Menu

Fenae se solidariza com a deputada federação do PT-SP Juliana Cardoso

Ela e mais cinco parlamentares mulheres foram alvo de um pedido de cassação de seus mandatos na Câmara dos Deputados A nítida perseguição política, que caracteriza violência política de gênero com mulheres eleitas, atingiu também a deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP), a primeira mulher indígena eleita para deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores. Além de […]

sem comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News
Imagem: Glória Fulgel

Ela e mais cinco parlamentares mulheres foram alvo de um pedido de cassação de seus mandatos na Câmara dos Deputados

A nítida perseguição política, que caracteriza violência política de gênero com mulheres eleitas, atingiu também a deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP), a primeira mulher indígena eleita para deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores.

Além de Juliana Cardoso, as deputadas federais Erika Kokay (PT-DF), Célia Xakriabá (PSOL-MG), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ) foram alvo de um pedido de cassação de seus mandatos apresentado ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, quando se manifestaram contrárias à aprovação do Marco Temporal.

De acordo com o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa, Sergio Takemoto, a extrema direita e grupos bolsonaristas têm atacado as mulheres incessantemente com palavrões, ameaças e até com disposição física de enfrentamento.

“Mais uma vez, a Fenae vem a público manifestar apoio e solidariedade às deputadas. Repudiamos a violência política de gênero, a evidente perseguição política contra essas importantes representantes do parlamento brasileiro, eleitas legitimamente e que atuam, em especial, no combate à ameaça aos direitos de povos indígenas”, reforçou Takemoto.

Em nota de solidariedade, o Grupo de Trabalho Interministerial de Enfrentamento à Violência Política contra as Mulheres afirmou que o fenômeno da violência política contra as mulheres no Brasil é histórico e estrutura as bases de formação do País.

“Agravado pela misoginia, pelo racismo e pela LBTfobia, tem como objetivo limitar ou até impedir a participação das mulheres na vida política e partidária. Essa estratégia de invisibilização das mulheres é uma das principais causas da sub-representação dessa importante parcela da população do país, no parlamento e nos espaços de poder e decisão. As mulheres são 53% do eleitorado, mas ocupam apenas 17,7% da Câmara dos Deputados, 18% do Senado, 17% das Câmara Municipais, 12% das Prefeituras e 7,5% dos Governos Estaduais”, diz a nota.

Segundo o Mapa das Mulheres na Política 2020, feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela União Interparlamentar (UIP), o Brasil ocupa o 145º lugar no ranking em número de mulheres no Parlamento, de um total de 187 países.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) enfatizou: “A tentativa de cassarem os nossos mandatos reflete uma lógica misógina e uma nítida violência política de gênero. Existe um projeto sexista em curso e que aponta que nós não fizemos o luto dos nossos períodos traumáticos, inclusive ao colonialismo, onde os donos da terra também se sentem donos dos corpos femininos. Essa lógica precisa ser combatida”.

Campanha “Elas ficam”

Nesta semana, foi lançada a Campanha Nacional contra Violência Política de Gênero e Raça. A ação, encabeçada pela Frente Parlamentar Feminista e Antirracista com Participação Popular, busca dar visibilidade nacional aos pedidos de cassação que foram abertos pela Comissão de Ética contra as seis deputadas federais de esquerda.

O objetivo da campanha é pressionar os relatores dos processos para que não permitam essa perseguição. Acesse o site e vote: https://www.elasficam.org/.

Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!


Leia mais

Recentes

Recentes