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PSOL bate o martelo: vai apoiar Lula

A Executiva Nacional do PSOL decidiu que o partido vai sentar a mesa para negociar o apoio com outros partidos progressistas para formar um bloco em apoio ao ex-presidente Lula (PT). É bom ressaltar que esse acordo não inclui a federação partidária, ou seja, a junção de siglas para atuar de maneira unificada em quatro […]

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Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação

A Executiva Nacional do PSOL decidiu que o partido vai sentar a mesa para negociar o apoio com outros partidos progressistas para formar um bloco em apoio ao ex-presidente Lula (PT).

É bom ressaltar que esse acordo não inclui a federação partidária, ou seja, a junção de siglas para atuar de maneira unificada em quatro anos.

Hoje aconteceu a reunião da Executiva Nacional do @psol50. Aprovamos a abertura de negociações com partidos e lideranças de esquerda, entre elas o ex-presidente Lula. Espero que possamos chegar a sínteses para derrotar Bolsonaro e reconstruir o Brasil.

“Aconteceu a reunião da Executiva Nacional do PSOL 50. Aprovamos a abertura de negociações com partidos e lideranças de esquerda, entre elas o ex-presidente Lula. Espero que possamos chegar a sínteses para derrotar Bolsonaro e reconstruir o Brasil”, disse o presidente do partido, Juliano Medeiros.

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Alexandre Neres

13/02/2022 - 17h05

Para quem entende de política, sabe que o ano de 2018 foi um ponto fora da curva. Foi propício para candidatos com verve autoritária, ao discurso udenista e moralista dos arautos contra a corrupção e da antipolitica. Se você preenche os requisitos e mesmo assim ficou no mesmo lugar de sempre, sobretudo devido a sua inabilidade política, é algo pra se preocupar e meditar sobre.

O cientista político Antônio Lavareda, sempre ligado aos tucanos, mostrou que certo candidato apesar de atirar pra todo lado, da direita à esquerda, está encurralado dentro do seu gueto, pronto pra ser cristianizado.

Políticos das mais diversas matizes já se aperceberam sobre o que será objeto da disputa em 2022 e se deram conta da importância da existência de Lula para combater o neofascismo: Cristóvam Buarque, Tasso Jereissati, Kassab, Aloysio Nunes Ferreira, Arthur Virgílio Neto, FHC, Flávio Dino, Marcelo Freixo, Boulos, Juliano Medeiros etc.

É inconcebível que nas eleições de outubro, quando se dará a luta entre civilização e barbárie, incautos continuem apregoando a farsa da falsa simetria entre os dois principais candidatos. Isentões, que votaram em branco em 2018 e continuarão a ir pra Paris em 2022, assumam seus atos e que não têm o menor apreço pela democracia, a ponto de justificar as condutas criminosas de Serjo Morto. Vocês não são progressistas, nem sequer democratas, afora o fato de suas mãos estarem manchadas de sangue!

Netho

12/02/2022 - 21h35

PSOL faz a opção preferencial para se consolidar como “Papagaio de Pirata” de Lula.
Um papel ao qual Boulos se adaptou com enorme facilidade e de forma permanente.
O PSOL aceitou o papel de coveiro de si mesmo.

José Joaquim

12/02/2022 - 16h35

Que bom. Estão saindo da adolescência.

EdsonLuíz.

12/02/2022 - 15h57

Se isto se confirmar, o PSOL foi-ce!

Prestando atenção, vemos a quantidade de erros que cometemos.

Um partido político, idealmente, deve ter resiliência na defesa de sua doutrina. Se a doutrina do partido o define como um partido de esquerda, é sempre na afirmação dessa identidade que o partido deve permanecer.

Um partido político, em uma democracia, deve sempre disputar no campo de ideias e buscar a conquista da hegemonia para assumir o poder. Poder é força! A força de um partido político deve ser resultado, primordialmente, da qualidade técnica e política de seus quadros, da inserção de suas ideias na sociedade e da capacidade que o partido tem de mobilizar em torno dessas ideias e de seus projetos.

Quando falo que o partido deve buscar hegemonia, isso nunca pode significar o desejo de hegemonismo pelo partido. Quando no poder, o partido político deve exercer a virtù de preservar o espaço e o ambiente para o exercício democrático pelas outras forças, renunciando ao hegemonismo. É no campo das ideias que se dá o embate político, e feito de formacivilizada, não pela destruição das forças que defendem ideias contrárias. O uso de qualquer truculência, leviandade e distorção sinaliza uma índole antidemocrática.

A construção da democracia moderna constitui uma inovação no processo de fazer sociedades. Uma vez conquistada a democracia, se sopada, a sociedade moderna fará todos os esforços para restabelecê-la, enfrentando o poder autoritário até com o uso de forças irregulares, em último caso, para retomar o estágio mais atualizado de seu processo político.

Veja-se a luta que se deu em todos os países da União Soviética, na Polônia, na Hungria, na Tchecoslováquia e nos outros países de regime autoritário todos! Veja-se a luta que fizemos aqui no Brasil pelo restabelecimento da democracia! Vejam-se os esforços sofridos de jovens, de artistas e do povo cubano em geral para restabelecer a democracia em Cuba!

A sociedade sempre vai se empenhar para restabelecer e preservar a inovação histórica já consolidada como política e socialmente mais vantajosa para manter o caminho do progresso.

