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Edinho Silva, do PT-SP, assume a Secom

  No blog do Planalto “Sexta-feira, 27 de março de 2015 às 13:09 Edinho Silva será o novo ministro da Secom O ex-deputado Edinho Silva foi convidado, nesta sexta-feira (27), pela presidenta Dilma Rousseff para assumir cargo de ministro da secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), segundo nota divulgada pela Secretaria de Imprensa […]

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No blog do Planalto

“Sexta-feira, 27 de março de 2015 às 13:09

Edinho Silva será o novo ministro da Secom

O ex-deputado Edinho Silva foi convidado, nesta sexta-feira (27), pela presidenta Dilma Rousseff para assumir cargo de ministro da secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), segundo nota divulgada pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República.

A posse de Edinho Silva será no 31 de março, às 11h.”

*

A notícia pode ser boa.

Primeiro porque foi rápido. O governo está precisando desesperadamente disso: sentido de urgência.

Segundo porque é um quadro político, não um ex-jornalista da grande mídia, não mais um almofadinha cujo maior mérito é ser amiguinho dos repórteres.

Terceiro porque se existe alguma coisa boa acontecendo dentro do PT (e não são muitas), é o aumento da consciência sobre a importância da comunicação para a democracia e para a luta política popular.

Dilma venceu as eleições. Tem que governar e dar as diretrizes. O povo votou nela e não em Aécio Neves, porque supôs que a presidenta fosse fazer as mudanças prometidas na campanha, inclusive e sobretudo no campo da política e da comunicação, o que, infelizmente, ainda não aconteceu.

Depois das eleições, a presidenta parece ter ficado ainda mais casmurra, transformando o palácio de governo onde mora numa espécie de “aparelho”, no qual permanecia escondida do mundo.

Deu no que deu. A aprovação despencou. O governo ficou nas cordas, de onde não saiu até hoje.

Nenhum governo resiste muito tempo sem uma liderança firme, presente, atuante, amparada por um sistema de comunicação competente, arrojado e criativo.

Se Dilma tem dificuldades para se expor na mídia, embora tenha melhorado bastante nos últimos dias, a importância de um porta-voz e de um ministro com peso político na Secretaria de Comunicação Social da Presidência ganha prioridade no governo.

A comunicação oficial ainda é um desastre: conservadora, retrógrada, tímida, ineficaz, sem criatividade, incompetente.

Um quadro político na Secom saberá enfrentar as armadilhas trazidas por uma imprensa que vê a Secom apenas de duas maneiras:

1) fonte de receita para suas empresas;

2) perigo à sua hegemonia no mercado de opinião, em vista do poder da Secom de mudar o sistema de distribuição de verbas e empoderar setores de mídia até então marginalizados.

Os desafios de Edinho Silva são enormes.

Ele até terá o direito de cometer alguns erros, que são humanos.

Mas entre esses erros, há um que dificilmente será perdoado: a covardia.

A mídia brasileira tem de ser enfrentada, porque ela já ameaça, com sua campanha diária de ódio e mentiras, a própria democracia.

Temos um exemplo hoje. Mais um diretório do PT, em São Paulo, foi alvo de ataques. Dessa vez, uma bomba caseira.

Os fascistas estão se tornando cada vez mais desenvoltos, amparados por uma imprensa sensacionalista e engajada profundamente na disputa político-partidária.

Movimentos sociais vem se mobilizando para enfrentar as ameaças crescentes à nossa democracia, inclusive vindo de fora, na forma de ataques especulativos à Petrobrás.

Seria ótimo que o governo eleito também se engajasse nessa luta. Uma Secom mais ousada, mais participativa, mais forte, daria ânimo a um enorme contingente de pessoas que, desde o início do novo governo Dilma, espera ansiosamente por uma agenda positiva (que não vem).

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Luís CPPrudente

31/03/2015 - 11h05

Espero que o novo ministro tenha coragem e corte as verbas publicitárias que são gastas ainda hoje nas organizações mafiosas da famiglia Marinho.

Jadson Oliveira

31/03/2015 - 01h47

Caros companheiros Fernando Brito e Miguel do Rosário: A propósito do nosso novo ministro da Comunicação da Presidência, abordo uma declaração dele e faço minhas considerações sobre o tema, em artigo de meu blog que divulgo aqui, abraços, Jadson

COMPANHEIROS BLOGUEIROS PROGRESSISTAS: SERIA O GOVERNO BRASILEIRO UM CASO PERDIDO?

Enquanto nosso governo cambaleia num espetáculo deprimente de submissão aos monopólios da mídia hegemônica, eu estou aqui assistindo – e morrendo de inveja – o presidente equatoriano, Rafael Correa, estraçalhar ao vivo, na tela da TV, as mentiras e manipulações da imprensa anti-nacional e anti-popular.

