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Curiosidades sobre a pesquisa Datafolha sobre o feminismo

A pesquisa Datafolha sobre o feminismo mostra contradições curiosas na distribuição das ideias no Brasil. Pessoas mais pobres, que votam na esquerda, são mais conservadores nos costumes, em especial para questões identitárias, como o feminismo. Até mesmo entre eleitores que marcaram o PT como seu partido de preferência (14% do total dos eleitores, segundo o […]

23 comentários
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Mulheres sairão às ruas em todo o país para criticar medidas propostas pelo governo ultraconservador de Jair Bolsonaro / Rovena Rosa / Agência Brasil

A pesquisa Datafolha sobre o feminismo mostra contradições curiosas na distribuição das ideias no Brasil. Pessoas mais pobres, que votam na esquerda, são mais conservadores nos costumes, em especial para questões identitárias, como o feminismo.

Até mesmo entre eleitores que marcaram o PT como seu partido de preferência (14% do total dos eleitores, segundo o Datafolha), 39% responderam que “não apoiam” o feminismo.

Eu destaco alguns pontos:

  • Mais pobres são os que menos apoiam feminismo (apenas 49%).
  • Apoio ao feminismo entre mais ricos é de 58%.
  • Apoio ao feminismo entre mais jovens é forte (61%), e cai entre mais velhos.
  • Apoio ao feminismo é mais forte entre profissionais liberais (84%), funcionários públicos (71%), estudantes (64%)  e donas de casa (100%) e mais fraco entre assalariados sem registro (43%), aposentados (49%) e empresários (43%).
  • Entre simpatizantes do PT, 39% não apoiam o feminismo, mesmo número dos brasileiros sem preferência partidária; 53% dos petistas apoiam o feminismo, mesmo número dos simpatizantes do PSDB.
  • Entre partidários do PSOL, 100% apoiam o feminismo.
  • Entre simpatizantes do PSL, partido de Bolsonaro, maioria de 69% não apoiam o feminismo.
  • Entre eleitores de Bolsonaro, 46% não apoiam o feminismo, mas também 46% apoiam.
  • Entre eleitores de Haddad, 33% não apoiam o feminismo, contra 59% que apoiam.
  • Entre os que votaram branco ou nulo, 58% afirmaram que apoiam o feminismo.
  • Entre os consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo, 60% apoiam o feminismo.
  • Os eleitores menos instruídos tendem a apoiar menos o feminismo. Quanto mais instruído, mais feminista.

38% das mulheres brasileiras se consideram feministas

Opinião Pública – 15/04/2019 12h20
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DE SÃO PAULO

Uma parcela de 38% das mulheres com 16 anos ou mais se considera feminista no Brasil, e 56% rejeitam se associar ao feminismo, com os demais 6% sem opinião sobre o assunto.

As mais jovens se identificam mais como feministas (47%), e as mulheres de 35 a 44 anos, menos (30%). Esse indicador também fica abaixo da média entre as mulheres que estudaram até o ensino médio (33%, ante 42% entre quem estudou até o ensino fundamental e 44% na parcela que estudou até o ensino superior).

Na parcela de evangélicas da população, 32% se definem como feministas, ante 40% entre católicas e 57% entre mulheres que não têm religião. Entre mulheres de cor preta, 47% são feministas, índice que fica em 37% entre paradas e 36% entre brancas.

As eleitoras de Bolsonaro também se consideram, proporcionalmente, menos feministas (32%) do que as que votaram em seu adversário no 2º turno da eleição, Fernando Haddad (49%). Entre as mulheres que aprovam o governo Bolsonaro, 29% se associam ao feminismo, ante 37% na parcela que avalia sua gestão como regular, e 48% entre quem o desaprova.

Os homens foram questionados sobre seu apoio ao feminismo, e 52% disseram apoiar, contra 40% que não apoiam e 8% que não opinaram. Os mais jovens são os que mais apoiam (61%), e é menor nas demais (49% na faixa acima de 60 anos). Há também variação conforme a escolaridade (47% entre os menos escolarizados, 53% na fatia que estudou até o ensino fundamental e 58% entre quem estudou até o ensino superior).

O segmento que votou em e Bolsonaro se divide sobre o apoio ao feminismo: 46% apoiam e 46% são contra, e há 8% que não opinaram. Uma fatia de 30% dos homens no Brasil pretende, a partir da flexibilização das regras para ter acesso a armas, comprar uma para se defender, e neste grupo o índice dos que não apoiam o feminismo sobe 47%, ante 44% que declaram apoio.

