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Manifestações em universidades dos EUA: Estudantes desafiam diretores em protestos pró-palestinos

Nos campi universitários dos Estados Unidos, um clima de tensão é palpável devido a protestos a favor dos palestinos, que têm entrado em conflito direto com as autoridades acadêmicas. Na Universidade Columbia, localizada em Nova York, centenas de estudantes têm mantido um acampamento no jardim da universidade, culminando em um conflito que resultou na demissão […]

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Manifestante segura faixa dizendo "Mais um judeu por uma Palestina livre" durante protesto pró-palestinos na Universidade de Yale, nos EUA — Foto: Melanie Stengel/Reuters

Nos campi universitários dos Estados Unidos, um clima de tensão é palpável devido a protestos a favor dos palestinos, que têm entrado em conflito direto com as autoridades acadêmicas.

Na Universidade Columbia, localizada em Nova York, centenas de estudantes têm mantido um acampamento no jardim da universidade, culminando em um conflito que resultou na demissão de duas reitoras. Em um recente desdobramento na noite de segunda-feira, 22 de abril, a polícia desmobilizou um dos protestos, resultando em várias prisões — apenas uma semana após mais de 100 estudantes serem detidos em um incidente similar.

Protestos com motivações parecidas ocorrem em outras instituições renomadas como Harvard e Yale. Na última, durante uma marcha de apoio aos palestinos, 60 pessoas foram presas.

Os estudantes têm demandado que essas universidades cortem laços financeiros com Israel, especialmente após a campanha militar israelense na Faixa de Gaza que, segundo o governo controlado pelo Hamas, resultou em 34 mil mortes desde outubro.

A situação também tem impactado a comunidade estudantil judia, parte da qual expressa sentir-se insegura no ambiente universitário, embora alguns judeus também apoiem o movimento pró-palestino.

Mimí Elías, uma estudante mexicana e uma das manifestantes suspensas, expressou determinação: “Permaneceremos aqui até que falem conosco e ouçam as nossas demandas.”

A organização do acampamento é estrita, com voluntários distribuindo máscaras e controlando a entrada, além de proibir o consumo de álcool e drogas. Os organizadores têm mantido confidencialidade sobre os participantes, mesmo sob a vigilância de policiais que cercam a área, bloqueando alguns acessos ao metrô.

As consequências da destruição na Faixa de Gaza por Israel, após um ataque de 7 de outubro pelo grupo Hamas, que é designado como uma organização terrorista por diversos governos incluindo os Estados Unidos e a União Europeia, intensificaram as manifestações pró-palestinas em várias cidades e universidades americanas. Isso também levou a acusações de antissemitismo, mencionadas até pelo presidente Joe Biden.

Após a ação policial na quinta-feira anterior, houve um aumento nos protestos, não apenas em Columbia, mas também em outras universidades. Na Universidade de Yale, por exemplo, 47 pessoas foram detidas durante os protestos, e Harvard fechou um parque no coração de seu campus ao público.

Joseph Howley, professor e apoiador do movimento pró-palestino, criticou as medidas tomadas pela universidade, descrevendo-as como desproporcionais e exacerbadoras da situação. Ele também comentou sobre a divisão entre os estudantes judeus, alguns dos quais sentem-se desconfortáveis no campus devido aos protestos, enquanto outros foram suspensos e detidos por participarem das manifestações.

Um aspecto crucial em discussão no campus, segundo uma estudante de arquitetura de 21 anos, é a liberdade de expressão. Ela defende que os estudantes devem ter o direito de explorar e expressar suas opiniões livremente, sem temer repressão policial.

Howley também aponta para a influência política na supressão do discurso, relacionando-a com a extrema direita americana e sionista, que, segundo ele, busca reprimir as vozes discordantes sobre Israel e outros temas sensíveis.

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