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O plano de negócios (PNG) 2017/2021 da Petrobrás é uma farsa. Um engodo para ludibriar os brasileiros

Por Cláudio da Costa Oliveira, colunista do Cafezinho Qualquer petroleira do mundo gostaria de ter a dívida que tem a Petrobras, desde que tivesse também as reservas que ela descobriu, e as tecnologias que ela desenvolveu. Esta é uma verdade cristalina que incomoda os entreguistas. Uma verdade irrefutável que o atual governo e administração da […]

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Por Cláudio da Costa Oliveira, colunista do Cafezinho

Qualquer petroleira do mundo gostaria de ter a dívida que tem a Petrobras, desde que tivesse também as reservas que ela descobriu, e as tecnologias que ela desenvolveu.

Esta é uma verdade cristalina que incomoda os entreguistas. Uma verdade irrefutável que o atual governo e administração da empresa tentam esconder, para justificar o projeto de lesa-pátria em andamento.

Conforme informado no próprio PNG 2017/2021, o principal objetivo da Petrobras para os próximos anos, será alcançar o índice de alavancagem 2,5 (atualmente está em 4,07).

Para isto, investimentos que estavam previstos para ser feitos pela empresa foram cortados, e vão ser transferidos para petroleiras estrangeiras executarem.

Para isto, ativos formados pela Petrobras durante décadas de trabalho, estão sendo vendidos à “preço de banana” e a “toque de caixa”, de forma dirigida, sem concorrência e muito menos transparência.

Para isto também, ajustes contábeis (impairments) foram realizados em sequência, de forma absurda, gerando enormes prejuízos e que, por um lado, dão aos leigos a impressão de que a empresa não é mais lucrativa e por outro, reduzindo o valor dos ativos a tal nível que, qualquer que seja o preço de sua venda vai gerar um “lucro” contábil.

Tudo isto sendo feito para atingir o índice de alavancagem 2,5. Este índice é o resultado da divisão da dívida da empresa pela geração de caixa anual (dívida/geração de caixa) e segundo Wall Street 2,5 é o ideal para as empresas de petróleo.

Ocorre que este indicador é inadequado para empresas que estão em momentos de fortes investimentos, pois a dívida é adquirida desde o início dos investimentos e a geração de caixa só começa a ocorrer quando o projeto está terminado e entra em operação. Este fator é de especial importância na indústria de óleo e gás, cujos projetos levam em torno de dez anos para maturarem. Portanto, em determinados momentos, este índice distorce a verdade sobre a situação financeira da empresa.

No caso específico da Petrobras, por exemplo, os principais investimentos foram feitos no período de 2010 a 2014, quando foram gastos em torno de US$ 210 bilhões, majoritariamente no projeto do pré-sal. Esta é a origem da atual dívida da Petrobras, e a geração de caixa, conseguencia destes investimentos, deverá ocorrer à partir de 2020.

Nestes casos, o melhor indicador de alavancagem a ser utilizado é a divisão da dívida pelo patrimônio liquido (divida/patrimônio).

Acontece que quando era utilizado o regime de concessão a reserva existente era considerada como que “comprada” e o seu valor apropriado como ativo da empresa.

No caso da partilha a exploração do campo é paga em petróleo e entra no resultado da empresa na medida em que é extraído, não fazendo parte do ativo. A meu ver existe aqui uma falha contábil, que deveria registrar no ativo da empresa, o valor presente do fluxo de caixa futuro gerado pela reserva. Agindo assim, no caso da Petrobras, o indicador de alavancagem ficaria bem baixo. Provavelmente o mais baixo entre todas as grandes petroleiras. Caberia aqui alguma providência por parte da CVM ou do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), para correção desta distorção .

Mas na realidade o mercado quando avalia o risco de determinado empreendimento, não se prende a aspectos puramente contábeis, mas sim avalia a verdadeira condição da empresa.

Por causa disto, nas últimas vezes em que a Petrobras procurou recursos no mercado, para cada dez solicitados apareceram ofertas de trinta. Assim como o cheque especial de US$ 10 bilhões , colocado à disposição pelo Banco de Desenvolvimento da China sem nenhuma exigência de contrapartida, que a Petrobras não  utilizou, preferindo optar pela venda de ativos.

O fato é que para uma empresa com as reservas e as tecnologias que a Petrobras dispõe, não faltam recursos.

Se no PNG 2017/2020, a dívida fosse apenas rolada ( não seriam necessários novos empréstimos), não haveria necessidade de fazer redução dos investimentos e muito menos vender os valiosos ativos da empresa. E lembrem-se tudo está sendo feito simplesmente para atingir o índice de alavancagem 2,5 de Wall Street.

Portanto não é exagero dizer que o PNG 2017/2021 é uma farsa, um engodo. É fantástico.

Hoje o Brasil é governado por “colonizadores”, que só pensam em explorar o país e seu povo.

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Comentários

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Jackson David Oliveira Sousa

29/11/2016 - 20h53

A isto se dá o nome de gestão temerária. E existe espaço para questionar a ação da diretoria tanto na CVM quanto no judiciário. E deve ser feito por representação dos trabalhadores e de acionistas minoritários. Além é claro, da denúncia do crime de lesa pátria que se está praticando com os e nos meios que nos forem possíveis.

Antonio Vidal de Macedo

29/11/2016 - 20h06

APÓS ENFATIZAR ESTE PLANO MACABRO RESTA SABER O QUE FAREMOS A RESPEITO? ABRIR UM BLOG E DENUNCIAR, FAZER PROTESTO. o guardião do hades possui três cabeças que cospem fogo sem falar no seu aspecto aterrador, para vencê-lo faz se necessário cortar-lhe as cabeças.

Atreio

29/11/2016 - 16h54

perfeito, claudio.


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