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Brasil é campeão mundial de desigualdade: 1% mais rico tem quase metade da riqueza nacional

Brasil lidera em desigualdade de renda global em 2022 São Paulo – Em 2022, o Brasil se destacou negativamente por ter a maior concentração de renda do mundo, segundo o Global Wealth Report 2023 do banco suíço UBS. Cerca de 48,4% da riqueza brasileira está concentrada nas mãos de apenas 1% da população, superando países […]

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Brasil lidera em desigualdade de renda global em 2022

São Paulo – Em 2022, o Brasil se destacou negativamente por ter a maior concentração de renda do mundo, segundo o Global Wealth Report 2023 do banco suíço UBS. Cerca de 48,4% da riqueza brasileira está concentrada nas mãos de apenas 1% da população, superando países como Índia, Estados Unidos, China e Alemanha.

O relatório, que analisou o patrimônio familiar global, mostra que a desigualdade diminuiu levemente em 2022, com a participação da riqueza do 1% mais rico caindo de 45,6% em 2021 para 44,5%. O Brasil acompanhou essa tendência, reduzindo de 49,3% para um número um pouco menor.

Contrariando a tendência global de redução no número de milionários, o Brasil viu um aumento de 120 mil novos milionários, reforçando sua posição no ranking da desigualdade.

A campanha Tributar os Super-Ricos expressou preocupação com esses dados, apontando que mais da metade da população brasileira (58,7%) enfrenta insegurança alimentar, enquanto os super-ricos no país têm isenções fiscais significativas, transferindo a carga tributária para a maioria da população.

A medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que taxa rendimentos de fundos exclusivos em 15% a 20%, e a proposta de tributação de investimentos de brasileiros no exterior são vistas como passos importantes para a justiça fiscal. Essas medidas, no entanto, enfrentam resistência no Congresso e em setores da mídia.

O economista Joseph Stiglitz, Nobel de Economia, defendeu a aprovação dessas medidas no Brasil, criticando a relutância dos mais ricos em contribuir justamente.

A campanha Tributar os Super-Ricos reforça a necessidade de coragem por parte da população para exigir mudanças no sistema tributário, promovendo mais igualdade: “Quem tem mais paga mais, quem tem menos paga menos, aumentando os serviços públicos”.

***

O gráfico abaixo ilustra a distribuição da riqueza entre o 1% mais rico da população em dez países selecionados no ano de 2022. No Brasil, observa-se que o 1% mais rico detém uma porcentagem marcante de 48,4% da riqueza total do país, o que coloca o Brasil no topo da lista em termos de desigualdade de riqueza. Outros países com alta concentração de riqueza incluem a Índia, com 41,0%, e a China continental, com 31,1%.

Em contraste, países como Austrália e França apresentam uma concentração de riqueza significativamente menor entre o 1% mais rico, com 21,7% e 21,2%, respectivamente. O Japão tem a menor porcentagem entre os países listados, com 18,8%.

Este contraste acentuado na concentração de riqueza destaca as disparidades econômicas e os diferentes níveis de igualdade ou desigualdade socioeconômica entre essas nações. Enquanto alguns países mantêm uma distribuição de riqueza mais equitativa, outros, como o Brasil e a Índia, enfrentam desafios significativos na redução da desigualdade.

A personagem Niara, criada pelo cartunista Aroeira, simboliza a luta pela justiça fiscal no Brasil, enfatizando a necessidade de enfrentar os privilégios dos super-ricos.

Clique aqui para baixar a íntegra do relatório.

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