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Lula sobre a Ucrânia: “É hora da diplomacia, não é da guerra”

Reuters – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que seu assessor especial de política externa, Celso Amorim, já está na Ucrânia para conversar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, como parte dos esforços do governo brasileiros por negociações de paz a serem mediadas por um grupo de países sem envolvimento direto no […]

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Foto: Reprodução

Reuters – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que seu assessor especial de política externa, Celso Amorim, já está na Ucrânia para conversar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, como parte dos esforços do governo brasileiros por negociações de paz a serem mediadas por um grupo de países sem envolvimento direto no conflito.

“O companheiro Celso Amorim está na Ucrânia hoje. Ele andou 12 horas de trem para chegar na Ucrânia, para encontrar com o presidente Zelenskiy”, disse Lula a jornalistas após reunião bilateral com o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, em Brasília.

“E como o Celso Amorim é o mais experiente diplomata do Brasil, na minha opinião, e um dos melhores do mundo, eu acho que se ele colocar em prática tudo o que ele aprendeu em 60 anos de diplomacia, ele pode trazer boas notícias para nós aqui no Brasil.”

Lula voltou a condenar a ocupação territorial promovida pela Rússia na Ucrânia e afirmou que a melhor “arma” para encerrar a guerra é conversar.

Declarações anteriores de Lula pedindo que países aliados de Kiev parem de enviar armas à Ucrânia para evitar um prolongamento da guerra com a Rússia foram criticadas por nações ocidentais, em especial os Estados Unidos.

“Eu acho que a hora é hora de diplomacia. Não é hora de guerra. Todo mundo sabe que o Brasil condenou a ocupação territorial da Ucrânia. Todo mundo sabe o que o Brasil pensa a respeito disso”, afirmou nesta terça.

O primeiro-ministro holandês, por sua vez, defendeu que não haja concessões que afetem a soberania ucraniana. Em visita de três dias ao Brasil, Rutte expôs a posição europeia sobre a necessidade de proteger a Ucrânia da agressão russa.

“A Holanda apoiará a Ucrânia pelo tempo que for necessário”, disse o primeiro-ministro em entrevista coletiva após o encontro com Lula, acrescentando que Kiev teria caído em semanas caso não fosse ajudada por outros países.

Lula já vinha insistindo em uma saída negociada para a guerra, a ser tocada por um grupo de países que sejam capazes de conversar tanto com o presidente russo, Vladimir Putin, quanto com o ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.

“Nós precisamos encontrar alguém que consiga discutir a paz. E o Brasil está disposto a fazer isso”, disse Lula nesta terça.

O ex-chanceler Amorim, que já se reuniu com Putin na Rússia — na ocasião o assessor especial disse que as portas para uma negociação não estavam “totalmente fechadas” –, vai conversar na quarta-feira com o presidente ucraniano.

Na semana passada, a embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Linda Thomas-Greenfield, incentivou o Brasil a incluir a Ucrânia em qualquer iniciativa para negociar o fim da “guerra de agressão da Rússia”.

Em visita ao Brasil, Thomas-Greenfield disse que expressou a autoridades do país o desapontamento dos EUA com as declarações sobre a guerra, referindo-se aos pedidos de Lula que países parassem de armar a Ucrânia para permitir o início das negociações de paz.

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