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Amoedo faz críticas a Bolsonaro e defende alternativa para 2022

O Fundador do Partido Novo, João Amoedo, agora defende o impeachment do presidente Jair Bolsonaro pela desastrosa condução na pandemia e a iminente crise econômica como consequência do desgoverno. “Eu não imaginava nada muito positivo, especialmente pelo histórico do Bolsonaro. Nunca teve uma visão liberal nem tinha experiência em gestão de pessoas. Mas, no primeiro […]

9 comentários
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O Fundador do Partido Novo, João Amoedo, agora defende o impeachment do presidente Jair Bolsonaro pela desastrosa condução na pandemia e a iminente crise econômica como consequência do desgoverno.

“Eu não imaginava nada muito positivo, especialmente pelo histórico do Bolsonaro. Nunca teve uma visão liberal nem tinha experiência em gestão de pessoas. Mas, no primeiro momento, ele tinha alguns quadros, como o Paulo Guedes, o Moro, que davam certa credibilidade ao governo. Isso foi desmoronando ao longo do tempo. E ele ainda teve o ônus de assumir a crise na saúde, o que explicitou a incapacidade dele”, disse na Folha.

Para 2022, Amoedo defende uma alternativa a polarização entre Bolsonaro e PT e diz que vai trabalhar para que isso aconteça.

“Ainda não tenho pensado sobre o assunto (sua candidatura), não é uma prioridade. Entendo que precisamos ter uma alternativa viável, que não nos coloque de novo nessa polarização entre PT e Bolsonaro. O populismo está muito presente em ambos. O PT nunca teve coragem de assumir os seus erros. Isso é preocupante. Quem não assume os erros possivelmente irá repeti-los”

O liberal também comentou a volta do ex-presidente Lula no xadrez político de 2022 e falou em supostas semelhanças com Bolsonaro.

“Lula e Bolsonaro têm muitas características semelhantes: se colocam como salvadores da pátria, fazem ataques a instituições, não reconhecem erros, sempre culpam os outros, têm discurso populista, estão sempre pensando em eleições”

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EdsonLuiz.

16/03/2021 - 22h06

Cabe um comentário:

O Partido Novo disputou as eleições presidenciais de 2018 com uma proposta claramente conservadora.

Quem é o conservador? O conservador é um progressista que defende os mesmos valores libertários do liberalismo político, sua concepção principal, sendo influenciado secundariamente, no entanto, por outras fontes de idéias menos divulgadas e que aparentemente possuem menor aderência na sociedade, mas que na prática permeia e influencia muito nossa cultura ocidental. A maior dessas influências secundárias do conservadorismo é o positivismo, que nos dias atuais, quando usado, sofre alguma modernização. Nas nossas instituições, é um pensamento muito forte nas Forças Armadas, daí seu caráter tão conservador.

O fato é que o pensamento conservador representa uma fração importante… / vou corrigir: representa uma fração muito importante da opinião na sociedade. A visão conservadora tem muitos pontos de divergência com as idéias gerais atuantes , mas também muitos pontos de identificação. A grande divergência se dá com as ideias marxistas em geral, e com qualquer tipo de autoritarismo político, incluindo o autoritarismo fascista. Foi, por exemplo, os conservadores britânicos que lideraram o enfrentamento ao nazismo na Europa.

Qualquer adepto de matriz autoritária, seja o marxismo stalinista, seja o nazismo ou mesmo o positivismo hierarquizante, têm horror ao conservadorismo político, que lhe trava um combate pela defesa das liberdades sem trégua. Assim, não surpreende que qualquer político de índole autoritária, seja de esquerda, seja de direita, refugue e tenha horror ao conservadorismo político.

Em relação ao liberalismo em geral e mesmo em relação a marxistas modernizados, afora algumas divergências mais sérias com estes quanto a questões como propriedade privada e tributação em geral – seja tributação de patrimônio e renda, seja tributação de atividade econômica – a grande diferença, e no caso não se trata de divergência e sim de diferença apenas, é do ritmo de mudanças que defende. Um conservador não apressa o passo por guardar bem maior precaução com a história, escolhendo primeiro consolidar o avanço conquistado, sem arriscar um retrocesso, para depois prosseguir na conquista de novo avanço.

