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Porque as manifestações do MBL floparam?

Já é possível fazer uma primeira análise das manifestações realizadas hoje em várias cidades, em favor do impeachment de Jair Bolsonaro. Elas floparam. Ou seja, juntaram pouca gente. E floparam porque tiveram uma mancha de origem, indelével, que não foi possível apagar ou diluir: foram organizadas pelo MBL, um movimento ultraliberal que ganhou dimensão nos […]

31 comentários
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Na manifestação deste 12 de setembro de 2021, na Paulista, o movimento Vem pra Rua exibiu um boneco inflável de Lula e Bolsonaro abraçados, com roupas de presidiário.

Já é possível fazer uma primeira análise das manifestações realizadas hoje em várias cidades, em favor do impeachment de Jair Bolsonaro.

Elas floparam. Ou seja, juntaram pouca gente.

E floparam porque tiveram uma mancha de origem, indelével, que não foi possível apagar ou diluir: foram organizadas pelo MBL, um movimento ultraliberal que ganhou dimensão nos protestos em favor do impeachment de Dilma Rousseff.

O impeachment de Dilma Rousseff foi um dos golpes mais nojentos da história brasileira. Não é possível apagar isso. Ah, mas Lula está se reunindo com golpistas. Sim, mas as articulações de Lula são explicitamente eleitorais. O movimento social não é ingênuo. Sabe dos riscos desses movimentos de Lula, mas justamente por não ser ingênuo entende que é um risco necessário e calculado.

Mas conversa eleitoral é muito diferente de organizar manifestações populares, que é uma coisa infinitamente mais sensível.

Organizar manifestação necessita muita sensibilidade, porque você tem que convencer as pessoas a irem por conta própria. Pra isso, é preciso um delicado trabalho de persuasão política.

O MBL não apenas apoiou o golpe, e depois se aliou a Michel Temer. Ele também apoiou Bolsonaro.

Hoje o MBL tenta mudar sua imagem.

Ótimo. É louvável se afastar de Bolsonaro.

A maioria dos militantes de esquerda não são sectários, e os movimentos sociais já sinalizaram sua disposição de realizar uma grande manifestação nos próximos dias que reúnam os mais diferentes partidos, movimentos e campos ideológicos.

Mas é preciso que a construção desse movimento seja inteiramente democrática.

Manifestação é coisa séria. Os conceitos e objetivos precisam ser discutidos por um coletivo de movimentos organizados.

A experiência histórica já mostrou o risco que é entregar manifestações à “espontaneidade” das massas. Em geral, elas acabam lideradas por oportunistas, inclusive ligados ao grande capital. As “jornadas de junho de 2013”, origem de movimentos como o “Vem pra Rua”, liderado por operadores de mercado financeiro, não nos deixam mentir.

Pior ainda seria entregar as manifestações populares à coordenação de pequenos e oportunistas movimentos liberais de orientação conservadora, como o MBL.

O movimento Fora Bolsonaro precisa ser hegemonizado pelos movimentos sociais progressistas, pela razão simples de que são movimentos democráticos, organizados e com legitimidade social.

Não se trata aqui de defender hegemonia de algum partido.

A hegemonia é dos movimentos sociais. E isso não se trata de “gosto” de algum intelectual. Apenas os movimentos sociais tem o prestígio político necessário para levar as massas às ruas. Ponto.

Para vencer Bolsonaro, portanto, é preciso respeitar o movimento social organizado, que é democrático e, repito, já sinalizou a disposição de sentar à mesa com qualquer força política interessada em democracia. Mas é para conversar, não para se submeter.

O movimento social está disposto a conversar.

Agora falta ao campo liberal e à direita “democrática” que também façam um gesto de humildade, de que estão dispostos a defender um programa de desenvolvimento focado no combate à pobreza e à desigualdade. Se o fizerem, será muito mais fácil organizar atos coletivos que tenham a participação do movimento social.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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EdsonLuiz.

