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Entenda como será feita a perícia no celular de Bolsonaro

O Instituto Nacional de Criminalística, localizado em Brasília, realizará uma análise no celular do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no âmbito da investigação sobre a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid nos sistemas do Ministério da Saúde. Durante a operação Venire, deflagrada na última quarta-feira (3), a Polícia Federal apreendeu o aparelho celular, […]

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Foto: Sérgio Lima/Poder 360.

O Instituto Nacional de Criminalística, localizado em Brasília, realizará uma análise no celular do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no âmbito da investigação sobre a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid nos sistemas do Ministério da Saúde. Durante a operação Venire, deflagrada na última quarta-feira (3), a Polícia Federal apreendeu o aparelho celular, suspeitando que informações relacionadas aos certificados de imunização do ex-presidente e de sua filha, Laura Bolsonaro, foram forjadas. A realização da perícia tem gerado preocupação entre os aliados do ex-presidente.


Os peritos da Polícia Federal, com a autorização judicial em mãos, poderão realizar a análise e extração de informações, que poderão ser utilizadas como provas contra o ex-presidente e o grupo acusado do crime.

Em uma entrevista para O Globo, o perito especializado em crimes digitais, Wanderson Castilho, o primeiro procedimento em uma perícia em celular é realizar uma cópia completa do equipamento, bit por bit (a menor unidade de informação que pode ser armazenada ou transmitida em dispositivos desse tipo). As informações obtidas são, em seguida, inseridas em um sistema forense digital que irá indexar todos os arquivos do aparelho, como fotos, vídeos, conversas e outros.

Qualquer indivíduo que seja alvo de um mandado de busca e apreensão tem o direito de se recusar a fornecer a senha de acesso ao celular. Nesses casos, a polícia apreende o aparelho bloqueado. Segundo Castilho, perito especializado em crimes digitais, cabe ao Estado brasileiro ter as ferramentas necessárias para “quebrar” a senha e acessar os dados contidos no dispositivo.

Castilho enfatiza que é possível recuperar e extrair informações para fins de investigação, mesmo se os arquivos tiverem sido apagados. Isso ocorre porque os dados deletados não são realmente eliminados do aparelho, apenas são desindexados, mas ainda permanecem no dispositivo.

O perito destaca que existem ferramentas capazes de recuperar dados que foram deletados há uma década. No entanto, o sucesso da recuperação dependerá da ferramenta utilizada pela polícia e das características do aparelho do investigado.

“Não é tão simples, mas é factível recuperar informações. Já recuperei mensagens de dez anos atrás que estavam em um HD, mas tem coisa que é apagada e, no dia seguinte, não tem mais como recuperar. Como são dados eletrônicos, isso varia bastante”, diz o especialista em entrevista para o jornal.

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Rhyan de Meira

Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira

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