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ONU recomenda ao Brasil ensino sem farda após pedido do Psol

Comitê da ONU pede fim da presença militar nas escolas, após denúncias de abusos, desaparecimentos e práticas discriminatórias nas periferias O Comitê de Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu uma recomendação formal ao Brasil solicitando a proibição da militarização de escolas públicas no país. A medida atende a um pedido apresentado […]

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Governo Tarcísio defende adesão voluntária ao modelo militar, mas parlamentares do PSOL alegam violação dos princípios democráticos da educação.
ONU pede fim às escolas cívico-militares no Brasil após denúncia do PSOL / Reprodução

Comitê da ONU pede fim da presença militar nas escolas, após denúncias de abusos, desaparecimentos e práticas discriminatórias nas periferias


O Comitê de Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu uma recomendação formal ao Brasil solicitando a proibição da militarização de escolas públicas no país. A medida atende a um pedido apresentado por parlamentares do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que questionam o modelo adotado pelo governo de São Paulo sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Leia também: ONU condena e pede fim das escolas cívico-militares graças ao PSol

No documento, o órgão internacional manifestou “profunda preocupação” com relatos sobre violência institucional contra crianças e adolescentes no Brasil, destacando também a existência de discriminação racial estrutural. Além disso, foram mencionados casos de mortes e desaparecimentos de menores durante operações policiais, com recomendação para que o Estado brasileiro tome medidas efetivas contra o racismo e a letalidade policial.

A iniciativa foi encabeçada pelos parlamentares Luciene Cavalcante (deputada federal), Carlos Giannazi e Celso Giannazi (deputado estadual e vereador, respectivamente), todos filiados ao PSOL. Os representantes argumentam que o programa de escolas cívico-militares fere diretrizes educacionais fundamentais e pode intensificar práticas discriminatórias contra estudantes de comunidades periféricas.

Diante da recomendação, o governo de São Paulo reafirmou seu apoio ao modelo, afirmando que a implementação ocorreu de forma voluntária e com ampla participação da comunidade escolar:

“O processo respeitou a autonomia das unidades e o protagonismo da comunidade escolar, sendo implementado apenas onde houve aprovação majoritária.”

O programa foi implantado em 100 escolas paulistas após três etapas de seleção:

  1. Manifestação de interesse: 302 diretores se candidataram inicialmente;
  2. Consultas públicas: pais, funcionários e alunos maiores de 16 anos votaram, resultando na adesão de 132 unidades;
  3. Seleção final: O governo definiu as 100 escolas que passariam a funcionar sob o regime cívico-militar.

Defensores do modelo afirmam que ele contribui para a formação de valores como civismo, disciplina e respeito à ordem, integrando-se à proposta pedagógica das instituições. No entanto, críticos apontam que a presença de militares nas escolas tende a criminalizar os jovens mais vulneráveis e reforça desigualdades históricas.

Embora a recomendação da ONU não seja obrigatória, sua posição reforça a pressão externa sobre políticas públicas nacionais relacionadas à educação e aos direitos humanos. O tema deve continuar gerando debates entre governos estaduais, o Executivo federal e organizações da sociedade civil nos próximos meses.

Com informações de Metrópoles*

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Rhyan de Meira

Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira

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Eliane

12/06/2025 - 15h04

Tudo o que é bom para o Brasil e para a educação a extrema esquerda e a ONU, são contra. Por isso que ambos estão com moral zero. Espero que ambos deixem de existir em breve, no mundo todo. Só decadeência.


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