14/09/2021 - 15h35

Tiago Silva,
Você fez uma ponderação na minha resposta lá embaixo (estou repostando aqui porque o meu celular, em alguns post’s, não abre no campo abaixo do repostador).

Ok! a sua ponderação. Afinal, não é por ter sido um pedido de impeachment da OAB que necessariamente não houvesse tendenciosismo no pedido.

Fosse de quem fosse a decisão pelo impeachment de alguém, fosse da ABI, ou fosse um pedido feito por um partido menos polarizado, o Cidadania, por exemplo, ou fosse Lula, ou fosse bolsonaro (que para os bolsonaristas teria muito valor), ou fosse Ciro Gomes o autor do pedido… em si, o autor do pedido, seja quem for, não o isenta necessariamente de vícios. Quase sempre alguém está viciado em um processo: algumas vezes o viciado é o acusado e seus defensores; outras vezes o viciado é o acusado e quem concorda com ele.

A isenção verdadeira, ou pelo menos o compromisso de buscar a maior isenção possível, é muito difícil e só consegue se aproximar da isenção para um juízo honesto aqueles que cultivam com coragem a honestidade, que só é honestidade de fato se a pessoa for capaz de exercê-la mesmo contra si, coisa muito difícil.

Vou citar um exemplo: reposição de perda salarial. Em assembleias de funcionários, quantas vezes eu me vi defendendo que não houvesse greve de minha categoria por aumento real, senão apenas por reposição de perdas, dado que a categoria, afora o judiciário, é a categoria com maiores privilégios no serviço público e recebe uma remuneração que chega a ser indecente para os padrões brasileiros (e mesmo para os europeus). E eu recebia pancada de todos os lados por isso, do funcionário ligado ao PSOL, dos conservadores, dos petistas, de todos. Minha proposta contra ter mais ganhos reais era contra mim mesmo, por abrir mão de ganhos. Quem tem coragem de ser honesto mesmo contra si aparentava e aparenta ser louco e ingênuo, mas eu só podia ter a coragem de me opor a mais ganhos quando eu sei que falta dinheiro para saúde, para educação, para tudo.

Continuar reivindicando ganhos quando você já ganha mais que o suficiente é
levar para casa o dinheiro que no hospital poderia salvar uma vida ou diminuir uma dor. Aquele que morre e aquele que sofre pela falta de dinheiro porque alguém, por ter força política, exigiu mais para si, morre e sofre pela falta de honestidade humana do imbecil egoísta. Mas para ele é você que é imbecil, que ė louco e que é ingênuo por não querer ainda mais.

Enfim, muitas são as formas de honestidade e muitas são as formas e estratégias para aferí-la.

No caso do pedido de impeachment de Dilma feito pela OAB, a sua ponderação poderia até proceder. Mas veja:

Foram TODOS os conselheiros, com a excessão de um!
Foi uma decisão Estado a Estado, 3 conselheiros por Estado!

Se a decisão houvesse sido com uns 20% dos conselheiros divergindo, já seria razoável ponderar dúvida; ou então, se a decisão Estado a Estado, como foi, resultasse em muitos 2×1, poria alguma mínima margem de dúvida; se a decisão fosse por legalidade em uns 20 Estados, mesmo com 3×0 em cada um, e em uns sete Estados a decisão fosse contra a legalidade do impeachment, tambėm um pouquinho de dúvida até poderia surgir.

Mas não! O reconhecimento de legalidade do impeachment foi geral! Foi total! Foi completamente unânime!

É completamente desonesto, em um quadro desses, negar a legalidade do impeachment!

Eu juro, Tiago, que não diria isso que vou dizer se não estivesse convicto: o PT é a maioria dos petistas são mais negacionistas que bolsonaro em muitos temas. No tema da economia, por exemplo, e nas consequências que a incompetência do PT causaram e que deu em bolsonaro.

Eu sou honesto demais para acusar algum petista daquilo que ele não fizer; mas sou igualmente honesto para me colocar no combate de qualquer impostura.

Edson Luiz Pianca.
edsonmavericj@yahoo.com.br

EdsonLuiz.

