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Jaques Wagner a Ciro sobre DEM: “canoa furada”

O senador Jaques Wagner (PT-BA), em entrevista à Rádio Metrópole, falou do cenário para as eleições municipais de 2020 e referiu-se às alianças costuradas pelo PDT de Ciro Gomes e o DEM de Antônio Carlos Magalhães. Ele também apresentou as potenciais candidaturas do Partido dos Trabalhadores para a capital baiana e tratou de questões conjunturais […]

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O senador Jaques Wagner (PT-BA), em entrevista à Rádio Metrópole, falou do cenário para as eleições municipais de 2020 e referiu-se às alianças costuradas pelo PDT de Ciro Gomes e o DEM de Antônio Carlos Magalhães.

Ele também apresentou as potenciais candidaturas do Partido dos Trabalhadores para a capital baiana e tratou de questões conjunturais municipais e regionais do estado da Bahia, passando ainda pelo governo estadual, que hoje é do PT, com Rui Costa.

O senador apostou que o PT deve crescer em termos nacionais eleitoralmente, comparando com 2016, já que na época “o PT estava no olho do furacão”, segundo define.

Além disso, Jaques Wagner lembrou que “defendeu Ciro por muito tempo”, mas que o pedetista está entrando em uma “canoa furada” ao mirar uma aliança nacional com o DEM.

O senador afirmou que Ciro estaria apostando na possibilidade de ser um candidato “agradável à direita, achando que a direita quer um candidato ‘razoável'”.

“Na minha opinião, o pessoal nosso da direita no Brasil entra em qualquer uma desde que ‘farinha pouca, meu pirão primeiro'”, ironizou Wagner, apostando que o opositor de Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022, caso este chegue ao 2° turno, seria um candidato “de centro-esquerda, o campo mais social”.

“Então, Ciro está numa viagem errada. Eu sequer sei se o DEM vai manter isso. Porque aquela vez [em 2002], Antônio Carlos apoiou a candidatura do Ciro. Tudo bem, porque Antônio Carlos não queria apoiar o PSDB, apoiou Ciro. Ele não foi para o 2° turno. Estou dizendo o seguinte: é uma canoa furada”, alertou, lembrando que o DEM “está com todos os pés dentro do Governo”.

“Na pauta da economia, não tem nenhuma diferença entre Governo Federal e Rodrigo Maia”, comparou.

E Wagner adicionou, em tom amistoso: “acho que essa canoa em que Ciro está, e Deus abençoe, porque nunca vou trabalhar contra ele, mas para mim é uma canoa furada”.

A entrevista completa do senador Jaques Wagner tem início em 56min20seg e pode ser acompanhada no vídeo abaixo.

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Comentários

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Clarice

16/09/2020 - 08h43

Sou pedetista e devo concordar com o Jaques Wagner (um dos MELHORES líderes do PT, sem a menor sombra de dúvidas, um nome em quem eu votaria de olhos vendados para presidente): pragmatismo tem limite. O DEM é um partido ultraconservador, que abriga a escória da política nacional como Caiado, Holiday, Kataguiri, Onyx. Não conheço a situação de Salvador e até posso acreditar que o ACM Neto faça por merecer sua gigantesca aprovação popular (o que não quer dizer tanta coisa assim, o PSDB sempre gozou de boa aprovação popular em São Paulo mesmo fazendo gestões desastrosas). Mas ao que me consta, ACM não passa de um playboyzinho, um Doria baiano. Indicar a vice desse sujeito visando ter um partido como o DEM na chapa presidencial de 2022 me afastaria bastante do PDT.

    Alexandre Neres

    17/09/2020 - 01h43

    Muito bom o seu comentário, vou tentar não tripudiar. Primeiro, Jaques Wagner não é lá nenhuma Brastemp, sem dúvida é um político habilidoso. Em terra de cego… Sua crítica ao DEM é perfeita. Vide o papel desempenhado por Rodrigo Maia, porta-voz do rentismo e o grande fiador do projeto neoliberal do Brasil. Representa nossas elites carcomidas que fazem pouco caso dos retrocessos civilizatórios, mas qualquer coisa que vá contra o austericídio ficam de cabelo em pé. Carlos Lupi disse que está sendo criada uma aliança de centro-esquerda (sic). Ciro Gomes aduziu que está sendo refundado o centro político. Não sei por quê, mas tenho a impressão que já vi esse filme antes nos anos 90. Para quem conhece a política brasileira, sabe que este país é praticamente ingovernável. Uma coisa é fazer alianças táticas, ceder um naco enquanto se tem a hegemonia, no fio da navalha tentando manter esses insaciáveis a uma certa distância do poder e dos cofres, se não não se aprova nada no Congresso, outra bem diferente é a aliança estratégica entabulada entre PSDB e DEM, selando a ida de FHC para a centro-direita. Um abraço


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