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1º ano de Bolsonaro: subutilizados sobem para quase 28 milhões e informais para quase 40 milhões de brasileiros

Separamos textos e gráficos divulgados hoje pelo IBGE, para o leitor entender o que aconteceu ao mercado brasileiro de trabalho. Chamamos atenção especialmente para o crescimento dramático da população de “subutilizados”, que soma os trabalhadores desocupados e subocupados: ao final de 2019, eram 27,6 milhões de brasileiros, mais de 12 milhões acima do número registrado […]

41 comentários
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Separamos textos e gráficos divulgados hoje pelo IBGE, para o leitor entender o que aconteceu ao mercado brasileiro de trabalho.

Chamamos atenção especialmente para o crescimento dramático da população de “subutilizados”, que soma os trabalhadores desocupados e subocupados: ao final de 2019, eram 27,6 milhões de brasileiros, mais de 12 milhões acima do número registrado ao final de 2014.

Além destes, o número de desalentados triplicou desde 2014, passando de 1,58 para 4,76 milhões de brasileiros.

Em percentual, a taxa de subutilização representou 23% de toda a força de trabalho no país.

Outro número que chama atenção nos relatórios divulgados hoje pelo IBGE é o contingente da população ocupada informal (empregados sem carteira, domésticos sem carteira, conta própria sem CNPJ, empregador em CNPJ, e trabalhador familiar auxiliar): já são 38,7 milhões de brasileiros trabalhando de maneira informal, 3 ou 4 milhões a mais do que há alguns anos. São 19,5 milhões trabalhando por conta própria sem CNPJ, 11,8 milhões empregados no setor privado sem carteira, 4,8 milhões de domésticos sem carteira, e mais 2 milhões de trabalhadores familiares auxiliares.

A taxa percentual da informalidade no mercado de trabalho atingiu 41,1%  em 2019, recorde dos últimos anos.

Abaixo, você verá uma série de gráficos. Em seguida, o texto divulgado pelo IBGE.

              

Desemprego cai para 11,9% na média de 2019; trabalho informal é o maior em 4 anos

Editoria: Estatísticas Sociais | Carmen Nery
31/01/2020 09h00 | Última Atualização: 31/01/2020 10h02

Agência IBGE — A taxa média de desocupação caiu de 12,3% em 2018 para 11,9% em 2019, a segunda queda anual consecutiva, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (31) pelo IBGE. A pesquisa revelou um contingente de 12,6 milhões de pessoas desocupadas, no ano passado, 1,7% a menos do que em 2018. Porém, na comparação com o menor ponto da série, quando atingiu 6,8 milhões em 2014, a população sem trabalho quase dobrou, crescendo 87,7% em cinco anos.

A informalidade – soma dos trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar – atingiu 41,1% da população ocupada, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas, o maior contingente desde 2016, apesar da estabilidade em relação a 2018. “Houve um aumento de 0,3 ponto percentual e um acréscimo de um milhão de pessoas”, avalia a analista da PNAD Contínua, Adriana Beringuy.

O Brasil conta com 11,6 milhões de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, exceto empregados domésticos – expansão de 4% em relação a 2018 e o mais alto patamar da série histórica iniciada em 2012. O número de trabalhadores por conta própria atingiu o maior nível da série, subindo para 24,2 milhões, sendo que a maior parte (19,3 milhões), sem CNPJ. O número também representa um acréscimo de 3,9 milhões de pessoas desde 2012. Na comparação com 2018, a expansão foi de 4,1% (958 mil).

Esses dados mostram que apesar da ligeira melhora no número de trabalhadores com carteira assinada, com a expansão de 1,1% pela criação de 356 mil vagas – interrompendo a trajetória descendente entre 2015 e 2018 –, ela não foi acompanhada pelos indicadores de informalidade na passagem de 2018 para 2019. Do acréscimo de 1,8 milhão no número de ocupações, 446 mil foram vagas sem carteira assinada; e a maior parte, 958 mil, são ocupações de trabalhadores por conta própria, dos quais 586 mil sem CNPJ.