13/09/2021 - 15h17

Corrigindo: o pedido de impeachment de Dilma aceito (colocado para discussão), de autoria de Hėlio Bicudo e mais dois, foi o de número 21, e não o de nûmero 20.

Ricardo

13/09/2021 - 11h25

Concordo que um ato organizado pela esquerda será mais representativo.
Mas veja bem, uma manifestação é um ato eleitoreiro, não só as articulações nefastas do presidiário. Outra coisa, vc bem mostra como um ato da esquerda precisa ser cuidadosamente preparado sem espontaneidade. Incluindo partidos, sindicatos e movimentos sociais. Praticamente todos bancados com dinheiro público.
Nos atos de direita, tanto as contribuições que existem quanto a frequência atingida, é completamente privada.
Independe de partidos, sindicatos e movimentos públicos. Ou seja é muito mais espontâneo.
É importante a existência de uma oposição a qq governo, ajuda a dar limites.
Pena que o que a esquerda brasileira quer é poder, pura e simples, para mais capitalista que os liberais..ganhar dinheiro.
E usa a parte da população realmente sofrida, como massa de manobra.

Cristian

13/09/2021 - 10h03

Que merda de texto, a esquerdalha já era! MBLixo tbm!

José Ricardo Romero

13/09/2021 - 09h37

Bem oportuno é, no âmbito deste artigo, definir com maior precisão certos conceitos. No Brasil temos apenas democracia representativa, onde os partidos mandam o seguinte recado aos eleitores: Deixa conosco, os políticos, que nós pensamos por vocês e resolvemos todos os seus problemas. Mentira. Os políticos de qualquer coloração pensam apenas nos seus interesses e daqueles que financiaram suas campanhas. Vejam o Lula “espertamente” conversando com todo o lixo da política brasileira, aqueles que deram o golpe na Dilma, por exemplo, só para garantir a sua eleição tendo como adversário o bozo e ninguém mais. Pt e Lula sequer têm projeto de governo. Vendem vagamente um “retorno aos bons tempos em que o pt estava no poder” (bons tempos é apenas força de expressão, porque a qualidade daqueles tempos é bastante discutível). O que é necessário é uma democracia participativa na qual a democracia representativa vá a reboque, fazendo o que as representações de classe e as organizações da sociedade, não partidárias, determinam que seja feito. Políticos são profissionais necessários que sabem como viabilizar estes anseios e necessidades da população. E são pagos para isso. A democracia representativa tem que estar a serviço da democracia participativa e não o contrário.

anaju

13/09/2021 - 09h32

vão trabalhar pro Brasil desenvolver isso sim…
manifestações antidemocráticas ????
kkkkkkkkk
Todo poder emana do povo para o povo, até isso esqueceram.
O rumo está certo, precisamos acreditar e seguir em frente.
Brasil do povo brasileiro.

Souza

13/09/2021 - 08h32

Quando aprenderão que, qualquer forma de extremismo está condenada ao fracasso?
Com exceção da militância filiada as mais de 30 quadrilhas denominadas partidos políticos, todo pagador de impostos que têm seus direitos constituidos, deveria estar do mesmo lado, cumprindo suas obrigações e exigindo seus direitos, independente de quem seja ou esteja no poder, só assim se tornarão um só povo, uma só nação. Se é que entendem…..

Sandro

13/09/2021 - 08h07

O PT junto com MBL ? Isso é jogar a história linda do partido no Lixo. O MBL só quer votos, e tanto faz ser do PT como de Bolsonaro.

ze

13/09/2021 - 08h00

Os debiloides da esquerda sofrendo a abstinência da mesadinha pra comprar sua macoinha e seu gin. sofre esquerdalha, sofre. Tá gostoso pisar em vcs.

Valeriana

13/09/2021 - 07h35

Floparam só na cabeça do cafezinho rsrsrsrsrs

Manoel

13/09/2021 - 07h24

Onde pensam que vão ???

foo

13/09/2021 - 03h05

É preciso analisar o contexto que levou ao impeachment.

