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Michel Temer vira réu na justiça de SP

Justiça Federal em SP torna ex-presidente Michel Temer réu por lavagem de dinheiro Denúncia do MPF-SP foi recebida nesta quinta-feira (4) pela 6ª Vara Federal Criminal O juiz federal substituto Diego Paes Moreira, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro, recebeu a denúncia oferecida no último […]

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Beto Barata/PR

Justiça Federal em SP torna ex-presidente Michel Temer réu por lavagem de dinheiro

Denúncia do MPF-SP foi recebida nesta quinta-feira (4) pela 6ª Vara Federal Criminal

O juiz federal substituto Diego Paes Moreira, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro, recebeu a denúncia oferecida no último dia 2 pela Força Tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal em SP e abriu processo pelo crime de lavagem de dinheiro contra o ex-presidente da República Michel Temer, o coronel João Baptista Lima Filho, a arquiteta Maria Rita Fratezi e Maristela Temer, filha do político.

Segundo a decisão, a denúncia preenche os requisitos legais e “é clara o suficiente para permitir o exercício do direito de defesa e os fatos narrados configuram, em tese, infração penal”. O juiz determinou a citação dos quatro acusados e deu prazo de 10 dias para que as defesas ofereçam resposta à acusação por escrito.

Íntegra da decisão judicial

A denúncia – Segundo a denúncia da Lava Jato em São Paulo, o ex-presidente usou dinheiro obtido por meio de corrupção e peculato para pagar a reforma da casa de uma de suas filhas, Maristela Temer, como forma de lavar parte do dinheiro dos crimes.

O “Quadrilhão do MDB”, que segundo denúncia oferecida em 2017 pela Procuradoria-Geral da República era integrado por Temer, arrecadou propina da construtora Engevix para que a empresa assumisse as obras de engenharia de Angra 3 por meio da AF Consult Brasil, empresa criada com consultoria de Lima.

A Engevix desviou quase R$ 11 milhões em recursos públicos destinados às obras da usina termonuclear, R$ 10 milhões foram para a Argeplan e R$ 1,1 milhão para a PDA (outra empresa de Lima), fato que foi objeto de denúncias da Operação Descontaminação da Lava Jato no Rio de Janeiro. Também é considerado como origem do dinheiro empregado na reforma, os mais de R$ 1 milhão pagos pela J&F em espécie (corrupção objeto de ação no DF).

Os crimes de corrupção e peculato denunciados pelo MPF no RJ e no DF ocorreram entre 2012 e 2016 e a reforma entre 2013 e 2014. O dinheiro ilícito foi transformado em pagamento para a reforma da casa de Maristela, no bairro Alto de Pinheiros, de alto padrão, na zona oeste de São Paulo. Os materiais empregados e a obra custaram ao todo R$ 1,6 milhão.

De acordo com a denúncia do MPF, as investigações apuraram compras realizadas em nome de Maria Rita Fratezi, uso do e-mail da Argeplan em recibos de pagamentos de materiais e de serviços para a obra, uso de funcionários da empresa do coronel, intermediações de compras e serviços pelo próprio Lima – uma espécie de “faz-tudo” do ex-presidente há quase 40 anos – e até mesmo mensagens de whatsapp, para tratar de pagamentos referentes à obra, entre Maristela e Maria Rita.

Ouvidos no inquérito, os profissionais envolvidos na reforma confirmaram ter recebido pagamentos em dinheiro pelas obras ou materiais de construção fornecidos. As trocas de mensagens entre Maristela e Maria Rita, mulher de Lima, em julho de 2014, reveladas na busca e apreensão dos aparelhos, deixam claro que os valores gastos nas obras eram de conhecimento do então vice-presidente da República e do coronel Lima e que algumas despesas dependiam da aprovação de Temer.

A denúncia apresentada reúne recibos, documentos e trocas de mensagens que demonstram o alegado pela FT da Lava Jato em São Paulo. A pena para o crime de lavagem de dinheiro é de 3 a 10 anos de prisão, mas caso Temer e os demais acusados venham a ser condenados, a pena pode alcançar mais de 16 anos de prisão, uma vez que o MPF os acusa de lavagem de dinheiro agravada pelo fato de o crime ter sido cometido por organização criminosa – o que pode aumentar a pena em até dois terços.

Ação penal 0003466-97.2019.4.03.6181

Publicado no site do MPF

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LUPE

06/04/2019 - 01h55

Caros leitores

Bobagi, genti.

O moço é blindado.

Entregou um trilhão em impostos
na exploração do nosso pré sal,
e mais cinco trilhões do nosso pré sal
a preço de quase nada
para nossos inimigos estrangeiros,
uma ORGANIZAÇÃO
dos maiores banqueiros
e dos maiores donos
das maiores petroleiras do Mundo.
Super poderosos nossos inimigos.
Quem recebe dezenas de milhões de dólares
pelo “serviço”
precisa temer algo??????
Temer precisa temer????????
O resto
é joguinho de faz de conta,
para manter a ilusão
que Lava jato não é uma Farsa,
para manter o HONRADO
presidente Lula preso,
sem ter cometido nenhum crime.
Tá preso
porque se recusou a entregar
um centavo sequer
aos nossos inimigos.
Um outro blindado,
cometendo os maiores crimes,
inclusive filmados,
foi reeleito deputado federal por ……………Minas Gerais.!!!!!!!!!!!!!!!!!
I vamu nóis……………………

Alan Cepile

05/04/2019 - 11h10

#ForaTemer, de um partido da direita liberal corrupta, levado à presidência por um fakepeachment apoiado pela direita liberal corrupta e que precisou corromper a direita liberal corrupta para que não aceitassem as evidentes denúncias contra ele.

Fora Lula! rs

Paulo

05/04/2019 - 09h42

Quando você vê o Temerário tentando se justificar, na tv, em tom indignado, você percebe o quão baixo era (é?) o nível político do Parlamento brasileiro, os últimos anos. Aí você se pergunta se a assunção dos governos petistas teria contribuído pra isso, e em que nível…o roubo era estimulado, e todos se beneficiavam, praticamente, tanto situação quanto oposição amiga…

    Sergio Araujo

    05/04/2019 - 12h35

    Obvio,

    quem tava no poder sabia e orquestrava perfeitamente cada centavo, uma verdadeira facçào criminosa a serviço de grandes empresas, empreteiras, milionarios, ecc… que fazem o Brasil um dos paises mais desiguais do mundo.

    Teve gente que conseguiu votar para esses sujeitos sabendo perfeitamente de tudo que aprontavam, pois foi dado pleno conhecimento.

    Quarto Mundo.


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