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Milton Temer: Moro e a lata do lixo da história

Por Milton Temer MORO E A LATA DO LIXO DA HISTÓRIA, para ele e seus acólitos de Curitiba, é o que se depreende como destino, depois da decisão de ontem no STF. Alvíssaras!! QUE FIQUE CLARO, no entanto. Por conta disso, não deduzo que a esquerda assine papel em branco para Luis Inácio Lula da […]

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Por Milton Temer

MORO E A LATA DO LIXO DA HISTÓRIA, para ele e seus acólitos de Curitiba, é o que se depreende como destino, depois da decisão de ontem no STF. Alvíssaras!!

QUE FIQUE CLARO, no entanto. Por conta disso, não deduzo que a esquerda assine papel em branco para Luis Inácio Lula da Silva, merecidamente vitorioso nessa batalha contra a ação manipulada de quem deveria operar com isenção.

Não se pode jogar para escanteio que suas relações fraternais com os maganos do grande capital foram dados de ajuda fundamental para dar ares de necessidade à manobra sórdida que resultou em sua prisão e ao golpe que o retirou da disputa de 2018.

NÃO SÃO ILEGAIS, mas são imorais, a partir de uma ética de esquerda, escrevia eu então, sobre as palestras promovidas pelo patronato, ás quais se dedicou após término de seus mandatos. Que pautas, perguntava eu naquela ocasião em textos aqui expostos, justificariam tais palestras, a não ser as de apontar os caminhos de mais fácil privatização do Estado, ou de mais rápida e rentável exploração da força de trabalha do mundo assalariado?

NUNCA DEIXEI de criticar publicamente suas andanças afetivas com banqueiros e outras figuras nefastas do chamado “ambiente de negócios”.

Renunciei ao PT por ver o Partido – majoritariamente – aceitar passivamente a traição programática em sua chegada ao Planalto, quando, longe de dar concretude ao que havia sido decidido no último Congresso partidário antes da eleição – uma guinada de cento e oitenta graus no neoliberalismo de FHC – instalou o “companheiro” Meirelles no Banco Central, para, em parceria com o então protegido Palocci, dar upgrade na continuidade ao que antes era imposto pelo sistema financeiro privado ao mandarinato tucano.

MAS NADA DISSO me levou a ter qualquer dúvida na repulsa aos meios inquisitoriais, criminosos, partidarizados, com cobertura cúmplice da grande mídia conservadora, da forma como procediam os beleguins de Curitiba. Nunca hesitei em condenar a forma abjeta com que Lula fooi mantido preso e afastado da disputa presidencial de 2018.

E a forma cínica com que Moro aceitou se tornar ministro de Bolsonaro comprovava tudo o que agora se revela, depois de conhecidas as conversas entre ele e seus pares na manobra urdida com as classes dominantes locais e seus patrões nos States.

E ESSE, CREIO, deve ser o modo de a esquerda encarar o conjunto da obra ontem concluída e o que dela resultará. Lula Livre!! Alvíssaras!, repito. Mas sem salvo conduto para movimentações visando um futuro governo onde admite até a abertura do capital da Caixa Econômica, último bastião do controle público sobre o sistema fiananceiro.

E sem adesão incondiconal ao seu projeto, sem nenhuma condicionante programática a ser assumida de papel passado. Com nova edição de Carta aos Brasileiros, nos termos da conciliação anunciada, e da omissão diante da possibilidade de confronto com os privilgios dos maganos, que ,manteve intocados em seus oito anos de presidência, é obrigação da esquerda combativa afirmar sua identidade própria.

Utilizando a campanha eleitoral como espaço de pressão e mobilização para que as reformas estruturais, estratégicas, inadiáveis, não sejam de novo jogadas no saco de achados e perdidos. Para que não se repitam os desatinos trágicos, resultantes da experiência anterior.

Luta que Segue!!

Milton Temer é jornalista, foi deputado federal pelo PT por dois mandatos (1995-2003) e desde 2005 é um dos quadros do PSOL.

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Comentários

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Paulo

24/04/2021 - 17h46

Tenho dúvidas seríssimas sobre o lugar reservado a Lula na história. A decisão ilegal da 2ª Turma não o absolve, seguramente…Jamais entrará para o panteão dos heróis da pátria. Nós vimos o que ele e seus aliados (do PT e de outros partidos) fizeram naquelas manhãs, tardes e noites. Nós vimos o mensalão, vimos o petrolão, vimos Abreu e Lima, vimos o que acontecia na Petrobrás (só Pallocci se comprometeu a devolver R$ 100 mi), vimos os irmãos da JBS, vimos Delcídio, vimos Pasadena, vimos o “Ronaldinho dos Negócios”, vimos Dirceu e seus filhos, etc…Eu acho até que o lixo da história está reservado a ele, e não a Moro, que, até onde eu saiba, não embolsou um centavo de dinheiro sujo…

