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A morte de Adriano da Nóbrega segundo um especialista em crimes da ditadura

Saiu hoje na imprensa detalhes das investigações sobre a morte do Miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, criminoso com vínculos com a família Bolsonaro e morto em 2020 durante uma operação na Bahia para a sua captura. Os documentos revelados pela revista Veja mostram que a a arma supostamente utilizada por Adriano — uma pistola Glock, […]

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Saiu hoje na imprensa detalhes das investigações sobre a morte do Miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, criminoso com vínculos com a família Bolsonaro e morto em 2020 durante uma operação na Bahia para a sua captura.

Os documentos revelados pela revista Veja mostram que a a arma supostamente utilizada por Adriano — uma pistola Glock, calibre 9 mm — que havia sido recolhida pela Polícia Militar, desapareceu e apareceu meses depois em posse da Polícia Civil.

Além disso as capsulas disparadas tanto pelos agentes de segurança, quanto as supostamente disparadas pelos agentes não foram totalmente encontradas. E mesmo com as testemunhas do confronto alegando que o miliciano abriu fogo contra os policiais, não foram encontrados vestígios de chumbo na mão dele (o metal geralmente fica impregnado nas mãos de pessoas que disparam armadas de fogo).

Entre outras coisas estranhas estão o fato de que o miliciano chegou ao necrotério com uma queimadura no tórax, além disso os policiais disseram que o ex-capitão estava de bermuda e calção quando o Bope entrou na casa. Os médicos, por sua vez, relatam que ele chegou seminu ao hospital.

Por fim, segue sem explicação a trajetória de uma das balas, de cima para baixo, o que reforça a hipótese de uma execução.

Sobre essa série de “estranhezas” sem resposta, a coluna conversou com Orlando Calheiros, doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e que esteve à frente dos trabalhos de investigação na Comissão Nacional da Verdade (CNV) que investigou os crimes da ditadura militar brasileira de 1964 que vão desde censuras até torturas e execuções.

Recentemente Orlando lançou o podcast Cálice que fala sobre a morte do Diplomata José Jobim, assassinado pela Ditadura Militar para ocultar um dos maiores escândalos de corrupção da ditadura militar.

“Eu aprendi isso na época da CNV fazendo os perfis dos mortos na Ditadura”, afirmou Orlando que completou: “um tiro assim, de cima para baixo, naquela distância, geralmente é sinal forte de uma execução”. Reforçando que “é idêntico aos padrões de execuções da ditadura (e também que ocorrem nas favelas), geralmente com o sujeito deitado no chão”.

Dá para afirmar que o miliciano foi executado? Não, embora sua morte era interessante para boa parte dos seus contratantes. O que dá para afirmar com base nas evidências e na experiência de Orlando é que as circunstâncias que envolvem a morte do miliciano são fáceis de encontrar em regimes de exceção.

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Cleber Lourenço

Defensor intransigente da política, do Estado Democrático de Direito e Constituição. | Colunista n'O Cafézinho com passagens pelo Congresso em Foco, Brasil de Fato e Revista Fórum | Nas redes: @ocolunista_

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Comentários

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carlos

13/01/2024 - 10h45

Outra verdade incontestavél, que o principal resppnsavel,pela morte do tal Adriano da nobrega, foi a familia bolsonaro principalmente o pai e o filho senador que condecorou o bandido de estimaçao dele.

carlos

13/01/2024 - 10h39

A pergunta que nunca niguem respondeu até por que ela é obvia e cristalina,só os asnos nao reconhecem, mas e a pura verdade é a de que quem criou o milicianismo foi o genocida, bolsonaro isso ninguem tem dúvida.

Patriotário

13/01/2024 - 08h05

O papinho furado que sempre tentam colocar é o assassinato só Celso, investigado de cabo a rabo pela polícia civil coxinha, do PSDB, e encontraram o que contra o PT ? Nada, coisa nenhuma.
Mas como sempre tem de haver alguma comparação imbecil, uma analogia de canalha, essa morte do miliciano do BOPE “não vem ao caso”. A familicia bozoloide é parte da cabeça desses soldados do inferno, que junto a bicheiros e pastores picaretas comandam a rede de crimes no RJ e já exportam esse seita por todo território de pindorama.
Não nos tornamos uma Argentina ou Venezuela.
Somos um México ou uma Colômbia, com essa direita assassina.

EdsonLuiz.

13/01/2024 - 02h01

Este BRASIL é cada vez mais um PAÍS DE EXECUTORES.

■Executam vereadora porque se sentem contrariados;
■Executam miliciano, e o miliciano executado, por seu lado, também era executor profissional e muito provavelmente envolvido direta ou indiretamente na execução da vereadora; morto, este Miliciano executor não executa mais;

■■■■ Mas aqui não é um país só de Executores que executam com revólveres…
■■■O Brasil está virando um país de Executores que executam crimes de todos os jeitos.

■■■Agora mesmo temos
no EXECUTIVO FEDERAL
um EXECUTOR PROFISSIONAL.
■Temos no Executivo Federal um Presidente da República que é um EXECUTOR PROFISSIONAL DE C.O.R.R.U.P.Ç.Ã.O !

Pode?

■■■Antes deste atual Executor de Corrupção quem estava à frente do Executivo Federal era um miliciano e amigo de outro miliciano e vizinho de condomínio do executor da vereadora.

Sim:: o carro onde estava o atirador que matou com tiros de fuzil a vereadora Mariele saiu de um condomínio na Barra da Tijuca/RJ, o mesmo condomínio onde mora Jair Bolsonaro e da casa do Miliciano no condomínio dava para ver a janela do quarto da filha de Bolsonaro.

■Deveras o Executor-Miliciano que estava à frente do Executivo Federal antes do Executor-Corrupto atual era amigo também do Executor carioca executado na Bahía.

No Brasil::
■Executam vereadora; e
■Executam executores-milicianos.

■■■No Executivo Federal, que deveria executar uma política anticrime para acabar com as execuções praticadas por milicianos, antes estava um Executor-Miliciano e agora está alguém que é, ele mesmo, Executor Profissional de Corrupção.

Do Executivo Federal, saiu um Executor-Miliciano e entrou um Executor-Corrupto!

■■■Que autoridade vai ter um Executor Corrupto Profissional à frente do Executivo Federal para combater os crimes dos Milicianos Executores Profissionais?

Paulo

12/01/2024 - 22h25

De fato! Uma morte tão estranha como a de Celso Daniel, Toninho do PT, JFK e até JK e Jango, noves fora o fato de que o morto não tinha nem de perto a notoriedade dos acima citados…


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