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Sob ordens de Washington, Bolsonaro agride Irã

Na CUT Barcos do Irã ficam parados no Brasil após Petrobras vetar venda de combustível Brasil x Irã. Petrobrás x Fertilizantes. Goleadas contra o povo Publicado: 23 Julho, 2019 – 09h39 | Última modificação: 23 Julho, 2019 – 09h47 Desde quinta-feira, 18, dois navios cargueiros iranianos estão retidos no Porto de Paranaguá (PR), impedidos de […]

17 comentários
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Na CUT

Barcos do Irã ficam parados no Brasil após Petrobras vetar venda de combustível

Brasil x Irã. Petrobrás x Fertilizantes. Goleadas contra o povo

Publicado: 23 Julho, 2019 – 09h39 | Última modificação: 23 Julho, 2019 – 09h47

Desde quinta-feira, 18, dois navios cargueiros iranianos estão retidos no Porto de Paranaguá (PR), impedidos de seguir viagem devido à recusa da Petrobrás em abastecer as embarcações, que trouxeram ureia do Irã e retornariam ao país levando milho nacional. O motivo alegado é a ameaça do governo norte-americano de retaliar as nações e empresas que comercializarem com o Irã.

O embargo econômico foi imposto pelos EUA unilateralmente. Não há sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã. O problema deve agravar-se nos próximos dias, já que outros dois navios iranianos trazendo ureia estão se aproximando do Porto de Imbituba, em Santa Catarina.

Trump é meu amigo. Mexeu com ele, mexeu comigo

No domingo, 21, Bolsonaro reafirmou que o Brasil está alinhado com a política dos Estados Unidos. “Fazemos o que tem de fazer… Eu, particularmente, estou me aproximando, cada vez mais, do Trump”, declarou.

Ao impor ao Brasil a agenda autoritária do presidente norte-americano, Bolsonaro, que tanto prega a não ideologização do Estado, viola a soberania nacional e ainda impõe prejuízos bilionários aos exportadores brasileiros.

No ano passado, o Brasil exportou US$ 2,2 bilhões para o Irã, a maioria produtos agropecuários, como milho, soja e carne bovina. Só nos seis primeiros meses de 2019, essas exportações cresceram 22% e representaram US$ 1,3 bilhão na nossa balança comercial.

Saída da Petrobrás do setor de fertilizantes deixou o Brasil refém das importações

Além da vergonhosa submissão ao governo Trump, o boicote ao Irã traz à tona outro fato também relacionado à soberania nacional: o aumento da dependência das importações de ureia e de outros nitrogenados, em função do desmonte e privatização do setor de fertilizantes da Petrobrás.

Os navios iranianos estão trazendo cerca de 600 mil toneladas de ureia importadas pelo agronegócio. O produto é um insumo nitrogenado utilizado em fertilizantes agrícolas e em suplementos minerais para o gado. Segundo dados da Globalfert, importamos no ano passado 8,7 milhões de toneladas de fertilizantes nitrogenados, dos quais, 5,4 milhões foram ureia.

O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo e, com o desmonte da Petrobrás, tornou-se ainda mais dependente das importações, o que compromete a soberania alimentar. O país importa mais de 75% dos insumos nitrogenados, na direção contrária de outras grandes nações agrícolas, cujos mercados de fertilizantes estão em expansão.

“Com a Petrobrás saindo do setor de fertilizantes nitrogenados, e ainda se sujeitando aos movimentos políticos dos EUA, o Brasil corre o risco de desabastecimento de fertilizantes. E isso tem impacto direto na alimentação. A Ureia é utilizada na pecuária, na produção de cana, feijão e batata, que são alimentos básicos do povo”, alerta o diretor da FUP, Gerson Castellano, funcionário da Araucária Nitrogenados (PR), uma das fábricas de fertilizantes da Petrobrás que está sendo vendida.

Os governos Lula e Dilma trabalharam para reduzir a dependência externa a menos de 10%, através da implementação do Plano Nacional de Fertilizantes e da ampliação da participação da Petrobrás no setor. As últimas gestões da empresa, no entanto, abortaram os projetos de novas fábricas, como a Fafen Uberaba e a Fafen Mato Grosso do Sul, que chegou a ter 85% das obras concluídas, mas está sendo vendida, junto com a fábrica de Araucária. As outras duas unidades de fertilizantes da Petrobrás – Fafen Bahia e Fafen Sergipe – estão praticamente paradas, em processo de hibernação.

