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Lula é aprovado por 55% da população, segundo nova pesquisa CNT/MDA

A 160ª edição da Pesquisa CNT de Opinião revela que a visão favorável sobre a gestão do presidente Lula persiste, alcançando 43% em avaliações positivas e uma aprovação pessoal de 55%. Destacam-se, sobretudo, avanços nas áreas de economia, educação e saúde. “O presidente Lula encerra seu primeiro ano de governo com avaliação positiva e mantendo […]

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12.06.2023 - Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de Lançamento do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. Palácio do Planalto – Brasília - DF. Crédito: Ricardo Stuckert.

A 160ª edição da Pesquisa CNT de Opinião revela que a visão favorável sobre a gestão do presidente Lula persiste, alcançando 43% em avaliações positivas e uma aprovação pessoal de 55%. Destacam-se, sobretudo, avanços nas áreas de economia, educação e saúde.

“O presidente Lula encerra seu primeiro ano de governo com avaliação positiva e mantendo índices favoráveis de avaliação de sua gestão, em especial na economia, saúde, educação e benefícios aos mais pobres. O crescimento da geração de emprego e a queda da inflação projetam um cenário mais positivo para 2024. Para avançar na popularidade, contudo, o governo precisará se conectar mais com evangélicos e com o público de maior renda e escolaridade”, afirma Vander Costa, presidente da Confederação Nacional do Transporte, no relatório da pesquisa.

A pesquisa revela dados interessantes sobre a aprovação do presidente Lula, estratificando a opinião pública por diversas categorias sociais, como gênero, faixa etária, renda, nível educacional, região geográfica e religião.

Quando olhamos para a variável renda, percebemos que a aprovação do presidente Lula é inversamente proporcional ao nível de renda. Entre aqueles que ganham menos de 2 salários mínimos (SM), a aprovação é de 64%, o que representa o maior índice de satisfação entre todas as faixas de renda avaliadas. Já para os que ganham entre 2 e 5 SM, a aprovação é de 50%, e para os que ganham mais de 5 SM, a aprovação cai para 46%. Isso pode indicar que as políticas e medidas do governo possuem maior ressonância ou impacto positivo entre os cidadãos de menor renda, o que é consistente com uma gestão que talvez foque mais em programas sociais e de apoio à população de baixa renda.

Em relação à religião, o gráfico abaixo mostra uma clara discrepância entre católicos e evangélicos. A aprovação entre os católicos é de 62%, enquanto entre os evangélicos é de apenas 41%. Isso é particularmente significativo no contexto brasileiro, onde questões religiosas e o apoio das diferentes denominações podem ter um impacto substancial na política. Essa diferença pode refletir alinhamentos ideológicos históricos, questões culturais ou respostas a políticas específicas do governo que ressoam de maneira diferente entre esses grupos.

Os dados sugerem que para aumentar sua popularidade, o governo Lula precisará desenvolver estratégias que atendam às preocupações do público de maior renda e escolaridade, bem como estabelecer um diálogo mais efetivo com a comunidade evangélica. Isso pode envolver a implementação de políticas econômicas que gerem confiança entre os mais ricos e educados, além de esforços de comunicação e políticas que abordem valores e questões caras aos evangélicos.

Segundo o relatório da CNT sobre a pesquisa, o otimismo permanece firme no Brasil para os vindouros seis meses nas esferas da saúde, rendimento individual, trabalho e educação, com expectativas equilibradas quanto à segurança, espelhando o panorama do ano anterior.

Em relação à gestão anterior de Jair Bolsonaro, o governo atual apresenta melhor desempenho em economia, saúde, interações com o Congresso Nacional, assistência aos mais vulneráveis e infraestrutura, mas enfrenta críticas mais acentuadas na luta contra a corrupção e na manutenção da segurança.

O gráfico em questão compara as percepções no primeiro ano de governo dos presidentes Lula e Jair Bolsonaro, demonstrando uma mudança significativa na opinião pública ao longo de quatro anos.