Por Jadson Oliveira (jornalista/blogueiro) – editor do blog Evidentemente – publicado em 31/03/2015

De Guaiaquil (Equador) – Fico daqui vendo o governo do presidente Rafael Correa, devidamente municiado, travando um combate frontal contra a mídia hegemônica, enquanto acompanho de longe, num misto de assombro e incredulidade, o governo do PT/Dilma/Lula, devidamente desarmado, ser massacrado diariamente pela Rede Globo e seus parceiros de monopólio.

Leio, por exemplo, a declaração do novo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência (sua posse está prevista para hoje, dia 31), o ex-deputado petista Edinho Silva, cujo anúncio foi recebido com desconfianças pela ditadura midiática e com certa esperança pelos combativos companheiros da blogosfera progressista (ou “suja”).

“A presidente Dilma foi direta. Pediu que eu estabeleça o diálogo com os veículos (de comunicação). A prioridade é estabelecer o diálogo com os veículos para que a informação chegue à sociedade”, disse ele, conforme li na nossa blogosfera.

Mas que diálogo, meu irmão? Um interlocutor só te leva a sério quando você se apresenta para o diálogo mostrando que você também tem força. Não é o caso. Na guerra da informação (ou desinformação), a moderna guerra chamada de quarta geração, o governo brasileiro vive permanentemente grogue, acuado, numa palavra DESARMADO, diante de um inimigo poderoso.

“Diálogo com os veículos para que a informação chegue à sociedade!?” Não creio que seja ingenuidade. Para mim, soa como confissão de fraqueza. A informação (ou desinformação) vai chegar à sociedade como sempre chegou, porque ela depende da intermediação do inimigo e o inimigo é parte, tem lado nesta contenda, tem A SUA VERSÃO, A SUA VERDADE.

Os exemplos estão aqui pertinho na nossa Pátria Grande

Não sei até quando os assessores e dirigentes governamentais vão insistir neste faz de conta. Repito, não posso crer que seja ingenuidade. Para mim, soa como confissão de fraqueza. Os exemplos exitosos de construção duma mídia contra-hegemônica estão pertinho, aqui mesmo na nossa Pátria Grande. Aqui mesmo no Equador e também na Argentina, na Venezuela e na Bolívia.

Aliás, há poucos dias li um bom artigo na nossa Carta Maior, mostrando a diferença que faz um presidente que tem veículo para falar e fala diretamente com a população. Referia-se à eficácia do presidente estadunidense Roosevelt, com seu programa de rádio ‘Conversa ao Pé da Lareira’, na década de 30 do século passado. O articulista só não precisava ir tão longe no tempo e na geografia para buscar um exemplo.

Aliás (outra vez), nossos companheiros blogueiros progressistas (ou “sujos”) – nossos abnegados guerrilheiros que se batem contra o poderoso exército regular dos monopólios – também não parecem muito convencidos da necessidade (imprescindível, na minha opinião) de contarmos com uma potente rede de meios de comunicação, comprometida com uma política democrática, nacional, popular e de esquerda. Mesmo agora no tempo da Internet e redes sociais, que devem ser incluídas nesta “potente rede”.

Os blogueiros progressistas falam muito da ditadura midiática, do terrorismo midiático, da corrupção (sonegação) disseminada entre os meios hegemônicos, da inexistência duma política de comunicação do governo, do financiamento dos monopólios através da verba de publicidade, da falta de coragem da Dilma para peitar os senhores do “pensamento único”, etc, etc.

Mas o ponto específico – construir uma mídia contra-hegemônica – dificilmente é lembrado com todas as letras. Beto Almeida, da TV Comunitária de Brasília e conselheiro da Telesur, é quem volta e meia está batendo nesta tecla.

Outro dia o professor Laurindo Lalo Leal Filho, que é estudioso do tema, reconheceu que a regulamentação econômica da mídia não é suficiente na disputa pela hegemonia na cabeça e na mente dos brasileiros. É necessário também a construção duma mídia que eu chamo sempre contra-hegemônica.

Presumo que ele declarou neste sentido porque foi perguntado por Darío Pignotti, jornalista argentino que escreve para Carta Maior e Página/12. Digo isto porque leio sempre os esclarecedores artigos do professor e nunca o vi tocar neste aspecto.

A gente termina falando dos assuntos em pauta de maneira separada, mas, na verdade, sabemos que os fatos políticos e sociais estão sempre entrelaçados. Imagine quando e como vamos conseguir a regulamentação da mídia (especialmente as concessões públicas de rádio e TV) com os monopólios matracando todo santo dia: é censura, é censura, é censura… os “petistas” querem abolir a liberdade de expressão…

Raciocínio igual num outro tema capital: imagine a que tipo de reforma política (ou eleitoral) vamos chegar com a mídia reacionária (incluindo saudosistas da ditadura) comandando a informação (ou desinformação)!