Já o número de trabalhadores domésticos chegou a 6,3 milhões, permanecendo praticamente estável em relação à estimativa de 2018 (6,2 milhões). Mas o número de pessoas com carteira assinada caiu 3%, de 1,819 milhão para 1,764 milhão, enquanto o contingente sem carteira assinada manteve-se estável, somando 4,5 milhões.

O número de empregadores totalizou 4,4 milhões em 2019, estável em relação à 2018, mas representando um crescimento de 24,5%, frente ao início da série, em 2012. “Porém esse aumento se deu, principalmente, na faixa dos pequenos empregadores. Do total, 3,6 milhões possuíam CNPJ, enquanto 832 mil não tinham esse registro em 2019”, diz Adriana Beringuy.

Outro indicador em destaque é a população subutilizada na força de trabalho – inclui pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial -, que chegou a 27,6 milhões em 2019, o maior valor da série e 79,3% acima do menor patamar (15,4 milhões), apurado em 2014.

Entre os grupos de atividades, transporte, outros serviços, alojamento e armazenamento, construção e serviços domésticos apresentaram as menores participações na série. Mas a construção apresentou, em 2019, reversão no movimento de retração, totalizando 6,7 milhões de trabalhadores. A agricultura e a indústria mantiveram-se estáveis com 8,5 milhões e 17,7 milhões de trabalhadores, respectivamente. As maiores expansões foram em transporte (4,6%), informação e comunicação (4,1%) e outros serviços (3,9%).

Empregos com carteira assinada avançam no quarto trimestre

No fechamento do último trimestre de 2019, a taxa de desocupação recuou para 11%, com uma redução de 883 mil pessoas – e somando um contingente de 11,6 milhões -, frente ao trimestre de julho a setembro de 2019, quando a desocupação foi estimada em 12,5 milhões de pessoas, ou 11,8%. Essa é a menor taxa do trimestre terminando em dezembro, desde 2015, quando atingiu 8,9%.

O período também registrou queda na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, quando a taxa foi estimada em 11,6%, uma redução de 520 mil pessoas desocupadas.

O maior destaque foi o aumento de 1,8% no contingente de empregados no setor privado com carteira assinada, em relação ao trimestre anterior, atingindo 33,7 milhões; enquanto o número de trabalhadores sem carteira assinada permaneceu estável, com 11,9 milhões. No confronto com o trimestre de outubro a dezembro de 2018, houve expansão de 2,2% no número de trabalhadores com carteira (acréscimo de 726 mil pessoas); e de 3,2%, no de trabalhadores sem carteira representando um adicional estimado de 367 mil pessoas.

“Houve um crescimento expressivo do emprego com carteira assinada, com expansão de 1,8%, o que não ocorria desde o início da série, em 2012. Mas, ainda que o crescimento no quarto trimestre seja um dos maiores da série, o quantitativo de 33,7 milhões, ainda é cerca de 3 milhões inferior ao recorde da série, alcançado em 2014, quando foram registrados 36,7 milhões”, destaca Adriana Beringuy.

A taxa de informalidade atingiu 41% no quarto trimestre, compreendendo um contingente de 38,4 milhões de pessoas. A categoria por conta própria, com 24,6 milhões de pessoas, ficou estável no último trimestre. Na comparação com o último trimestre de 2018, houve elevação (3,3%), representando um adicional estimado de 782 mil pessoas.

Os grupos de atividades que tiveram aumentos no contingente de ocupados na comparação com o trimestre anterior foram: comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (2,1%, ou mais 376 mil pessoas); alojamento e alimentação (3,3%, ou mais 179 mil pessoas); e outros serviços (3,0%, ou mais 151 mil pessoas). Houve redução no grupamento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2,1%, ou menos 178 mil pessoas).