Em questão aplicada a todos, houve divisão sobre os benefícios do feminismo para as mulheres e para a sociedade. De forma geral, 45% acreditam que o feminismo traz mais benefícios para as mulheres, e 41% atribuem mais prejuízos. Há ainda 3% de indiferentes ao tema e 11% que preferiram não opinar. Entre os homens, 48% veem o feminismo como mais benéfico para as mulheres, índice que fica em 43% entre as mulheres.

Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, 60% consideram o feminismo mais positivo para as mulheres, ante 42% na faixa intermediária de idade, de 35 a 44 anos, e 37% na mais avançada, com 60 anos ou mais.

O resultado da avaliação sobre o impacto do feminismo sobre a sociedade traz resultados similares: para 47%, traz mais benefícios do que prejuízos, e 40% pensam o contrário, que gera mais prejuízos. Uma parcela de 2% é indiferente ao assunto, e 11% não responderam.

No universo das mulheres, 45% avaliam o feminismo como mais benéfico para a sociedade, e para 38% é prejudicial. Entre os eleitores de Bolsonaro, 39% avaliam que o feminismo traz mais benefícios para a sociedade, e 48%, que traz mais prejuízos.

Pelo que sabem ou ouviram falar, a maioria (69%) dos brasileiros avalia que o espaço ocupado pelas mulheres na política é insuficiente. Para os demais, é suficiente (20%) ou mais do que suficiente (9%), e 3% não opinaram.

Na fatia dos homens, 67% veem como insuficiente o espaço das mulheres na política, índice similar ao registrado entre as próprias mulheres (70%). Entre quem tem curso superior, esse índice vai a 83%, e recua de acordo com a escolaridade (é de 56% entre quem estudou até o ensino fundamental). A mesma lógica vale para a análise por renda: quanto maior a renda mensal familiar do entrevistado, maior a disposição a ver o espaço da mulher na política como insuficiente. Na parcela de eleitores de Bolsonaro, 63% têm a mesma opinião sobre o assunto.

Texto publicado no site do Datafolha

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Comentários

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Eliane Ganem

20/04/2019 - 14h31

Fui feminista na década de 70, e hoje pensava que esse assunto já estava resolvido. Mas depois das estatísticas de morte de mulheres atualmente por causa do machismo no Brasil e pelos comentários postados aqui pelos homens, voltei a ser feminista hoje. Apesar de bonita, cheirosa, com pelos aparados nas pernas e debaixo dos braços, o que nem devia ser comentado aqui pelos machistas, me sinto na obrigação de voltar à ativa e falar o que eu penso. Nada tenho contra os homens, acho que uma boa parte é de seres lindos e maravilhosos, porque sou hetero, mas os homens não aparam seus pelos e ninguém fala nada, e não são cheirosos. Mas além de voltar à ativa, vou respeitar ainda mais o feminismo, que continua sendo o único movimento capaz de proteger a mulher. Machistas de plantão, revejam seu discurso e tenham a dignidade de pensar melhor a respeito do feminino e do feminismo. Foi de uma vagina de mulher que vocês nasceram.

Éder

19/04/2019 - 08h01

Feminismo e merda pra mim é a mesma coisa. Um antro de contradições e senso comum, distorcedor descarado da verdade e onde se venera a irracionalidade.
Tente questionar uma feminista e vc vai entender do que falo; isso sem contar que são massa de manobra da esquerda. Na Europa o feminismo vem diminuindo tbm… psé, parece que elas perderam a utilidade.
Diferenças existem até na densidade de regioes do cérebro; ai surgem Alices no país das Maravilhas fazendo malabarismos com a realidade e ignorando fatores biológicos importantes – pra elas, até a ciência é machista e alegar dominação masculina é só reprodução de pensamento patriarcal. Já deu! Tô de saco cheio dessa policia da verdade…

Justiceiro Hroth-Beorht

17/04/2019 - 22h24

Sou favorável ao movimento! Uma pergunta que não posso deixar de fazer: Qual motivo, pra ser feminista tem que ser relaxada com a aparência, largada, descuidada, roupas de xepa. Não é compatível ser feminista, reivindicar direitos, e ter um aspecto exuberante como é peculiar as mulheres?

    Paulo

    17/04/2019 - 22h45

    Há um aspecto constantemente negligenciado, nas hostes feministas. É difícil ter que dizer isso, mas a maioria das feministas são homossexuais não assumidas, que querem trocar o suposto jugo masculino sobre as mulheres femininas pelo protecionismo homossexual delas próprias, feministas (claro que há nuances)…

      Sergio Araujo

      18/04/2019 - 09h29

      Sào transtornadas que nào representam nada e sào exploradas politicamente.

