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Inflação da carne fecha o ano com alta de 32,4%

O destaque da inflação foi para o item Alimentação, que impacta mais diretamente as famílias de baixa renda. O sub-item Carnes fechou com alta de 32% em 2019. Frango inteiro (+12%), frango em pedaços (+15%), e ovos (+14,7%) também subiram fortemente acima da inflação. Inflação fecha 2019 em 4,31% e ultrapassa centro da meta Editoria: […]

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O destaque da inflação foi para o item Alimentação, que impacta mais diretamente as famílias de baixa renda.

O sub-item Carnes fechou com alta de 32% em 2019. Frango inteiro (+12%), frango em pedaços (+15%), e ovos (+14,7%) também subiram fortemente acima da inflação.

Inflação fecha 2019 em 4,31% e ultrapassa centro da meta

Editoria: Estatísticas Econômicas | Alerrandre Barros
10/01/2020 09h00 | Última Atualização: 10/01/2020 09h00

Agência IBGE — A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o ano de 2019 em 4,31%, divulgou hoje (10) o IBGE. A taxa ficou acima do centro meta de 4,25%, mas dentro do limite de variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Ou seja, a inflação poderia ficar entre 2,75% e 5,75%. Em 2018, o IPCA foi 3,75%.

Os preços do grupo alimentos e bebidas pesaram no bolso dos brasileiros no ano passado. A alta de 6,37% foi puxada, sobretudo, pelas carnes, cujos preços dispararam no mercado interno devido ao aumento das exportações para a China e à desvalorização do real.

“O destaque ficou com as carnes, cuja variação acumulada no ano foi de 32,40%, com a maior parte do aumento nos preços concentrada no último bimestre (27,61%). Pesou também a alta nos planos de saúde (8,24%), por conta do reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A alimentação fora do domicílio também influenciou o índice, em função do aumento das carnes”, disse o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

Dos nove grupos de despesa pesquisados, apenas artigos de residência tiveram deflação (-0,36%) em 2019. Os demais grupos apresentaram os seguintes índices de inflação: alimentação e bebidas (6,37%), habitação (3,9%), vestuário (0,74%), transportes (3,57%), saúde e cuidados pessoais (5,41%), despesas pessoais (4,67%), educação (4,75%) e comunicação (1,07%).

Já entre as regiões metropolitanas e capitais pesquisadas pelo IBGE, Belém acumulou maior inflação em 2019 (5,51%), também por conta da alta no preço das carnes. A região metropolitana da capital do Pará foi seguida por Fortaleza (5,01%), Campo Grande (4,65%), São Paulo (4,60%) e Goiânia (4,37%), todas acima da média nacional.

A menor taxa de inflação foi observada em Vitória (3,29%), influenciada pela queda na energia elétrica. Os outros menores índices foram registrados no Recife (3,71%), em Brasília (3,76%), Rio Branco (3,82%) e Salvador (3,93%).

Em dezembro, inflação foi a maior desde 2002

Os preços das carnes também puxaram a alta do IPCA em dezembro, que ficou em 1,15%, acima dos 0,51% registrados em novembro. Segundo Kislanov, foi o maior resultado para o mês de dezembro desde 2002, quando a inflação foi 2,10%.

“Outras altas foram observadas no mês, com destaque para os combustíveis (3,57%) e as passagens áreas, que subiram de 4,35% em novembro para 15,62% em dezembro. Os jogos de azar (12,88%) também impactaram a inflação de dezembro, em função do reajuste nos preços das apostas, vigente desde novembro”, disse o gerente do IPCA.

Calculado pelo IBGE desde 1980, o IPCA abrange famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, que vivem nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia e Campo Grande. O índice completou 40 anos este mês. Veja reportagem especial no Lentes.doc.

INPC fica acima do IPCA

O IBGE também divulgou hoje (10) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como referência para os reajustes salariais, encerrou 2019 com alta de 4,48%, acima dos 3,43% de 2018. Em dezembro, o índice, calculado com base no rendimento das famílias que ganham de um a cinco salários mínimos, variou 1,22%. Foi o maior resultado para o mês desde 2002, quando registrou 2,70%.

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Comentários

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Alan C

10/01/2020 - 13h22

E os salários aumentaram quantos por cento mesmo??

Aumentaram??

VAI BOZO!

Paulo

10/01/2020 - 12h43

As vezes fico pensando se esses pecuaristas, beneficiados com pomposos subsídios, hauridos do bolso dos brasileiros, não ficam constrangidos em privar os brasileiros de um produto de consumo básico para ganhar dinheiro alimentando outro povo…

    Evandro Garcia

    10/01/2020 - 15h24

    Na Europa existem dezenas de subsídios para o agronegócio, muitos “a fundo perdido” para quem empreende no campo, principalmente os mais jovens… é a coisa mais normal e saudável do Mundo que seja incentivado.

    Ninguém ficou sem comer carne, muito menos você.

      Paulo

      10/01/2020 - 19h20

      Olha que tem gente que, no mínimo, reduziu o consumo, viu!? É normal por segurança alimentar, na Europa e no Japão, por exemplo. Mas no Brasil é desnecessário, até porque não é um setor empregador, ao contrário, é expulsor de mão-de-obra…

        Wellington

        13/01/2020 - 11h08

        E’ sò vocè sair do ar condicionado e ir pro campo par dar o bom exemplo.


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