Na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2018 foi observado aumento na indústria (3,3%, ou mais 388 mil pessoas); alojamento e alimentação (5,2%, ou mais 282 mil pessoas); e outros serviços (4,5%, ou mais 221 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

O rendimento médio real habitual (R$ 2.340) no trimestre outubro-novembro-dezembro ficou estável em ambas as comparações. A média anual ficou em R$ 2.330, com pequena variação (0,4%) em relação a 2018. A massa de rendimento real habitual (R$ 216,3 bilhões) cresceu 1,9% em relação ao trimestre julho-setembro. Frente ao mesmo trimestre de 2019, houve alta de 2,5%. A média anual (R$ 212,4 bilhões) subiu 2,5% em relação a 2018.

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Comentários

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Paulo

31/01/2020 - 22h04

A economia parece estar patinando. Uma boa notícia aqui; outra má notícia ali. Fora que dá a impressão de que a grande mídia quer passar pano para Guedes, reforçando toda hora o discurso otimista (afinal a grande mídia apoiou e apoia as “Reformas”), mas a verdade é que tá um marasmo danado…

    Alan C

    01/02/2020 - 14h10

    Qual seria a boa notícia na economia?

      Evandro Garcia

      01/02/2020 - 14h41

      Os leilões de pickup bombando…kkkkkkkkkkk

        Alan C

        01/02/2020 - 14h44

        Tem o Monza 87 do Queiróz?? kkkkk

      Paulo

      01/02/2020 - 18h00

      Saldo de mais de 440 mil CTPS assinadas em 2019…

Renato

31/01/2020 - 21h37

Que saudades de Dilma ! kkkkkkkkkkkkk

Antonio

31/01/2020 - 18h21

O governo protofascista é um pesadelo e as pessoas estão demorando a acordar.

Paulo

31/01/2020 - 18h17

Para mais de 40 milhões de brasileiros o que importa são programas de geração de emprego. Inexistentes no desgoverno bolsonaro.

    Andressa

    01/02/2020 - 14h44

    Para analfabetos não tem emprego formal nem hoje e nem nuca, mas você poderia oferecer um para alguém.

      xique xique severino

      03/02/2020 - 08h01

      Pra vc não tem emprego formal.

    Paulo

    01/02/2020 - 18h00

    Esse não sou eu. Fiquem atentos!

Marcus Vinicius Machado Padilha

31/01/2020 - 15h16

Como diria o justo verísissimo: “quero mais é que pobre se exploda!”. Não queriam o bozonazi?

    Wellington

    01/02/2020 - 15h21

    Você emprega quantos ?

Evandro Garcia

31/01/2020 - 13h24

A soluçào é sempre a mesma…em vèz de esperar sempre tudo pelo governo temos que passar do bla bla bla aos fatos…quem se anima a abrir uma empresa, bora…?

    Paulo

    31/01/2020 - 22h06

    Ué, você quer que todos sejam empresários? Mas com todos esses caciques não vai faltar índio pra trabalhar pros empresários?

      Alan C

      01/02/2020 - 14h15

      A China tem 1 bilhão e 300 milhões de empresários uhahuahuauhahuauhauh

        Evandro Garcia

        01/02/2020 - 14h40

        Que esquerdistas adorem ditaduras e o trabalho escravo não é novidade.

          Alan C

          01/02/2020 - 14h45

          Já mudou de assunto… Uma vez camundongo, sempre camundongo! rsrsr

      Evandro Garcia

      01/02/2020 - 14h40

      Todos não, os empregados públicos cheios de bla bla bla seriam suficientes.

        Paulo

        01/02/2020 - 18h02

        Mas aí quem toca o Estado brasileiro? Lembrando que já temos pouquíssimos servidores, comparativamente a outros países (vide o caso do INSS!)…

        Alfacee

        03/02/2020 - 08h03

        “precisa aceitar a democracia”

Alan C

31/01/2020 - 12h37

O números são muito claros e não deixam dúvidas, para dar base ao que estes números falam vamos para a prática.
Eu moro numa capital de estado, que por sinal é considerado rico. Aqui a quantidade de trabalhadores informais aumentou assustadoramente, vemos gente vendendo de tudo na rua, inclusive gente bem vestida, de classe média, gente que provavelmente perdeu o emprego e está se virando como pode.