A Lava Jato começou em 2014 e quase elegeu Aécio Neves. (Lembra-se da capa da Veja dizendo que “eles sabiam de tudo”, referindo-se a Lula e Dilma na véspera do segundo turno?)

Ainda assim, Dilma foi eleita.

Ela cometeu vários erros, isso é verdade.

O erro que levou ao impeachment, porém, não foram as tais pedaladas fiscais. Foi mostrar-se indisposta a interferir na Lava Jato, que avançava sobre sua base de apoio.

Parte da estratégia de Moro era usar a mídia para deslegitimar a classe política diante da população. Ele enxergava isso como um “círculo virtuoso”. (Palavras dele, em seu artigo sobre a Mani Pulite)

Dilma não caiu por um crime de responsabilidade. Ela caiu para “estancar a sangria”.

Podemos dizer, então, que o processo teve um vício de origem.

EdsonLuiz.

12/09/2021 - 21h44

Pergunto a você que estiver lendo:

Ter sido golpe o impeachment de Dilma é para você um fato ou é a narrativa que alguém quer dar àquele impeachtment?

Abstraindo de fatores que ensejam e desaguam em um impeachment, vamos considerar um dos pedidos apresentados para o impeachment da presidenta Dilma, o pedido feito pela OAB – Ordem dos Advogados do Brasil.

A aceitação de pedidos de impeachment são de exclusividade do presidente da Câmara dos Deputados. O presidente da Câmara à época era o deputado eduardo cunha. Houve a apresentação de vinte e dois pedidos de impeachtment da presidenta Dilma. Após sentar em cima de 20 pedidos (e eduardo cunha sentar em cima de 20 pedidos tem uma história escabrosa que fica para ser contada pela boa imprensa), o presidente da Câmara, eduardo cunha, aceitou o pedido de número 21. Foi protocolado ainda um outro pedido, de número 22; não tenho informação de entrada de mais pedidos após esse.

O pedido de impeachtment da presidenta Dilma aceito foi o pedido de número 20, de autoria do jurista Hélio Bicudo, um baluarte da luta pelo restabelecimento da democracia no Brasil e militante antigolpe, como todo democrata. Aliás, o jurista Hélio Bicudo foi um dos fundadores históricos do PT, e no entanto ele entrou com um dos pedidos, o pedido que foi aceito ( para aceitar, o presidente da Câmara tem que escolher um dos pedidos).

Observe-se que a luta antigolpe exige inclusive que se reponha fatos, quando atos forem falseados, para que não se prostitua e se banalize o tema ‘impeachtment’, levando ao descrédito desse instituto, o que será mais um desserviço à democracia no nosso país. Desacreditar o instituto do impeachtment só levará a contribuir para que, quando um impeachtment for necessário, não se consiga realizá-lo por ter sido levianamente desacreditado.

Quando alguém pratica crimes de responsabilidade em série, como a situação que estamos vivenciando com bolsonaro, podemos precisar do impeachment para afastar o presidente infrator e não conseguirmos afastá-lo porque alguém, usando narrativas por conveniência, desgastou a ferramenta do impeachtment.

Assodar o tema, dando entrada irresponsavelmente com dezenas de pedidos de impeachtment é uma outra forma de desgastar esse instrumento jurídico. O PT, na sua mórbida política de ataque à democracia, morbidade política que o PT sempre repete ao desgastar com agressões levianas diversos atores políticos saudáveis, fazendo ataques à honra e à reputação desses políticos com o uso de mentiras que não se comprovam para desgastar suas imagens públicas, principalmente acusando de corrupta toda a gente séria da política, usou e abusou de pedidos de impeachtment contra gente respeitável. Só para se ter ideia, contra o presidente Fernando Henrique Cardoso o PT deu entrada em nada menos que a dezessete pedidos de impeachtment; contra o pobre do presidente Itamar Franco, o PT deu entrada em quatro pedidos.