    Alexandre Neres

    25/04/2021 - 15h40

    O pior cego é aquele que não quer ver. Já dei o benefício da dúvida várias vezes, pois não pode ser nada além de ignorância ou má-fé. A grande imprensa mundial, como Le Monde, NYT, Guardian, entre outros, se deu conta com o tempo de que a mídia tupiniquim é venal e parcial, a partir disso mudou por completo o enfoque dado ao processo instaurado contra Lula. Realmente deve ser difícil, não há como um ser humano assumir que foi ludibriado por um processo que correu celeremente que começou com uma notícia de fato do O Globo. Merval, Miriam Leitão (mãe do Vladimir Netto que escreveu um livro de ficção sobre Moro), Carlos Andreazza (à época dizia que a sentença de Moro era tão boa quanto vinho, mais velha ficava mais saborosa, uma peça literária, hoje desce o malho na Lava Jato), os Marinho que se reuniam com Tantã Dinheirol, Estadão, Folha, enfim, a imprensa não apurava investigava, não apurava nada, era meia correia de transmissão da Lava Jato.

    O STF, por meio de uma decisão definitiva, a qual não está sujeita a recurso, decretou que daqui até o fim dos tempos Sergio Moro é um juiz parcial. Não se trata de questão processual ou de perfumaria, Paulo. Não sei como você ousa falar a respeito de um assunto que não domina. Deixa entrever que acredita nas informações que recebeu até hoje, as aceitou pelo valor de face quando não valiam nada. Tentaram criar a figura de um super-herói que conspurcou a Justiça, pois não há mais margem para apelação. O ministro Alexandre de Moraes, diga-se de passagem, um antipetista por excelência, em seu voto deixou patente que o bem principal a ser tutelado pela magistratura é a imparcialidade. Um juiz incompetente é uma falha menor, sanável. No caso do marreco, era incompetente nos dois sentidos, no qual chamou a si a competência pelo fato de ser parcial. Seu objetivo principal era condenar Lula e impedi-lo de concorrer às eleições em 2018, ainda que num processo a jato. Um juiz parcial comete a falta mais grave que pode ser perpetrada por um magistrado. Ser imparcial é uma questão de pundonor para qualquer juiz que se preze. Moro foi consagrado para a eternidade como JUIZ LADRÃO!

    Se não, vejamos: gravou o escritório de advocacia de Lula por mais de 15 dias, sendo avisado pela companhia telefônica, revelando um método nada ortodoxo de investigar, que no caso do juizeco não era a primeira vez; gravou conversa de próceres da nação que não estavam em sua alçada, depois vazou conversas posteriores ao horário delimitado para a escuta e escondeu outras conversas que prejudicavam sua narrativa; não permitiu que se investigasse FHC por ser um aliado; instruiu o MPF como agir, que provas requisitar, qual a sequência que a operação deveria seguir, que determinada promotora não deveria inquirir Lula por ser ruim de serviço; os próprios procuradores chamavam Moro de Russo e a tal Turma do TRF-4 da Rússia do Russo; em suma, são tantas as provas, que não deixam qualquer dúvida. Mas, como disse no princípio, o pior cego é aquele que não quer ver.

    Espero que nem você nem um ente querido enfrentem um processo no qual o juiz entra em conluio com a outra parte para condenar vocês, talvez aí entendesse sobre o que estou falando, mas aí seria tarde.

Alexandre Neres

24/04/2021 - 10h03

Ei você. Isso mesmo. Você. Não adianta olhar pros lados ou tentar se esquivar.

Exatamente um ano depois daquela reunião patética em que não deu um pio, na qual o Salles disse que era pra passar a boiada, o marreco tantas fez que foi pra panela e foi destroçado.

Fim de jogo. Para a eternidade, estará escrito: JUIZ LADRÃO!

Os ardis do canalha do Paraná que agiu estrategicamente para aliviar a barra dos seus cupinchas de República se voltaram contra ele. Chicaneiro desprezível. Aha Uhu!

Porém, ah porém. Há juízes em Brasília! Depois de tantos erros, de ter sido instrumentalizada para atingir fins pré-determinados e perseguir adversário político, podemos voltar a confiar na Justiça!

Você, cara pálida, que acreditou na narrativa extraída da colusão entre Juiz, Procuradores e mídia, saiba que você também é responsável pela eleição desse estrupício.

A patriotada é o último refúgio dos canalhas!

O moralismo é a pátria da imoralidade!

Enfim, Vossa Excelência perdeu!

Lula caminha a passos largos para o terceiro mandato. Entrementes, Moro irá para o lugar reservado aos canalhas: a lata de lixo da História.

Tony

24/04/2021 - 09h40

Perguntem aos brasilerios quem vai pro lixo da historia …se Moro ou Lua.

    Kleiton

    24/04/2021 - 22h15

    Até os petistas sabem que Lula é um delinquente mas são obrigados a fingir, sabe se lá por qual motivo…


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