchete o PT a Bolsonero, como se fosse o PT que, na hora da refrega mais importante que tivemos com um fascista que nunca tentou esconder quais eram seus propósitos, tivesse ido se refugiar em Paris. Apesar de querer posar de macho valente, na hora agá fugiu do pau.


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