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Comentários

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LUPE

24/07/2019 - 12h15

Caros leitores

Se o Irã deixa de comprar do Brasil………..>>> . empresários ferrados,
postos de trabalho fechados,
e economia prejudicada,
no Brasil

É o Exterminador do Brasil destruindo o Brasil a todo vapor.

Para proveito próprio , de seus c….. (quantos milhões??????)
e contribuição à custa do Brasil e dos brasileiros
para vitória na geopolítica

dos nossos superpoderosos inimigos
(estrangeiros).

Governo de direita é isso aí.

Depois, o PT é que é o inimigo do Brasil e dos brasileiros,
segundo “eles”……..

Luiz

24/07/2019 - 11h16

Eu defendo a tese de que a Carmen Miranda salvou o Brasil de uma catástrofe nuclear.

Paulo

23/07/2019 - 20h12

Mas os EUA cobraram alinhamento automático do Brasil à sua política externa? Se cobraram, o que darão em troca de nossa submissão? Se não cobraram, por que Bolsonaro se oferece tanto? Ou a questão tem a ver com a Petrobrás, apenas (por deter ações em Bolsa, nos EUA, ela está sujeita a controles, sob pena de vir a sofrer retaliações)?

Vitor f

23/07/2019 - 19h28

Porfavor! Isso se chama viralatismo puro!

Alan C

23/07/2019 - 16h13

CAFEZINHO, ARRANCA DE VEZ ESSE FILTRO!!!!!!

Pelo amor de Deus….

Alan C

23/07/2019 - 16h11

Boa bozolândia!!!!!

Reabastecer um cargueiro de porte médio não custa mais que 200 mil dólares, vamos arredondar a conta e assumir meio milhão de dólares para os dois navios. Pois bem, a bozolândia, animal como sempre, vai trocar meio milhão por 2,2 bilhões….

VAI BOZOLÂNDIAAAA!!!!!

    Marcio

    23/07/2019 - 22h18

    E os países árabes vão parar de comprar no Brasil… não aprendem não tem jeito.

      Alan C

      24/07/2019 - 09h11

      Da mesma forma como a China “não diminuiu” a compra da soja brasileira.

      Não aprendem, não tem jeito…

        Marcio

        24/07/2019 - 10h04

        Diminuiu sim (nào por problemas com o Brasil como vocè gostaria que fosse mas por reaproximaçào com os EUA).

        Na epoca era “parou” agora è “diminuiu”….?

        Nào vou alèm….Boa Sorte !!

          Alan C

          24/07/2019 - 10h10

          Enfim assumiu.

Marcio

23/07/2019 - 14h43

OBS: que título mais imbecil…

    Ioiô de Iaiá

    23/07/2019 - 20h35

    Se não foi por ordens do EUA, de quem teria sido a ordem de impedir que o Brasil ganhe dívisas com a venda de alimentos? De um imbecil, vira-lata, lesa-pátria? Não sei qual das duas alternativas é pior.
    Como comentei abaixo, a venda de alimentos não está sujeita a sanções.

Marcio

23/07/2019 - 14h17

Abastecer para depois levar sanções dos Estados Unidos e morrer de vez…?

Esses iranianos estão fazendo merda com o nuclear.

    Ioiô de Iaiá

    23/07/2019 - 20h30

    As sanções não se aplicam a alimentos. O milho não serve para atividades nucleares.
    Cabe lembrar que os EUA, Europa e outros países firmaram um acordo com o Irã e quem está descumprindo o acordo são os EUA.

      Marcio

      23/07/2019 - 22h32

      “O milho não serve para atividades nucleares…” É a Dilma comentando, só pode.

        Ioiô de Iaiá

        24/07/2019 - 02h50

        Não entendeu a ironia. E veio com agressão gratuita contra alguém que não tem nada a ver com isso.

    Alan C

    24/07/2019 - 09h13

    HEIN?!??!!?!?!?!!? Sanções do chefe do bozo ao brazilzinho????????????

    Miguel, chama uma ambulância, tem neguinho delirando no Cafezinho!


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