No Brasil, nós, à esquerda – os social-democratas, menos; os de esquerda, mais; e os de extrema-esquerda, totalmente – estranhamos muito as posições da direita conservadora, mas esse estranhamento se dá principalmente por ignorância total do que seja o conservadorismo, ignorância que é a tônica da nossa vida política, e estranhamos também por intolerância mesmo, por não aceitar conviver com os que pensam diferente de nós. O Brasil é um país de extremos políticos e funciona em um clivo contraproducente direita/esquerda.

Esse clivo Direita – Esquerda precisa ser ultrapassado. Ninguém deve ter medo de se modernizar e perder a intolerância. O pensamento de esquerda em todas as suas nuances e o pensamento de direita em todas as suas nuances sempre existirão na sociedade por representarem segmentos legítimos de opinião política. As idéias políticas, todas, de qualquer dos lados do espectro político, sempre serão relevantes; o clivo dicotômico que é feito em sociedades atrasadas é que deve acabar por ser maniqueísta e só servir aos antipolíticos, aos autoritários, aos antiprogressistas, a quem não gosta ou não entendeu a democracia. Maniqueísmo e dicotomia é coisa de autoritários atrasados, como a família bolsonaro.

No Brasil, agora, finalmente, temos uma promessa de organização de representação do conservadorismo com o Partido Novo, coerentemente conservador. Devemos saudar seu surgimento e desejar que o Partido Novo se consolide. Do mesmo modo devemos saudar o surgimento do PSOL, coerentemente à esquerda, e desejar que se consolide também.

Paulo

16/03/2021 - 21h02

Melhor partido do Brasil hj. Novo 30.

    Paulo

    16/03/2021 - 21h48

    Esse não sou eu…Novo? Não…

      Paulo

      17/03/2021 - 18h47

      Claro q sim.

Alan C

16/03/2021 - 13h07

Todos esses que apoiaram o asno e agora querem “uma alternativa pra 2022” não mudaram de ideia, apenas viram o fracasso que foi esse circo miliciano-bandido-inútil da bozolandia e querem surfar na onda do “nunca fui bozo”.

E que fase do golden shower, ninguém quer aparecer do lado dessa múmia de peruca.

EdsonLuiz.

16/03/2021 - 12h30

As forças políticas no Brasil não são bem definidas; por extensão, os Partidos Políticos não possuem identidade suficiente para serem localizados adequadamente no arco do espectro ideológico.

Sem incorporar uma matriz ideológica que os defina, os partidos políticos brasileiros ganham caráter de partidos avulsos, não vocalizando como deviam uma visão de mundo, seus valores, princípios e objetivos claros de políticas e sociedade. Desobrigados de qualquer coerência ideológica, mantêm a coesão interna e a mobilização com discursos de justificação mais em contraste com os outros aglomerados – isso a que chamamos partidos , contraste este baseado em acusações pessoais, muitas vezes levianas (e levianos que são, se adiantam para acusar exatamente de levianos aqueles que não são é que os denunciam, confundindo os fatos para não serem desmascarados. Do mesmo modo passaram e passam a vida acusando de corrupto quem não é corrupto, e no entanto vão se abraçar com a pior corja, com os quais fazem alianças explicitas e se corrompem – lembram o PT com Michel Temer, com a corja do PP, com Paulo Maluf – mas tentam constranger adversários de fazer aproximação saudável com atores e forças políticas avulsas que não se tem por venais).

Não há disputa de idéias entre os partidos políticos por não haver ideias a serem disputadas. Os partidos, despidos de uma ideologia, passam a servir a interesses de grupos particulares e pessoais, em um uso deprimente de como a política é exercida.

Se os partidos são assim, seus filiados militantes, desorientados, mal orientados ou simplesmente usados para os interesses de grupos e pessoas, e até mesmo usados perigosamente por algum líder carismático e populista que os manipule event … (eu ia escrever EVENTUALMENTE, mas no Brasil estamos assistindo neste exato momento a dois líderes populistas e carismáticos manipularem sua militância contra instituições e pessoas para se defenderem de acusações e condenações por corrupção e outras, politizando questões judiciais e mesmo manobrando o judiciário e outras instituições do Estado em seus proveitos pouco republicanos e nada honestos), retomando: … seus militantes, até mesmo usados por líderes populistas carismáticos, se prestam a um combate inútil e estéril, desfazendo o significado nobre que tem o exercício político, de gerar o consenso possível para funcionar a sociedade no sentido de progredir material e culturalmente para a construção de humanismo e suas essencialidades de empatia, tolerância, diversidade e justiça.

