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O puxadinho fiscal que virou dor de cabeça

O governo recuou após anunciar aumento do IOF, e analistas apontam falhas na condução econômica e desgaste político com oposição e mercado Horas após anunciar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações em fundos nacionais no exterior, o governo federal voltou atrás na decisão. Economistas avaliam que o episódio expõe fragilidade nas […]

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IOF: 'puxadinho', 'sinal de fraqueza' e 'prato cheio' para oposição, dizem analistas sobre recuo do governo Horas após anúncio, governo desistiu de elevar imposto nas aplicações de fundos nacionais no exterior. Para economistas, episódio reflete governo que tem medidas econômicas frágeis.
Agência Brasil

O governo recuou após anunciar aumento do IOF, e analistas apontam falhas na condução econômica e desgaste político com oposição e mercado


Horas após anunciar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações em fundos nacionais no exterior, o governo federal voltou atrás na decisão. Economistas avaliam que o episódio expõe fragilidade nas medidas econômicas e pode ser explorado pela oposição.

“A quinta-feira ainda não acabou”

A expressão, repetida por diversos economistas, sintetiza a instabilidade gerada pelo anúncio e posterior recuo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, justificou a mudança nesta sexta-feira (23), afirmando que o governo está aberto a “corrigir a rota” após alertas do mercado financeiro. A medida, segundo ele, poderia transmitir uma mensagem equivocada.

Contudo, apurou-se que o Banco Central não participou das discussões e que há resistência interna à alteração do IOF para investimentos no exterior. Fontes da Esplanada admitem que o desgaste político será inevitável.

André Perfeito, economista, classificou a medida como um “puxadinho”. “A correção horas depois passa uma imagem de falta de credibilidade”, afirmou. Já Carla Beni avaliou que o recuo transmite “coisas muito ruins”.

“A leitura é que o governo aumentou imposto e depois não segurou a pressão. Sob a ótica da comunicação é péssimo, demonstra fraqueza e suscetibilidade a pressões”, disse Carla.

Ambos destacam que a instabilidade pode ser usada pela oposição. “É um prato cheio para a oposição, economia e política num caso desse são indissociáveis”, afirmou Perfeito. Carla Beni foi ainda mais crítica: “O recuo foi inenarrável, quando eu vi o recuo depois do anúncio… Isso descredibiliza tudo”.

O episódio reforça a percepção de um governo que, ao tentar ajustes fiscais, enfrenta dificuldades em sustentar suas decisões diante de pressões do mercado e da política.

Com informações do Blog da Camila Bomfim*

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