Este será um campo de batalha importante. Espera-se que a oposição tenha competência para persuadir a opinião pública sobre os riscos inerentes à alienação, para interesses privados, provavelmente estrangeiros (e mesmo estatais estrangeiras) do sistema nacional de energia. Comparações com outros países seriam muito úteis neste momento.
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Capitalização da Eletrobras é necessária, diz presidente da empresa
Publicado em 02/01/2019 – 14:18
Por Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil Brasília
Após o novo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmar que dará continuidade ao processo de privatização da Eletrobras, o presidente da empresa, Wilson Ferreira Jr., defendeu a medida, afirmando que é necessária para que a companhia volte a receber investimentos. A retomada do processo de privatização da Eletrobras foi anunciada por Bento Albuquerque em discurso na cerimônia em que recebeu o cargo do ex-ministro Moreira Franco.
“O processo de capitalização é necessário; o próximo passo da Eletrobras é o da capitalização”, disse Wilson Ferreira Jr., informando que o novo ministro o convidou para continuar à frente da Eletrobras.
Ele acrescentou que ainda não conversou com Albuquerque sobre a modelagem final do projeto de privatização. Em janeiro do ano passado, o então presidente da República, Michel Temer, encaminhou ao Congresso Nacional um projeto segundo o qual a privatização da empresa se daria por um processo de capitalização, até que as ações da União fossem pulverizadas e esta se tornasse sócia minoritária da empresa.
“O projeto que está em curso é formar uma corporação com capital pulverizado, com limite de concentração de ações. O que é certo é que é necessário um processo de capitalização”, afirmou.
Angra 3
Ferreira Jr disse ainda que o aceno do ministro de retomar as obras da usina nuclear de Angra 3 é uma pauta importante para o governo. Para ele, o fato de o ministro ter conhecimento do tema pode ter pesado na decisão.
Antes de ser indicado para o ministério, Bento Albuquerque foi diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, órgão que comanda o Programa de Desenvolvimento de Submarinos e o Programa Nuclear da Marinha.
Com cerca de 60% de execução, as obras de Angra 3 estão paradas há três anos. No fim do ano passado, a Eletrobras anunciou que pretende investir R$ 12 bilhões para terminar a construção de Angra 3. O anúncio consta do plano de investimentos da empresa para o período de 2019 a 2023.
Edição: Nádia Franco
Tags: ELETROBRAS PRIVATIZAÇÃO CAPITALIZAÇÃO ANGRA 3
Euclides de Oliveira Pinto Neto
09/01/2019 - 06h32
Existe um excesso de “papel pintado” dólar emitido pelo FED, que está prestes a explodir… sem garantia de nada. Assim, está na hora de passar o “mico” para os otários… Enquadrado como tal, os Rothschilds estão adquirindo ativos reais – empresas como a Eletrobras, Petrobrás, etc. – que possuem capacidade de geração de dinheiro real e auferem lucros continuamente. No caso da Eletrobras, além da geração de energia, as hidrelétricas controlam as águas dos rios, mercadoria muito valiosa, que deverá ser cobrada aos agricultores, além da exportação de água doce, principalmente para regiões do MENA.
O Brasil possui em torno de 15% da água doce do planeta. Só a água contida no aquífero Alter do Chão, situado na Amazônia, possui água suficiente para atender ao consumo de todos os países do mundo durante 250 ANOS !!! Será que dá para entender a razão de tanto assédio sobre a Eletrobras ?
Eveline M. D. do Nascimento
08/01/2019 - 22h28
Veja a índole do cidadão e vocês compreenderão os frutos….será que é tão difícil raciocinar ???
Neto
05/01/2019 - 12h10
Um absurdo!
Querem entregar a AGUA.
JAKSON
03/01/2019 - 14h59
Foi sacanagem o que fizeram, pois durante a campanha e após eleito o Bolsonaro falou repetidas vezes que não iria privatizar o Setor Elétrico, e agora veio com essa já nos primeiros dias de mandato.
Gustavo
03/01/2019 - 14h54
Acho que o assunto merece ser discutido de forma ampla e clara sem negativas automáticas e nem aprovações rápidas.
Nos tempos da Dilma (sim isso mesmo), o governo já discutia a privatização da Eletrobrás só que apenas as distribuidoras (detalhes em: https://m.youtube.com/watch?v=YPSQzpFWLSU). Era o PT falando da necessidade de se privatizar parte da empresa (e isso estava correto).
Ainda nos tempos da Dilma e seu controverso uso eleitoreiro da conta de luz, a empresa amargou vários prejuízos (mais de 30 bilhões de reais) e a conta veio no governo Temer que não conseguiu privatizar (ainda que o plano já não fosse apenas as distribuidoras mas a empresa inteira).