A democracia é um valor social e político inventado para fazer progredir a sociedade e esse valor e suas essencialidades já está consolidado em todo o Ocidente.

Os sabores de representação política na democracia estão bem definidos em espaços do espectro ideológico. No espectro ideológico há os dois extremos, sendo os dois igualmente fundamentalistas em seus dogmas; há, bem distantes desses extremos, uma doutrina de esquerda e uma doutrina de direita, que quando politicamente bem definidas devem sempre ser radicais na defesa de suas ideias, o que não significa fundamentalismos, mas também não significa conciliar com políticas de forças mais ao centro em conchavos esquisitos, uma vez que, quando bem definidas, são forças políticas que estão tão distantes desse centro político quanto estão dos extremistas; e há as duas forças políticas de centro, a centro-esquerda e a centro-direita, ladeadas, um pouco misturadas na defesa de certas ideias, o que, diferentemente das forças dos extremos e também diferentemente da esquerda ou da direita, se justificam alianças entre si, pelo grau de ideias comuns que defendem.

Forças populistas defensoras de sociedades autoritárias e corruptas, sejam populistas de esquerda ou populistas de direita, não são sabores do espectro político democrático e em maior ou menor prazo tenderão a ser derrotadas para que a história retome seu curso e a sociedade continue suas experiências de avanços.

O populismo é um fenômeno particular de dominação e não tende a se perpetuar, mesmo com o uso da força física ou das agressões retóricas e narrativas levianas e distorções dos fatos e dos dados da realidade.

Muito raramente se justifica a formação de uma frente política para enfrentar ameaças à democracia. Quando essa necessidade de alianças se coloca, é porque a ameaça é de uma dimensão que obrigue a que todas as forças ideológicas do campo democrático, TODAS, da esquerda à direita, se componham em uma mobilização unitária para afastar a ameaça.

Se as forças políticas diversas, da esquerda à direita, não estão avalizando a nessecidade de uma composição ampla – realmente ampla – é porque a ameaça à democracia não é tão perigosa a ponto de exigir a formação dessa frente.

O Brasil tem uma única força política bem definida como de esquerda, o PSOL.

O PSOL vem, nos seus poucos anos de existência, perseverando em sua coerência ideológica, que é a única forma que uma força política tem de sair da invisibilidade e conquistar reconhecimento adequado para sua identidade e aceitação de suas políticas.

Por manter essa coerência política e ideológica o PSOL vem fazendo bons avanços em formação de quadros técnicos e políticos, vem conseguindo inserção de suas ideias na sociedade e aumentando sua capacidade de mobilização social.

O PSOL vem crescentemente conseguindo aumentar sua força para interferir na realidade política e social.

Vinha! Nos últimos tempos aconteceram detalhes que estão afastando o PSOL de sua caminhada.

O deputado Marcelo Freixo se retirou – e foi retirado do PSOL – com a justificativa de viabilizar sua eleição para governador do Rio de Janeiro. Como a justificativa é muito forte, dado que Marcelo Freixo sempre fez mesmo o enfrentamento de mazelas seríssimas relacionadas à violência e às operações das milícias, que são bem o maior problema do Rio de Janeiro, com o poder naquele Estado sendo capturado pelas milícias e traficantes, houve alguma compreensão com a decisão de Freixo.

Acontece que, se a decisão e experiência de enfrentamento da captura do poder no Rio pelas milícias era de Freixo, esse mérito era mais do PSOL! Freixo era o PSOL! Se Marcelo Freixo angariou projeção política foi porque o PSOL lhe proporcionou essa projeção política com uma identidade ideológica. Seria um erro ele se afastar do PSOL! E foi um erro! Esse movimento ira afetar os dois: ao Freixo e ao PSOL!

Mas com os primeiros movimentos de Freixo fora do PSOL também aflorou uma outra motivação, além da motivação alegada por Freixo, de viabilizar sua eleição para governador.

A outra motivação que aflorou para sua saída do PSOL foi, ou ao menos teve como consequência, o esvaziamento do PSOL e o fortalecimento da candidatura de Lula à presidência. Um partido sério, quando iniciante, concentra investimentos políticos e outros recursos na projeção de uma liderança que é transformada em referência dessa força política. A referência na qual o PSOL investiu foi Marcelo Freixo! Era a partir de Marcelo Freixo que o PSOL existia eleitoralmente e planejava a ampliação social e eleitoral do PSOL. O PSOL investiu politicamente e Marcelo Freixo para isso. Marcelo Freixo, ao sair, esvaziou o PSOL, aumentou a vulnerabilidade do PSOL em cumprir as cláusulas de barreira eleitoral nestas eleições de 2022 e esta vulnerabilidade está quase obrigando o PSOL a se submeter ao projeto de Lula, que é mais um projeto, como muitos, de captura do Estado, nesse caso do populista Lula em âmbito federal, por forças políticas e sociais venais.

Há mais erros políticos que eu tenho identificado no PSOL, como a forma de Guilherme Boulos fazer política em São Paulo em nome do PSOL. Boulos repete por dentro os “erros” que com Freixo está se dando por fora do PSOL.

Se o PSOL se submeter a essas intervenções do Lula e do lulismo, irá cometer um erro visível, e alguém, amanhã, com o esvaziamento da identidade do PSOL, poderá se referir a esses erros jocosamente e dizer: “o PSOL foi-ce!”.

Edson Luiz Pianca.
edsonmaverick@yahoo.com.br


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