Em janeiro de 2020, durante o primeiro ano do governo Bolsonaro, 40% dos respondentes percebiam melhorias no governo. No entanto, quatro anos depois, em janeiro de 2024, no primeiro ano do governo Lula, esse número subiu para 48%, representando um aumento de 8 pontos percentuais (pp) na percepção de melhorias. Esta mudança sugere que uma parcela maior da população vê progressos sob a gestão de Lula em comparação ao mesmo período do governo Bolsonaro.

A porcentagem de pessoas que acreditam que a situação continua de forma semelhante diminuiu significativamente, de 34% para 22%, uma variação negativa de 12 pp. Isso pode indicar que menos pessoas veem o governo Lula como uma continuação do governo anterior, sugerindo uma distinção mais clara na direção política ou nas políticas implementadas por Lula.

Quanto à percepção de pioras, houve um aumento de 4 pp, de 25% para 29%, entre os períodos comparados. Esse aumento pode refletir uma parcela da população que está insatisfeita ou que pode ter expectativas diferentes quanto aos resultados do governo atual.

O número de pessoas que não sabe avaliar permaneceu estável em 1%, indicando que a maioria dos cidadãos tem uma opinião formada sobre o desempenho dos governos, seja ela positiva, negativa ou neutra.

Essas tendências refletem como as percepções do governo podem mudar com o tempo e com a mudança de liderança, impactando as expectativas e as avaliações do público sobre a eficácia e as políticas governamentais.

O gráfico apresentado traz uma comparação da percepção da economia entre o primeiro ano do governo Lula e o primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, com ênfase em como essa percepção evoluiu ao longo de quatro anos.

No primeiro ano do governo Lula, 42,5% dos entrevistados já percebem melhorias na economia, o que representa um aumento de 8 pontos percentuais (pp) em relação aos 34% que percebiam melhorias no primeiro ano do governo Bolsonaro. Este aumento pode ser atribuído a várias políticas econômicas adotadas pelo governo Lula que possam ter impactado positivamente a percepção pública.

Por outro lado, a porcentagem de pessoas que acreditam que a economia continua de forma semelhante caiu drasticamente, de 38% para 24%, uma variação negativa de 14 pp. Isso pode indicar que, sob a nova administração, há uma sensação de mudança significativa nas condições econômicas do país, para melhor ou para pior.

A percepção de que a economia piorou também aumentou, de 26% para 31,6%, um aumento de 6 pp. Esse dado pode refletir desafios econômicos persistentes ou novos que surgiram e que estão afetando negativamente a visão de uma parcela da população.

O número de pessoas que não sabe avaliar a situação econômica manteve-se estável em 2%, indicando que a maioria dos cidadãos tem uma opinião formada sobre o estado da economia sob o governo Lula.

Em suma, o gráfico indica que houve um aumento na percepção positiva da economia, apesar de também haver um aumento na percepção negativa. Isto sugere um cenário econômico dividido, no qual uma parte da população sente os benefícios de mudanças econômicas, enquanto outra parte sente o oposto. Essas percepções divididas podem ser influenciadas por políticas específicas, mudanças no mercado global, ou até mesmo por divisões ideológicas na sociedade brasileira.

No campo econômico, a população prioriza a criação de empregos e a estabilização da inflação, notando-se uma tendência de melhoria na disponibilidade de empregos.

Quanto aos tributos, prevalece a crença de que haverá um incremento após a reforma tributária de 2023.

No que tange às eleições municipais do ano corrente, aproximadamente um quarto dos eleitores define sua escolha nos derradeiros momentos. Candidatos que contam com o apoio de Lula desfrutam de maior predileção em comparação aos que são apoiados pelo ex-presidente Bolsonaro, sendo os eleitores de direita mais prevalentes que os de esquerda, 28% contra 17%, respectivamente.

