Menu

Mercado acredita na reeleicão de Lula em 2026

A pesquisa Quaest divulgada hoje, com 101 entrevistas realizadas com representantes de fundos de investimento sediados no Rio e São Paulo, traz algumas excelentes notícias para o governo Lula. A mais importante delas: uma maioria de 53% dos entrevistados acredita na vitória de Lula em 2026, caso ele decida disputar a reeleição. Importante ressaltar que […]

2 comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News
Lula, Alckmin e Haddad. Crédito: Ricardo Stuckert.

A pesquisa Quaest divulgada hoje, com 101 entrevistas realizadas com representantes de fundos de investimento sediados no Rio e São Paulo, traz algumas excelentes notícias para o governo Lula.

A mais importante delas: uma maioria de 53% dos entrevistados acredita na vitória de Lula em 2026, caso ele decida disputar a reeleição.

Importante ressaltar que esse é um público fortemente conservador: as autoridades preferidas dos entrevistados, segundo a mesma pesquisa, são o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Outra boa notícia, para Lula, por razões óbvias, é a lua de mel ainda em curso entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o mercado. Para 50% dos entrevistados pela Quaest, o trabalho de Haddad tem sido positivo. Houve uma melhora de 7 pontos em relação à pesquisa anterior, feita em novembro.

O humor dos representantes do mercado também melhorou nos últimos meses. Segundo a pesquisa, o percentual de pessimistas (que achavam que a economia iria piorar), que tinha chegado a 55% em novembro, baixou para 32%; outros 47% dizem que a economia deve “ficar do mesmo jeito” e 21%, que devem melhorar. Como os índices econômicos estão razoáveis, os que acham que deve ficar do mesmo jeito estão sendo otimistas, portanto.

A expectativa para o PIB de 2024 também traz números interessantes para o Brasil. Um terço dos entrevistados acredita que a economia deve crescer este ano acima do esperado pelo mercado, enquanto 58% ainda crêem que o crescimento do PIB deve ficar em linha com a atual expectativa, que é de 1,78%.

Apenas 10% dos entrevistados estão pessimistas e acreditam que o PIB deve crescer abaixo do esperado pelo mercado.

Uma das melhores notícias trazidas pela pesquisa, contudo, é sobre o controle da inflação, um índice absolutamente determinante para a estabilidade da economia e para a aprovação do governo.

Para 46% dos entrevistados, a inflação em 2024 deve cair em relação a 2023, e outros 36% acham que deve se manter semelhante. Apenas 19% acreditam que ela deve aumentar.

Apenas como curiosidade, deixo aqui também um painel com a opinião do mercado sobre qual candidato americano seria melhor para a economia brasileira. Segundo a Quaest, uma forte maioria de 60% dos entrevistados preferem Joe Biden, atual presidente dos EUA, a Donald Trump. Este também é um dado positivo para o governo Lula, cujos representantes se identificam mais com o Partido Democrata do que com o Republicano, embora o presidente Lula e a diplomacia brasileira tenham plena capacidade e talento para se relacionar bem com ambos os partidos. Por outro lado, Jair Bolsonaro e seu grupo tem uma relação de quase fanatismo com Trump, e se o mercado prefere Biden, isso mostra uma divergência de opinião entre mercado e Bolsonaro que beneficia, ainda que indiretamente, o presidente Lula.

Apoie o Cafezinho

Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

Mais matérias deste colunista
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

Tiago Silva

23/03/2024 - 00h01

Reescrevo aqui a mensagem que coloquei em outra notícia, mas que há similitude com esta notícia, pois não é satisfazendo o “Mercado” que Lula ganhará algo… aliás, nem o próprio Mercado, posto só pensa na margem de lucro e menos tributos, inclusive em detrimento dos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais que vão minguando… E que só incentivam os endividamento com seus juros absurdos.

Assim, segue comentário para notícia análoga:

Infelizmente, ainda há equívocos nessas análises. Reitero que não se perdeu segmento que nunca tinha sido conquistado e por isso o índice de ótimo/bom entre evangélicos altera-se pouco. O que ocorre é que parte destes evangélicos que achavam o governo regular estão sendo objeto de politização através da “guerra cultural”, principalmente via Micheque (buscando ser alternativa eleitoral frente a impossibilidade do marido em concorrer às próximas eleições) e Pastores (buscam mais mamadas públicas que não interessam aos eleitores evangélicos, mas interessam muito aos pastores e ainda decepciona o eleitorado de esquerda ou de classe média que acha que estaria sendo excluída das benesses governamentais).

A Direita está em processo de politização de seus eleitores, enquanto a esquerda tem parcela pequena de seus eleitores politizada ou ideologizada e com o envolvimento com o Centrão/Direitão perde-se mais oportunidade de ocorrer essa politização. E após esse processo de politização do eleitorado de direita… não adianta fazer mais nada, pois aí depois que viram bozominions, a percepção desse público sempre vai estar turva via ideologização.

Nesse recorte de apenas evangélicos também é falho, pois deveriam cruzar os seguintes dados evangélicos x segmento de renda (o que poderia especificar qual parte desses evangélicos está sendo mais politizado… E que intuo que seja do segmento de 2 a 5 SM e 5 a 10 SM, posto que se acham “empresários” – para verem como é ainda muito nocivo não tributarem Lucros e Dividendos, assim como manterem as faixas do Simples Nacional tão extensas, em detrimento do que ocorre no resto do mundo). [Sugestão simples: era pra ter aumentado a faixa de isenção do IRPF para o trabalhador que ganha até R$ 5.000,00 e para o MEI que ganha até R$ 5.000,00, para de outro lado começar a tributar mais os lucros e dividendos (inclusive do Simples Nacional) para receitas acima de 10 SM e aí esse pessoal se achar incluído nas preocupações do Governo].

Além disso, Ricardo Kotcho levanta questão interessante: o governo nesse terceiro mandato apenas tenta fazer o que fez em mandatos passados (inclusive mesmos erros como aumentar o endividamento da população via FIES ou Minha Casa e Minha Vida que entra na lógica da dívida e também viram presas fáceis da ideologisação do “eu-empresa/empresário”), sem o governo apresentar nada de projeto novo ou marca nova de governo. [Sugestão: Deveriam fazer Reformas da Tributação da Renda, Patrimônio e Herança contra os Super-Ricos, além de um programa habitacional para que os cidadãos fugissem do aluguel ou pagamento de financiamentos a bancos/governos, que fosse no sentido de buscar uma reorganização dos centros urbanos para que promovessem “Bairros Sociais” e que não tivessem apenas casas, mas também toda uma infraestrutura estatal nesses bairros como escolas, núcleos de de universidades, hospitais universitários, área para comércio, etc].

Ou seja, se apenas focarem em dados rasos e poucas ações… continuarão perdendo eleitores para a ideologização promovida pela “guerra cultural” que continua intensa mesmo após as eleições.

Mandrake

20/03/2024 - 10h59

E as passagens aereas de 200 R$ caindo do ceu…ja temos ? kkkkkkkkkkkkkk


Leia mais

Recentes

Recentes