Mas quando uma sociedade quase inteira vislumbrou motivos para fazer o impeachtment de alguém do PT, no caso o impeachment da presidenta Dilma, aí o PT resolve voltar seu ataque a toda essa sociedade, porque acha que contra o PT, mesmo quando até a OAB, à unanimidade, vê motivos, não pode ter impeachment contra o PT.

E quando for feita falsificação de orçamento pelo governo, como vários especialistas e instituições, especialmente instituições ligadas ao direito, como a OAB concluíram no caso da motivação jurídica para o impeachtment da presidenta Dilma, pode ou não pode fazer o impeachtment?

É golpe fazer o impeachment porque não há o motivo jurídico necessário ou porque quando o impeachment for contra o PT ou contra alguém que o PT quiser proteger não pode fazer o impeachment?

Vamos verificar como a OAB – Ordem dos Advogados do Brasil se posicionou no caso do impeachment da presidenta Dilma Roussef:

A OAB possui um Conselho Nacional. O Conselho Nacional da OAB é composto por três representantes de cada unidade da federação, totalizando oitenta e um membros. A decisão no caso do impeachment de Dilma foi votada em cada uma das vinte e sete unidades federativas Estado a Estado.

O placar da decisão do conselho da OAB pelo impeachment de Dilma foi à unanimidade. SIM, À UNANIMIDADE! O placar foi 27 a 0 ( vinte e sete a zero). Três a zero em cada unidade da federação: Rio Grande do Sul – 3 x 0; Pernambuco – 3 x 0; Minas Gerais – 3 x 0. Com uma única excessão, que foi o Estado do Pará, onde a decisão se deu por 2 x 1.

E a OAB resolvel fazer ela mesma, como instituição, o seu próprio pedido de impeachment contra a presidenta Dilma!

Seria golpe fazer um pedido de impeachment se não houvesse um motivo jurídico para o pedido, mesmo o impeachment sendo um ato político-jurídico onde o fator político é o determinante, uma vez que o julgamento é processado pelo senado, com os senadores tornados juízes, e a votação ser pelo congresso, quando os 513 deputados e os 81 senadores são presididos por um ministro do STF, que no caso do impeachtment de Dilma foi o ministro-petista Ricardo Leviandowisk.

Passa pela sua cabeça que a OAB tramou um golpe no Brasil, como querem os petistas? Mesmo se isso passasse por sua cabeça, a decisão do Conselho Nacional da OAB, à unanimidade, significou que TODA a sociedade, onde quer que houvesse um advogado, com menos que fumaça de excessão, queria dar esse golpe? Ou o que passa na sua, na minha e na cabeça de qualquer brasileiro que queira ser sério com a história deste país é que, se a própria Ordem dos Advogados, à unanimidade, resolveu ela mesma pedir o impeachment da Dilma, é porque o impeachment não foi golpe porque sobravam motivos para o impeachment e, no caso da Dilma, o golpe é gritar que foi golpe e, portanto, golpista não sou eu, não é você, não são TODOS os advogados; golpista é quem fica insistindo, desonestamente, que o impeachment de Dilma foi golpe.

Gente, vamos ser sérios com nosso sofrido país. Narrativas levianas são anti democracia, são antinotícia, e precisam ser combatidas como se combate fake-news.

E então! Quando dizem que o impeachtment de Dilma foi golpe você acha que estão sendo honestos ou é mais uma das incontáveis desonestidades do PT? Você acha que bolsonaro das machadinhas e das milícias é desonesto? Se acha, o genocida bolsonaro é mais ou consegue ser menos desonesto que o PT?

    Tiago Silva

    12/09/2021 - 23h19

    Edson Luiz,

    A OAB também já apoiou o Golpe de 1964 e também se omitiu sobre o AI-5… e quando se arrependeu já foi tarde.

    foo

    13/09/2021 - 03h11

    Leia o livro “como derrubar um presidente”, que analisa minuciosamente o impeachment no Brasil e no mundo.

    O livro fala da origem do impeachment, sua aplicação em outros países, as diversas tentativas de impeachment no Brasil, desde Getúlio Vargas.