Anote-se aí que diversas subsidiárias são mau geridas e dão milionários prejuízos porque seus gestores são frutos de indicações políticas e para manter seus feudos vão lutar para não privatizar. E o custo dessa má gestão é pago a nível nacional nas nossas contas de luz.
Dai fica a pergunta. Se Dilma, Temer e Bolsonaro defendem a privatização, se a empresa sofre indicações políticas e está no vermelho não vale a pena levantar dados e discutir o assunto e o futuro da companhia ? Ou será que a saída é repetir o mantra: “Bolsonaro é um entreguista, facista que quer entregar as riquezas pro EUA, etc”
Se três presidentes seguidos defenderam a ideia deve haver algum fundamento.
Alan Cepile
03/01/2019 - 21h10
Muito interessante seu comentário e tb penso que esta discussão deveria ser realizada à exaustão no congresso, mesmo tendo o pressentimento que isso será apenas uma ilusão.
Todavia, mesmo com 3 presidentes falando em privatizar, a tendência mundial é contrária em relação à água, inclusive restatizando companhias para evitar que algo tão estratégico (acesso à água, produção de energia e etc) caia em mãos erradas. E então? Quem está certo? O Brasil? Ou centenas de cidades espalhadas pelo mundo??
Vejam: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-40379053
Gustavo
03/01/2019 - 21h33
Excelente Alan,
Obrigado pela crítica construtiva e responsável. Também penso que a questão merece uma boa reflexão. Vou ler o link que você me passou (parece interessante).
Paulo
03/01/2019 - 22h19
Opção 2. Água e energia elétrica são bens de uso comum do povo. Não se pode privatizá-los a pretexto de que não dão lucro. Não foram feitos pra dar lucro. Segurança nacional em risco…
Renato
03/01/2019 - 22h27
Não foram feitas para dar lucro , mas também não foram feitas para dar prejuízo, para virar cabide de empregos para políticos, para ser fonte de recursos para partidos e políticos , para serem presididas por incompetentes e nem para ser fonte de propina para empreiteiras e empresas de amigos de políticos !
Paulo
03/01/2019 - 23h12
Bem, se nosso intrépido Capitão não dá conta de nomear alguém suficientemente honesto e competente para presidir a Eletrobrás, então também não o é para nomear os presidentes do BB, CEF e Petrobrás…
gN
04/01/2019 - 13h25
Bom, obviamente o Lula e a Dilma foram incapazes de colocar gente honesta na Eletrobras…agora vamos sempre depender da honestidade dos políticos? Parece q não conseguimos aprender com os erros do passado?
Renato
04/01/2019 - 14h26
Não tem mesmo. Quem tem competência para nomear dirigentes de estatais são Lula e Dilma. Para nomear ladrões eles são competentíssimos !
Paulo
03/01/2019 - 22h16
A mesma desculpinha esfarrapada de Bolsonaro para justificar o esquartejamento do Ministério do Trabalho (corrupção localizada e fruto de indicações políticas dos sucessivos governos), agora replicada no caso Eletrobrás. Será que o nosso intrépido Capitão não tem condições de nomear alguém de prol para dirigir a Estatal e evitar a corrupção e loteamento político? Não se joga o bebê fora junto com a água suja. Decepcionante!
Renato
03/01/2019 - 22h35
O problema é que nosso intrépido Capitão não vai ficar governando o país a vida toda. Um dia um Petê ou um PMDB da vida pode voltar ao poder e aí voltam a corrupção e o loteamento político. Burros enxergam alguns poucos anos à frente. Inteligentes enxergam séculos à frente !
Paulo
03/01/2019 - 23h13
Então devemos privatizar geral? É isso?
Alan Cepile
04/01/2019 - 08h45
Repito a pergunta que não quer calar:
Pq o Brasil está indo na contramão da tendência mundial?? Os principais países estão segurando seus ativos, não só isso, estão reestatizando para criar mais uma barreira à privatização.
Roque
04/01/2019 - 09h03
Kkkk, se possível sim. Função do Estado é garantir a população saúde, segurança, educação e moradia. O resto é competência da iniciativa privada. Por conta destes cabides de emprego, PT e PMDB lotearam e sucatearam diversas empresas públicas. Isto pq os intépridos Lula e Dilma indicaram somente bandidos para atuar nestas empresas.
Alan Cepile
04/01/2019 - 09h56
Vai ver que o universo está errado e a coxada certa kk
Renato
04/01/2019 - 14h23
Tudo aquilo que puder ser roubado pelo Petê deve ser privatizado !
Alan Cepile
04/01/2019 - 16h02
Então pq não privatizaram nos anos 90 quando foi descoberta corrupção na Petrobrás??
Ah, era governo de direita anti-povo….
Paulo
05/01/2019 - 20h33
Se essa é a justificativa realmente esse Governo começou mal…