Por falar em reforma política: se tivéssemos uma mídia comprometida nem que fosse um pouquinho com a verdadeira luta contra a corrupção, será que um ministro do STF teria peito para bloquear a votação sobre o financiamento das campanhas eleitorais pelos empresários? Será que a direita vai festejar o primeiro aniversário do pedido de vista, agora na próxima quinta-feira, dia 2? (DEVOLVE GILMAR!)

Correa vai pra cima, devidamente municiado

Enquanto isso, fico aqui nesta chuvosa Guaiaquil, que é banhada pelo Pacífico mas tem todo jeito de caribenha, assistindo – e morrendo de inveja – o presidente Correa estraçalhar as mentiras e manipulações da mídia hegemônica, através da emissora pública Equador TV, canal 7 (e também por rádio), no seu programa semanal Enlace Cidadão.

São quatro horas, aos sábados (das 10 às 14 horas): noticia e explica exaustivamente as obras e as posições do governo, comenta com veemência e bom humor os assuntos relevantes, esmiúça fatos, contesta informações da mídia privada mostrando imagens repetidas vezes, dá a sua versão e bate até um providencial carimbo expressando claramente M E N T I R A.

“Somos mais, companheiros, somos muito mais”, repete inúmeras vezes o seu bordão. O jornalista e professor Ignacio Ramonet, diretor do Le Monde Diplomatique em espanhol, que esteve por aqui há poucos dias, disse que Correa estudou comunicação depois de ter se tornado presidente. Acrescento eu: deve ter tomado umas aulas com seu amigo Hugo Chávez.

PS: Pelo que pude ver e apurar, a rede de meios públicos (ou estatais) de comunicação da Revolução Cidadã, liderada por Rafael Correa, conta com dois jornais diários, três emissoras de TV (sem contar a Telesur), uma de rádio e uma agência de notícias. (Farei matéria especificamente sobre este “arsenal”).

Delano

30/03/2015 - 16h32

Porque o CADE não atua para proibir o Bônus de Volume nos meios de comunicações?
CADE é ligado ao Ministério da Justiça.
Não precisaria passar pelo congresso essa medida Miguel!
Porque isso não é feito?
É uma medida econômia de regulação que também serve para democratizar os meios de comunicações.
Chamar o STF para regulamentar os artigos de lei que estão na constituição federal sobre os meios de comunicação.
Não precisaria de passar nada pelo congresso.
Outra coisa, usar das verbas da SECOM para criar um grande rede de TV publica em todos os estados e cidades, e aumentar essas verbas. Facilitar o credito para pequenas e medias empresas de mídia levando em conta que esses meios sejam independentes dos grandes meios de modo que impeça o monopolio e que sejam priorizados aqueles voltados para movimentos sociais , com pluralidade de informaçao e conteudo e voltados para o trabalhador.

Essas medidas resolveriam grande parte do problema que temos da ditadura dos carteis de mídia no Brasil. E dá para fazer já, sem precisar de votação no congresso. Acredito que aprovar projetos uma lei que aumente e democratize as verbas da SECOM é muito mais fácil do que tentar regulamentar a mídia.
Sera que ninguém no governo pensou isso?
Miguel,você teria como levar essas propostas para o governo?

gg

28/03/2015 - 13h57

… Empoderá setores da mídia até então marginalizados … É isso Café … já passou da hora … jornalista tem que ser independente … Não obedecer hierarquia ou linha editorial que seja … independente em em sentido financeiro. Ora a verba da publicidade pública deveria ser distribuída de forma democrática … e não me venha com o papo por ex de que um veículo é mais visto que o outro…porque isso pouco importa pra certos setores da economia… Petrobras e uma delas…ser vista ou não. Pouca diferença faz. Pois não tem com quem concorrer … E por aí vai … democratizar verba pública já se faz necessário para o bem do Brasil. Não sei se falei besteira mas a idéia central pode ser essa…ou não. .

Reginaldo Paiva

27/03/2015 - 23h19

Quando será que o governo vai tomar consciência que a comunicação institucional é uma atividade política?
Será que agora chegou a hora?

Enrico

27/03/2015 - 21h12

A primeira providencia a ser tomada será a de arrumar uma sala nova para o Messias e seus amiguinhos(as), Uma sala bem longe do planalto, perto Caceres no MT.

Ricardo

27/03/2015 - 17h58

A capa da Exame dessa semana (“O RISCO DO CAOS”, estampando o rosto da Dilma com olhar perdido) é uma prova de que o maior risco para um caos real é a campanha terrorista que faz a mídia, disseminando ódio e retroalimentando os fascistas. Espero que o Edinho ponha logo em prática uma boa estratégia de agenda positiva.

Fabio

27/03/2015 - 15h20

Ele fará o que a Dilma mandar e a sra Dilma é refem do PMDB e do PIG.

Eva

27/03/2015 - 14h18

Só não pode ser covarde.

Gerson

27/03/2015 - 14h13

O Merval achou ruim!!! Se ele achou ruim, então já é uma boa notícia para nós!

Leo Lira

27/03/2015 - 17h03


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