No setor tecnológico, o intervalo de 2019 a 2024 registrou um aumento de 21% no uso de smartphones, um crescimento de 53% em compras online e um expressivo avanço de 101% no uso de apps bancários. Em contraste, as chamadas telefônicas por linhas convencionais decaíram 49% no mesmo período.

O gráfico acima fornece uma visão comparativa da percepção da segurança pública no primeiro ano dos governos Lula e Bolsonaro, mostrando mudanças significativas na opinião pública.

No primeiro ano do governo Lula, 29,1% dos entrevistados percebem melhorias na segurança pública, um decréscimo de 10 pontos percentuais (pp) em relação aos 39% que percebiam melhorias no primeiro ano do governo Bolsonaro. Este dado pode sugerir que as ações atuais na área de segurança pública não estão sendo percebidas como efetivas quanto eram no início do governo anterior ou que as expectativas estabelecidas não estão sendo cumpridas.

A porcentagem de pessoas que acreditam que a situação da segurança pública continua de forma semelhante diminuiu de 42% para 37,7%, uma variação negativa de 4 pp. Isso indica que menos pessoas veem a segurança pública como estável, podendo refletir uma sensação de mudança, seja para melhor ou pior.

Houve um aumento notável, de 18% para 31,3%, na percepção de piora na segurança pública, um aumento de 13 pp. Esse é um indicativo preocupante, pois sugere que um número crescente de cidadãos está insatisfeito com as condições de segurança no país, percebendo-as como deterioradas.

Por fim, um ligeiro aumento na porcentagem de pessoas que não sabem avaliar a situação de segurança pública pode refletir uma incerteza ou falta de informação suficiente para formar uma opinião concreta.

Estes números indicam desafios significativos para o governo Lula na área de segurança pública, especialmente em relação à percepção de eficácia de suas políticas e medidas nesse setor. É evidente que há um clamor por melhorias que ainda não foram percebidas ou sentidas pela população.

O gráfico acima compara a percepção da saúde pública no primeiro ano dos governos Lula e Bolsonaro, fornecendo insights sobre como as atitudes em relação a essa questão central evoluíram ao longo do tempo.

No primeiro ano do governo Lula, 35,4% dos entrevistados percebem melhorias na saúde, um aumento de 17 pontos percentuais (pp) em relação aos 18% que percebiam melhorias no primeiro ano do governo Bolsonaro. Esse aumento substancial pode refletir uma resposta positiva às políticas de saúde implementadas pelo governo Lula, ou uma mudança na percepção pública devido à comparação com a gestão anterior.

A porcentagem de pessoas que acreditam que a situação da saúde continua de forma semelhante diminuiu de 54% para 41,9%, uma variação negativa de 12 pp. Este dado pode indicar que há menos cidadãos que veem a situação da saúde estagnada, o que pode ser interpretado como um reflexo das políticas ativas do governo atual que buscam mudar o status quo do setor.

Interessante notar é a diminuição na percepção de piora na saúde, caindo de 27% para 21,8%, uma redução de 5 pp. Embora ainda significativa, a diminuição pode sugerir que menos pessoas veem o sistema de saúde em declínio sob a nova administração.

O número de pessoas que não sabe avaliar permaneceu praticamente estável, com uma variação inexpressiva de 0,9% para 1%. Isso sugere que a maioria das pessoas tem uma opinião definida sobre as mudanças na saúde pública sob a nova gestão.

O gráfico indica, portanto, uma melhoria na percepção da saúde pública com a transição governamental, apesar de ainda existir um grupo considerável que vê a situação como pior ou inalterada. Essas informações são cruciais para entender os desafios que o governo Lula enfrenta no setor e as expectativas da população com relação à saúde pública.

O gráfico fornece uma visão comparativa da percepção de benefícios para os mais pobres no primeiro ano do governo Lula em comparação com o primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, oferecendo uma clara indicação da resposta das políticas públicas voltadas para a população economicamente mais vulnerável.

