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Pacheco pode integrar ministério de Lula em 2025 após deixar Senado

Integrantes do governo Lula (PT) e aliados de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) iniciaram conversas sobre a possibilidade de o parlamentar assumir um ministério após deixar a presidência do Senado em fevereiro de 2025. A ida de Pacheco para a Esplanada dos Ministérios seria uma forma de manter o parlamentar em evidência após sua passagem pelo comando […]

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O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Crédito: Ricardo Stuckert.

Integrantes do governo Lula (PT) e aliados de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) iniciaram conversas sobre a possibilidade de o parlamentar assumir um ministério após deixar a presidência do Senado em fevereiro de 2025.

A ida de Pacheco para a Esplanada dos Ministérios seria uma forma de manter o parlamentar em evidência após sua passagem pelo comando do Congresso e reforçar os laços do Palácio do Planalto com um grupo que tem boas chances de permanecer no comando da Casa. Além disso, poderia fortalecer uma possível candidatura de Pacheco ao Governo de Minas Gerais em 2026, com o apoio de Lula.

A ideia foi apresentada a Lula por um senador em abril, e semanas depois, o presidente mencionou indiretamente a possibilidade em uma conversa com Pacheco no Palácio da Alvorada. Três fontes confirmaram o conhecimento dessas conversas. Apesar disso, auxiliares de Lula afirmam que as discussões ainda são preliminares e não há um acordo firmado.

Pacheco, por sua vez, nega que a discussão tenha sido levada a ele. “Não há cogitação da minha parte. Meu compromisso é com o mandato no Senado para trabalhar pelo meu estado e por temas nacionais”, declarou.

O senador apoiará a eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para o comando do Senado em 1º de fevereiro, encerrando seu ciclo de quatro anos como presidente da Casa. Aliados defendem sua ida para o governo para evitar um esvaziamento natural de poder dos chefes do Legislativo ao fim de seus mandatos, tradicionalmente descrito pelos políticos como um “retorno à planície”.

A lealdade de Pacheco foi questionada por auxiliares de Lula devido ao patrocínio do parlamentar à PEC do Quinquênio, que daria benefícios a diversas carreiras e teria um impacto de R$ 42 bilhões no Orçamento. O senador também gerou receio entre petistas ao comandar a votação de medidas que contrariam o STF, sob pressão de parlamentares de direita.

Apesar das ressalvas, Lula sinalizou que cogita uma aliança com Pacheco caso ele decida disputar o Governo de Minas Gerais. Aliados afirmam que Pacheco apenas sorriu quando Lula mencionou a possível candidatura.

Mesmo que Pacheco não decida sobre uma eventual candidatura ao governo, auxiliares de Lula veem sua entrada na Esplanada como importante para manter pontes com o Senado e com o grupo político de Pacheco e Alcolumbre.

Ainda não há discussões aprofundadas sobre os cargos que poderiam abrigar Pacheco. O Ministério da Justiça é o mais citado, não apenas pela formação de Pacheco como advogado criminalista, mas também porque ele já manifestou desejo pela função no passado. Em 2017, ele buscou apoio para assumir o Ministério da Justiça do governo Michel Temer (MDB), mas o cargo foi ocupado por Osmar Serraglio (PR).

Em um cenário de reforma ministerial mais restrita, Lula poderia oferecer a Pacheco uma das três pastas atualmente ocupadas pelo PSD: Agricultura, Pesca ou Minas e Energia.

O grupo político de Pacheco também sinalizou interesse pela indicação para uma vaga no STF caso algum ministro decida antecipar sua aposentadoria ainda neste mandato de Lula. No entanto, auxiliares do petista afirmam que, atualmente, esse cenário não está no radar.

A possibilidade de nomeação de Arthur Lira (PP-AL) para um cargo no primeiro escalão do governo, após deixar a presidência da Câmara, também foi considerada para reforçar o vínculo com os partidos do centrão e aproveitar sua influência no plenário. Contudo, a relação de Lira com o governo é permeada por desconfiança, e a hipótese não avançou.

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