    O livro fala sobre o impeachment de Collor, as tentativas contra FHC e Lula, e, finalmente, o impeachment de Dilma.

    É um ótimo livro para analisar o tema em profundidade.

    luciano pavan

    13/09/2021 - 22h44

    “para que não se prostitua e se banalize o tema ‘ impeachment’, levando ao descrédito desse instituto, ” o crime pelo qual se destituí um presidente deve ser grave não? ao menos desejável que outros também não o cometam. O curioso aqui é que um dia depois da posse de temer, por decreto as pedaladas deixaram de ser crime de responsabilidade; não apenas para que outros não fossem acusado do mesmo, mas para que inclusive pudesse continuar sendo praticado. A OAB não viu nada de estranho aqui?
    A mesma OAB não se pronunciou quando o STF deu um entendimento totalmente contra a escrita da lei sobra a prisão em segunda instância. Isso não configura o cenário do golpe?
    A ideia era criminalizar o partido, não só tirar a presidente, mas impedir que qualquer outro se elegesse pelo mesmo, incutindo um ódio gratuito e fabricado pela mídia e esses outros agentes da sociedade que se omitiram.
    Sem considerar isso, sua explicação também pode entrar para o balaio das narrativas tendenciosas…

Guilherme Milanez

12/09/2021 - 21h34

O PT se reunir com os golpistas eh movimento calculado. O cálculo eh tão bem feito q rendeu um golpe. Me desculpa, mas essa coisa de flopar eh muito relativo… hj não flopou mais do q o 07 de setembro organizado pela esquerda, por exemplo… a bem da verdade, o sectarismo da esquerda tah fazendo isso acontecer. Espero q dia 02 próximo aceitem os diversos setores políticos q querem o fim do Bolsonaro de braços abertos, pq do contrário vou acreditar mesmo q o interesse dessa parcela eh manter o Bolsonaro onde está.

    Mario

    13/09/2021 - 08h01

    Ser Esquerda passou também ser a FAVOR do Aborto, da Ideologia de Gênero, Casamento Gay, Exclusão da Religião Cristã etc… Tudo o que o Povo de BEM NÃO quer. Isso está Esvaziando a Esquerda no Mundo! Nós Brasileiros somos antes de tudo CRISTÃOS! Que NÃO quer enxergar isso fica à beira do caminho! Deus e Pátria são Bens Inegáveis! A Igreja Católica está perdento FIÉIS justamente porque ESQUERDOU! Deus NÃO Perdoa os Infiéis… Em tempo: Sou católico Apostólico Romano e tenho Cristo como meu Lider e NÃO Políticos ateus sem escrúpulos!

Alexandre Neres

12/09/2021 - 20h46

Obrigado por restituir cada coisa a seu devido lugar, Miguel!

Do jeito que estava parecia que nós da esquerda teríamos que aderir acriticamente a grupelhos pueris que não tem credencial nem competência pra liderar nada.

A turma da terceira via acha que nossa espinha deve se vergar que nem bambu. Se vocês querem externar seus pendores direitistas, o problema é seus, mas, por favor, não incluam os progressistas nessa roubada.

Tiago Silva

12/09/2021 - 20h39

Interessante (e trágico) na foto desse artigo do blog Cafezinho é que tem um frustrado ressentido deferindo ódio (e não dá para saber se seria alguém da classe média radicalizada do MBL, se do PDT, se do PC do B, se do Novo ou outro grupamento que tenha se associado a este evento), mas na mesma foto tem a imagem de Mariele Franco que muito provavelmente iria participar do ato do grito dos excluídos ao invés desse ato dos Filhotes do Mercado que pregam o mesmo Neoliberalismo Autoritário do Bozismo, mas com sapatênis.