É a primeira vez que vejo isso acontecer desta maneira, nem naquela crise estranha no governo FHC, onde ele ia nas conferências mundiais se fazendo de coitado alegando que a crise estava afetando demais o Brasil, eu vi cenário semelhante.

Já vi trabalhos “intermitentes” sendo oferecido a menos de R$ 5 a hora. Os postes estão lotados de pequenos avisos de conserta-se isso e aquilo, sem falar da “uberização” dos postos de trabalho, jornadas semi-impossíveis, salário reduzido, sem direitos…

De PT a bozo o Brasil indo a passos largos pra um lugar que será quase impossível retornar.

    Evandro Garcia

    31/01/2020 - 16h06

    E agora…vai empregar quantos hoje ?

      Alan C

      01/02/2020 - 12h28

      kkkk tá sem criatividade né rsrsrs

        Wellington

        01/02/2020 - 14h45

        Nenhum né, como sempre fica esperando os outros.

          Alan C

          01/02/2020 - 14h47

          3 laranjas
          1 monza 87
          2 milhões na conta

          Wellington

          01/02/2020 - 15h23

          Parabéns pelo patrimônio….kkkkk

          Andressa

          01/02/2020 - 15h27

          Tá bombando a sue empresa heim….kkkkk

          Maria do Rosário

          03/02/2020 - 08h04

          Vc empregou quantos hoje?

Abdel Romenia

31/01/2020 - 12h22

Milhoes de pessoas (mao de obra barata sem qualificaçào nenhuma) nunca mais terào emprego formal, dificilmente o desemprego cairà abaixo de 10%.

Santos

31/01/2020 - 12h21

Título contorto para não dizer que o desemprego tá recuando.

    Redação

    31/01/2020 - 13h02

    não, é um título crítico para destacar as áreas que ainda são problemáticas e que precisam ser atacadas, com urgência. 40 milhões de informais não é brincadeira, isso é uma bomba contra a produtividade do trabalho, conforme diversos estudos.

      Abdel Romenia

      31/01/2020 - 13h20

      Isso significa que o trabalho tem e quem sabe trabalhar nào fica parada um dia.

      Para quem resolve ser autonomo abrir o CNPJ para MEI é uma formalidade que demora 5 minutos e custa 50 R$/mès de INSS, etc. E’ pura ignorancia nào fazer isso, nada mais. O Brasil é Pais de pequena e media empresa no maximo.

      Trabalhador dependente sem carteira assinada é uma questào legal pois obviamente é proibido. Provavelmente a maioria deve ser no N e NE onde quase nào existe lei. Isso é resultado dos altos custos para manter um trabalhador, os famosos encargos trabalhistas.

      Alias como fazem a saber quantas pessoas trabalham sem carteira assinada, os empregadores se autodenunciam ao IBGE…?

        Votin Rabah

        03/02/2020 - 08h05

        #abdelmeusovo

        xique xique severino

        03/02/2020 - 08h44

        vc empregou quantos hoje?

          Abdel Romenia

          03/02/2020 - 09h22

          Eu mesmo estou cagando e andando com isso.

    Gilmar Tranquilão

    31/01/2020 - 18h17

    Contam até mendigos pedindo esmola como gente empregada kkkkkkkk

      Renato

      31/01/2020 - 21h41

      Pior fizeram Lula, Dilma e o Petê que contavam mendigos pedindo esmola como classe média !

        Wellington

        31/01/2020 - 21h58

        58 trilhões retirados da pobreza com unhas e dentes Kkkkkkkkkkkk

          Alan C

          01/02/2020 - 12h30

          Pra bozolândia é assim, sentou numa bicicleta? Tá empregado!!! rsrsrsr


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