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Documentário “Açu dos Desgostos” expõe violações socioambientais e levanta debate sobre desenvolvimento na véspera da COP30

Produção do Observatório Socioambiental Terrapuri escancara impactos do Complexo Portuário do Açu e se conecta aos temas centrais da próxima conferência climática da ONU, que acontecerá em Belém (PA), em novembro de 2025  Enquanto o Brasil se prepara para sediar a COP30, em Belém do Pará, em novembro de 2025, o documentário “Açu dos Desgostos” […]

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Produção do Observatório Socioambiental Terrapuri escancara impactos do Complexo Portuário do Açu e se conecta aos temas centrais da próxima conferência climática da ONU, que acontecerá em Belém (PA), em novembro de 2025 

Enquanto o Brasil se prepara para sediar a COP30, em Belém do Pará, em novembro de 2025, o documentário “Açu dos Desgostos” traz à tona um retrato contundente das contradições do modelo de desenvolvimento adotado em diversas regiões do país.

Produzido pelo Observatório Socioambiental Terrapuri, o filme denuncia os graves impactos causados pela instalação e expansão do Complexo Portuário do Açu, no norte do estado do Rio de Janeiro, sobre comunidades tradicionais e ecossistemas costeiros.

O documentário mostra que, em nome do progresso e da industrialização, famílias foram removidas, modos de vida tradicionais foram desestruturados e áreas de preservação ambiental comprometidas.

A região, que abriga comunidades pesqueiras e populações que vivem da terra e do mar há gerações, hoje enfrenta violações de direitos humanos, racismo ambiental e degradação dos recursos naturais.

Os temas abordados no filme dialogam diretamente com os debates que ganharão destaque na COP30. A conferência internacional da ONU discutirá, entre outros pontos, a necessidade de uma transição energética justa, o fim da dependência de combustíveis fósseis e o fortalecimento da justiça climática, especialmente para povos tradicionais e comunidades vulneráveis — os mesmos que, segundo o documentário, vêm sendo silenciados em nome de projetos como o do Açu.

Além de revelar o avanço do que especialistas chamam de “colonialismo verde”, o documentário também reforça a importância de processos democráticos e participativos na tomada de decisões que impactam diretamente o meio ambiente e os direitos humanos.

“A ausência de consulta prévia às comunidades afetadas pelo empreendimento viola convenções internacionais, como a Convenção 169 da OIT, frequentemente discutida em eventos como a COP”, lembra Thiers Wilberger, biólogo especializado em botânica e paleobotânica e um dos idealizadores do observatório Terrapuri.

Com o Brasil no centro das atenções globais na luta contra a crise climática, obras como “Açu dos Desgostos” tornam-se ainda mais urgentes. Elas evidenciam que não basta falar em sustentabilidade – é preciso garantir que as soluções climáticas respeitem os territórios, os saberes locais e os direitos das populações tradicionais.

Foto: Divulgação

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