No primeiro ano do governo Lula, a percepção de melhorias nos benefícios para os mais pobres é substancialmente alta, com 52,2% dos entrevistados reconhecendo avanços. Esta é uma variação positiva de 33 pontos percentuais (pp) em relação aos 19% que percebiam melhorias no primeiro ano do governo Bolsonaro. Esse aumento significativo pode ser atribuído a uma série de políticas sociais e econômicas que podem ter sido implementadas ou reforçadas pelo governo Lula, que tem uma longa associação com programas de redução da pobreza.

A porcentagem de pessoas que acreditam que a situação continua de forma semelhante caiu de 41% para 23,8%, uma variação negativa de 17 pp. Essa mudança indica que menos cidadãos veem a condição dos mais pobres como estagnada, sugerindo que as ações do governo estão sendo notadas.

A percepção de piora também diminuiu consideravelmente, passando de 38% para 21,7%, uma redução de 16 pp. Este dado é encorajador e pode refletir uma aprovação das políticas de assistência social que estão possivelmente atenuando as condições adversas enfrentadas pelos mais pobres.

O número de pessoas que não sabe avaliar manteve-se estável em 2%, o que sugere que a maioria das pessoas tem uma opinião formada sobre os efeitos das políticas do governo para os mais pobres.

Em resumo, o gráfico indica uma percepção muito positiva das políticas do governo Lula voltadas para os mais pobres, contrastando fortemente com a percepção do governo Bolsonaro. Este feedback positivo é essencial para o governo atual, reforçando a importância das políticas sociais como parte de sua agenda.

O gráfico apresenta a percepção dos brasileiros após o primeiro ano do governo Lula, estratificado por diferentes categorias demográficas e sociais. A análise dos dados revela nuances interessantes sobre o sentimento da população em relação ao estado do país sob a nova administração.

De forma geral, há uma divisão na percepção de melhoria entre as faixas etárias mais velhas e as mais jovens. Os mais jovens, na faixa dos 16 a 24 anos e 25 a 34 anos, estão menos inclinados a perceber melhorias, com cerca de 38% nessa percepção, enquanto as faixas de 45 a 59 anos e 60 anos ou mais apresentam um percentual maior, com 49% e 50% respectivamente. Isso pode sugerir que as políticas do governo Lula tenham tido um impacto mais positivo percebido entre a população mais velha ou que esses grupos tenham diferentes expectativas e experiências que influenciam suas percepções.

Em termos de renda, as pessoas com renda inferior a 2 salários mínimos percebem mais melhorias (52%) em comparação com as outras faixas de renda. Isso é coerente com uma administração que pode estar focando em políticas sociais que beneficiam diretamente os estratos de renda mais baixa.

O nível de educação mostra um contraste marcante, com indivíduos com ensino fundamental reportando uma percepção de melhoria muito mais alta (59%) em comparação com aqueles com educação de nível médio e superior. Isso pode refletir a eficácia das políticas de educação ou outras políticas sociais que afetam de maneira mais significativa aqueles com menor nível de educação formal.

Geograficamente, a região Nordeste se destaca com uma percepção de melhoria significativamente mais alta (64%) em comparação com as outras regiões. Isso pode ser atribuído a políticas federais direcionadas ou a um alinhamento político e cultural mais forte com o governo Lula nessa região.

Quando se olha para a religião, os católicos têm uma percepção de melhoria de 50%, muito mais alta que a dos evangélicos, que é de 31%. Este dado sugere que as políticas do governo ou as questões de alinhamento ideológico possam estar ressoando de maneira diferente entre esses grupos religiosos.

A análise destes dados reflete o desafio contínuo do governo Lula em atender às expectativas de diversos grupos sociais e em comunicar efetivamente as melhorias alcançadas. Também destaca áreas onde o governo pode precisar focar seus esforços para aumentar a percepção positiva de sua gestão.

Clique no link para baixar a íntegra da pesquisa.

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zulu

23/01/2024 - 18h56

A desaprovaçàoa subiu mais 1%.


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