Tony

12/09/2021 - 20h35

Que manifestaçoes…? Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Zulu

12/09/2021 - 20h27

Coitados dos vendedores de agua e picolé, foram trabalhar no domingo a toa…kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Tiago Silva

12/09/2021 - 20h26

Em tempo, ainda quero saber quando o blog Cafezinho vai publicar os comentários de hoje… Será que só amanhã? Hehehe

Estou curioso sobre as opiniões dos comentadores do blog, mas parece que só vão publicar os comentários quando a poeira baixar ou a vergonha alheia passar (vergonha de ver militontos de partidos como PDT, PSB, PC do B e Centrais Sindicais que rasgam suas histórias ao engrossar o caldo de oportunistas como MBL/Vem pra Rua/Novo).

Tiago Silva

12/09/2021 - 20h21

E mais um tiro no pé do Biruta de Aeroporto que ainda esse novo “Mito” empurrou Cirolipasminions a participar dessa manifestação que só quer legitimar o Capital (Teve até volta Temer kkkk).

Quem levou bandeiras com Getúlio Vargas, Jango, Brizola e do PDT apenas fez o papel de Coveiro das histórias de luta do PDT que deveria ser popular e não ser escada de manifestação dos golpistas “Filhotes do Mercado”.

Fanatismo (principalmente virtual) está levando à UDNização do PDT.

Luiz Pedro

12/09/2021 - 20h12

Vão ter atos dias 2 de Outubro e 15 de Novembro, e espero que MBL, NOVO, lavajatistas, etc, não sejam hipócritas e vão também, sem papo de “Não se misturar com o PT”, os organizadores dos atos de hoje até aceitaram se submeter a tirar o “Nem Lula”, pra ver se os Petistas iam, o sectarismo não permitiu (sejamos sinceros, os trouxas que votaram no Bozo em 2018, e pelo menos agora já não votam mais, também tem que ser respeitados como cidadãos, e que estão unidos conosco contra o Bozo, apesar das imensas discordâncias). Alguns da direita não vão dias 2 e 15 (como esses que desrespeitaram as orientações dos movimentos e levaram o “Nem Lula” em frente, como os que levaram esse boneco da foto), mas sei que alguns vão (mais gente do que os poucos Tucanos [atacados pelos radicais o PCO] em manifestações do Fora Bolsonaro anteriores). O fato é, pra reunir mais gente, sem tanta resistência de Petistas a irem, nem muita resistência da direita não-Bozista, precisam ter manifestações organizadas por quem consegue dialogar tanto com os “liberais”, como com os petistas, como PSB, Rede e PDT. Espero que esses partidos organizem manifestações entre os dias 2 e 15, talvez mais pro fim de Outubro.

franco

12/09/2021 - 20h10

Ciro Gomes tava là passando vergonha.

Valeriana

12/09/2021 - 20h04

A pergunta é outra…porque nao deveriam ter flopado ?

vicente paulo oliveira

12/09/2021 - 19h59

manifestação não só do mbl e sim da tal 3 via ,incluindo o pdt e seu ciro,foi mportantissima para provar que nem com 3 meses de preparação e apoio da folha, globo etc,não conseguem botar mais que uns gatos pingados direitosos na rua.mandeta,doria,amoedo e ciro pagaram um mico infinitamente maior que o do bozo.Que sirva de lição.

canastra

12/09/2021 - 19h43

Floparam porque sao 4 imbécis sem rumo…em 2022 inventam alguma idiotice para dizer que foi tudo brincadeira e voltam a votar para Bolsonaro.

De 2018 pra cà nada mudou e nada vai mudar até 2026.

Bandoleiro

12/09/2021 - 19h38

MBL nada…ai a bandeira com Marielle Franco, PDT, PCDOB…faltava sò o PT e a esquerda toda tava là.

Ricardo JC

12/09/2021 - 19h03

Blá, blá, blá inútil. Me desculpe Miguel, mas quetem isolar o PT e não escondem. O PT é o maior partido de esquerda da América Latina. Consolidou-se na sociedade brasileira e tem uns 30% de eleitores fixos. Sempe teve (ainda que eu reconheça um afastamento) íntima relação com movimentos sociais. Com Mandetta, Ciro e outros direitistas não vão conseguir mobilizar nada.


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