Em qual matriz de idéias nossos Partidos estão assentados? Falta aos nossos partidos a base teórica que fundamente o motivo de suas existências. O PSDB e o PT, surgidos na efervescência da abertura política pós ditadura militar, prometiam ultrapassar a condição de existirem como partidos avulsos e incorporarem uma matriz ideológica, mas a promessa não vingou e o PSDB e PT perderam completamente suas identidades políticas originais e com isto sua coerência, e por isto estão sujeitos a desaparecerem assim que partidos coerentes se fortalecerem para ocupar no espectro o sabor ideológico que o PT e o PSDB deviam ter.

O PT, na origem, surgiu como uma frente de vários pequenos grupos trotskistas associados a sindicalistas e militantes das comunidades animados por padres ideologicamente à esquerda na igreja católica. O apoio de amplos setores do catolicismo, que nos anos oitenta representavam em torno de 90% de nossa religiosidade, guindou o PT a partido de massas, o único partido de massas de nossa história republicana. A presença massiva dos católicos reforçou o peso político do sindicalista Lula da Silva, em torno de quem o PT passou a existir, eclipsando os grupos marxistas, que foram se retirando do PT e constituindo partidos próprios. No PT, de marxista restou muito pouco, e assim, um partido surgido originalmente para ser o partido político da esquerda brasileira, deslizou para o centro polįtico buscando deslocar o partido surgido originalmente para este lugar no espectro, o PSDB, que não tendo mais apelo na centro-esquerda, pulou uma casa e foi alojar-se na direita do espectro.

Ocorre que a motivação para o surgimento do PT, da sua militância política original, não era uma militância de centro-esquerda, e como o PT foi monopolizado pelo Lulismo, de natureza populista e que não tem nenhum compromisso com ideias ideológicas, o PT se tornou um partido esquizofrênico, misturando um discurso de Ultra-Esquerda com a prática neoliberal mais deslavada, perdendo completamente sua identidade, inclusive sua identidade de aspecto moral. O PT ficou sem identidade nenhuma e hoje existe apenas para servir aos mandos e desmandos de Lula da Silva, mesmo a seus interesses nada defensáveis.

Do PSDB pouco é necessário dizer. Se localizou como partido de direita no espectro após a morte de fundadores social-democratas, restando Fernando Henrique e José Serra, intelectuais e operadores políticos soberbos, que ali no PSDB de hoje não passam de fantasmas do que foram e do que podem ser. O PSDB, não tendo origem na direita política, não sabe ser de direita e se transforma a cada dia em mais um partido avulso brasileiro.

Ao Brasil resta a esperança de que, no sabor de direita do espectro político se fortaleça o Partido Novo, de João Amoedo, partido coerentemente de direita, baseado na matriz liberal, e a mesma esperança de que se fortaleça o PSOl, partido coerentemente de esquerda, baseado na matriz marxista.

Os espaços de centro-esquerda e de centro-direita no espectro estão vagos. Eu espero muito que a articulação pela candidatura de Ciro Gomes reúna Marina Silva, Roberto Freire, Eduardo Jorge, Miro Teixeira, Fernando Gabeira, Cristóvão Buarque, o PV, o PDT, o Rede, o Cidadania, o PSB e outros atores políticos, e desses partidos políticos, que eu considero fragmentos da mesma força, surja o necessário partido da Centro-esquerda brasileira, baseado na matriz liberal de corte de esquerda e com influências marxistas, assimilado à social-democrata alemã.

edsonmaverick@yahoo.com.br

Alexandre Neres

16/03/2021 - 10h31

Quando vejo que um partido supostamente liberal somente neste momento pulou fora do desgoverno Bolsonero, depois de ter apoiado maciçamente suas proposições, a verdade vem à tona. O Novo é velho!

    Renato

    16/03/2021 - 14h28

    Deixe de ser idiota (sei que não vai adiantar). Em todos os governos, por pior que sejam, há medidas que têm que ser aprovadas e merecem apoio. O que for da agenda liberal os partidos liberais têm que apoiar , o que não for não é apoiado. É assim que as coisas funcionam !

      Paulo

      17/03/2021 - 18h51

      Querer q esse pessoal da esquerda compreenda isso, Renato, é querer demais aqui na AL. A lógica deles é somente apoiar o que os beneficia e rejeitar o q beneficia o grupo oposto ao deles.


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