      Mulheres tem vergonha de ser associadas a esses “movimentos”.

    Éder

    19/04/2019 - 08h03

    Por isso recomendo que vc seja contra o movimento: pra elas vc foi machista e agressivo ao sugerir que a mulher tem aparência exuberante, ainda mais ao alegar que isso é “natural”.
    Por isso elas adoram Frida Kahlo e vivem com a pexereca suja e o sovaco peludo.

Sérgio Araújo

17/04/2019 - 21h32

São exploradas politicamente sem nem perceber, a mesma coisa os gays, ecc…

Põe uma mulher que não vota quem elas gostam ali no meio pra ver quanto são fêmeas…

Paulo

17/04/2019 - 18h02

Feminismo seria o contraponto do machismo? Ou a outra face da mesma moeda?

    Sergio Araujo

    17/04/2019 - 18h16

    E’ uma palhaçada politica desfaraçada, nada mais.

      Paulo

      17/04/2019 - 19h25

      Sim, assumiu posição política manifesta, e foi incorporado à agenda cultural das esquerdas!

    Alan C

    17/04/2019 - 18h25

    Nem uma coisa, nem outra.

    Não pode ser contraponto pq o feminismo não entra num embate com o machismo, e nem poderia ser a outra face da moeda pq o feminismo prega que mulheres e homens são iguais, se pregasse superioridade aí sim poderia ser a outra face da moeda.

      Paulo

      17/04/2019 - 19h24

      Não, Alan! A moeda é igual dos dois lados. E quem disse que o feminismo não se contrapõe ao machismo? O argumento procura sempre o seu antípoda, para triunfar. Veja o caso do blog: estamos há décadas da queda do Muro de Berlin e os pólos se atacam por aqui, ainda, rsrs (produzindo dissenso para se justificarem)!

Ronaldo Barros

17/04/2019 - 17h21

Achei muito interessante o artigo. Seria muito bom se fizesse igualmente sobre os negros e racismo, nesta pesquisa.

Luiz Tavares

17/04/2019 - 15h07

Eu só queria saber , onde , quando e como foram feitas as pesquisas que deram esses números de porcentagens (( tanto % disso , tanto % daquilo , etc )) ???????!?????

    Sérgio Araújo

    17/04/2019 - 15h27

    Em lugar nenhum.

    Alan C

    17/04/2019 - 18h31

    Onde? A pesquisa é nacional, portanto, em todo território brasileiro, está na primeira frase da matéria.

    Quando? Esta matéria não aponta, mas é só acessar o site do datafolha e acessar a pesquisa na íntegra.

    Como? Acessando a pesquisa na íntegra lá irá constar a metodologia.

Aliança Nacional Libertadora

17/04/2019 - 13h12

Que nível de comentários atingiu o Cafezinho…..queria ver alguma análise mesmo….mas só foi para ressaltar o PT com a porcentagem….pior é que os coxinhas e cirominions daqui nem ligaram….se resumiram a criticar o feminismo…… e entre os eleitores do PDT? Não teve nada aí?

lucio

17/04/2019 - 12h37

sou contra o feminismo.
o feminismo (e aquela bosta de ideologia gender) na europa e nos eua se tornou um neo-nazismo.
na europa e nos eua as (falsas) “esquerda” tem uma agenda economica egual a do bolsossauro, tanto que direitos trabalhistas e controle do estado sobre setores estrategicos da economia sao temas levados por os partidos de “direita”. as (falsas) “esquerdas” só se importam com feminismo e lgbtropsnvrxzv.
lá o mundo esta de cabeça para baixo… aqui nao.

Elson de Mendonça Ribeiro

17/04/2019 - 11h56

Nenhuma análise?

Alan C

17/04/2019 - 11h22

Parabéns às mulheres, estão no caminho certo e mostrando que, pelo menos nesse braZilzinho, elas estão à frente e dando uma aula de cidadania.

Por aqui, definitivamente, as mulheres tem sido o sexo forte.

    Sergio Araujo

    17/04/2019 - 11h50

    E’ sò politica de baixo nivèl desfarçada Alanzinho, nada mais do que isso.

      Alan C

      17/04/2019 - 16h17

      sei

Sergio Araujo

17/04/2019 - 11h11

Jà vì coisas ridiculas mas esse tal de feminismo, LGSMADDVFVismo ou como se chama e afins ganham de todas…as mesmas palavras nào possuem significado algum.

Sào manifestaçoes ridiculas e de mal gosto (bastante feio de se ver)…pelo que me pertençe podem fazer a vontade.


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