A bolsa de valores brasileira encerrou a quinta-feira (30) em novo recorde nominal, acompanhando o movimento de otimismo observado nos últimos pregões. O Ibovespa fechou aos 148.780 pontos, alta de 0,1% no dia e avanço acumulado de 3,23% em sete sessões consecutivas de ganhos.
O desempenho refletiu a reação do mercado aos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que registrou 213 mil vagas formais abertas em setembro, resultado acima das expectativas do mercado financeiro. Os números foram interpretados como sinal de continuidade da recuperação gradual do mercado de trabalho e manutenção do ritmo de atividade econômica.
Dólar volta a subir após três quedas
O dólar comercial interrompeu sequência de três baixas e fechou com alta de 0,42%, cotado a R$ 5,38. No acumulado de outubro, a moeda sobe 1,09%, porém ainda registra queda de 12,95% no ano.
A valorização ocorreu após declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Após o corte de 0,25 ponto percentual nos juros norte-americanos, Powell afirmou que ainda não há definição sobre novo ajuste em dezembro, o que aumentou a procura global por ativos considerados mais seguros.
Reunião entre Trump e Xi e acordo sobre terras raras repercutem
A agenda internacional também influenciou o sentimento dos investidores. O encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, resultou no anúncio de entendimento estratégico sobre terras raras, insumos essenciais para tecnologias industriais e militares. O sinal de cooperação reduz parte da tensão comercial entre as duas economias.
Expectativa sobre a política monetária brasileira
Apesar do ambiente positivo, parte dos analistas avalia que o ritmo de geração de empregos pode levar o Banco Central a adiar o início do ciclo de cortes da taxa Selic. A manutenção de juros elevados tende a limitar a migração de capital para renda variável.
Mesmo com essa possibilidade, a leitura predominante no mercado é de que a combinação entre dados econômicos consistentes e compromisso com o equilíbrio fiscal sustenta o fluxo de capital para ativos domésticos e mantém o Brasil em posição favorável entre economias emergentes.


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