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Entrevista: Guilherme Boulos analisa o Brasil e a esquerda em 2017

Guilherme Boulos, coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), concedeu entrevista ao Outras Palavras e comentou os principais temas políticos no Brasil e no mundo. No diálogo, Boulos analisou a candidatura de Donald Trump e apresentou um paralelo entre a eleição dos EUA e a espanhola. Para ele, há um desencanto com a política, […]

2 comentários
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Guilherme Boulos, coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), concedeu entrevista ao Outras Palavras e comentou os principais temas políticos no Brasil e no mundo. No diálogo, Boulos analisou a candidatura de Donald Trump e apresentou um paralelo entre a eleição dos EUA e a espanhola.

Para ele, há um desencanto com a política, que se propaga por todo o mundo. Apesar disso, há possibilidades de crescimento para esquerda neste cenário. Na Espanha, por exemplo, o Podemos (experiência de política caracterizada pelo voluntarismo de um conjunto de ativistas e intelectuais) articula o que podem ser duas vertentes para uma futura esquerda. Abre-se às novas práticas; aos que, para agir politicamente, dispensam comandos e diretivas. Mas sabe fazê-lo sem abrir mão de um projeto e estratégia política.

Sobre o Brasil, Boulos comentou o fim do ciclo do PT no governo. Segundo o coordenador do MTST, o ciclo petista no poder foi marcado pela crença de que avanços sociais duradouros poderiam ser alcançados sem a rua e sem conflito – por progressivo convencimento do Parlamento, da casta política, dos empresários. O golpe de 2016 e a brutalidade do governo Temer, no entanto, acabaram com essa ilusão.

Um dos temas mais sensíveis ao longo da entrevista, o entrevistado falou sobre o impeachment e criticou a população brasileira. Para ele, as maiorias assistiram como espectadoras ao golpe de Estado que reinstalou no poder o setor mais retrógrado das elites. Diante do ataque selvagem aos direitos sociais desencadeado em seguida, a resistência ainda é tímida. “Falta iniciativa social”, concluiu.

Questionado sobre o futuro da política e o ano de 2017 no Brasil, ele concluiu: “Precisamos estar bem atentos para que não seja apenas resistência. O segundo desafio é pensar a recomposição da esquerda brasileira; é, pensar um novo campo, uma nova referência de do ponto de vista político-estratégico. Nós do MST estamos empenhados nesta perspectiva”.

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Comentários

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C.Poivre

27/12/2016 - 16h20

Precisamos de menos discurso e mais ação.

Jose X.

27/12/2016 - 16h07

enquanto a globo não for destruída nada vai mudar


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