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Nelson Barbosa avalia que Teto de Gastos trouxe ‘mais prejuízos’ ao Brasil

O ex-ministro da Fazenda e do Planejamento, Nelson Barbosa, declarou que é “incontestável” que o famigerado Teto de Gastos, sancionado no Governo Temer (MDB), trouxe grandes prejuízos ao Brasil. “Acho incontestável que trouxe mais prejuízos”, declarou o economista a Folha de São Paulo. Ele corroborou com a presidente Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e defendeu […]

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Imagem: Agência Brasil

O ex-ministro da Fazenda e do Planejamento, Nelson Barbosa, declarou que é “incontestável” que o famigerado Teto de Gastos, sancionado no Governo Temer (MDB), trouxe grandes prejuízos ao Brasil.

“Acho incontestável que trouxe mais prejuízos”, declarou o economista a Folha de São Paulo. Ele corroborou com a presidente Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e defendeu a revogação da medida a partir de 2023, caso Lula vença as eleições.

Barbosa diz que a primeira coisa a fazer é “reduzir a incerteza política e econômica”, criar uma nova âncora fiscal, mas que atenda tanto as demandas populares quanto do mercado financeiro.

“Ao sinalizar uma regra fiscal crível do ponto de vista financeiro e adequada a nossa realidade, com responsabilidade social, a economia já levanta. Temos que criar uma nova âncora de expectativa que passe na Faria Lima, mas passe nas ruas também. Porque no curto prazo vai ser necessário reforçar recursos para saúde e educação, manter transferência de renda, [e fazer] investimento público principalmente em desenvolvimento urbano e construção civil nas cidades para gerar emprego”.

Ele também revelou que o PT tem debatido uma nova regra fiscal.

“O que se está debatendo é qual a nova regra fiscal —que deve ser uma meta de gasto, não essa regra oportunista e irresponsável feita pelo [então presidente, Michel] Temer e mantida pelo [presidente Jair] Bolsonaro. O teto é uma possível meta, mas não é a única. O teto está gerando aumento de juros, criando incerteza”. 

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Comentários

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Paulo

11/01/2022 - 23h03

Xará, só o que você acha é relevante…

Sebastião

11/01/2022 - 00h20

Lula vai ganhar pela comparação do governo dele, em comparação ao de Bolsonaro. Mas, precisa se precaver e evitar se preciptar no que vão falar. Não é porque está liderando, que deve falar qualquer coisa. O eleitor é pragmático. E quer facilidades de ganhar dinheiro. E se, a direita criar um discurso dizendo que o PT é contra a “independência” do BC e que por isso, pode acabar com o PIX? Isso seria perfeito pra direita. E outra, em que o eleitor será beneficiado em não privatizar uma estatal? Fora os funcionários?

Ugo

10/01/2022 - 19h50

PT e Cia entendem muito bem de contas publicas e como estoura-las.

Essa gente nao tem a minima vergonha na cara.

Paulo

10/01/2022 - 19h14

Imaginar q um keynesiano, pseudo economista, e ainda alinhado ao ptismo, fosse falar o contrário seria um milagre.
O q keynesianos acham ou deixam de achar em questão de economia é irrelevante.

EdsonLuíz.

10/01/2022 - 17h03

Nelson Barbosa foi o primeiro a propor teto de gastos como âncora para a economia, para evitar a deriva do navio Brasil devido aos desequilíbrios causados na economia pelo próprio PT, desequilíbrios para os quais Nelsom Barbosa colaborou muito.

Antes de prosseguir é importante repetir, para não parecer um engano: Nelson Barbosa foi o primeiro, em 2015, quando voltou para o governo para ajudar a resolver os problemas na economia criados pela “Nova Matriz Econômica” dele e de Lula, que foi a política econômica própria aplicada pelo PT no segundo mandato de Lula em substituição às políticas de Fernando Henrique.

No primeiro mandato Lula manteve a política de Fernando Henrique, emborachamando de “herança maldita”, e tudo foi muito bem, dentro do possível; no segundo mandato, Lula começou a mudar a política econômica e o que ele fez foi gerar a maior recessão da história brasileira, com suas consequências de desemprego e falta de dinheiro para tudo, tanto pelos governos quanto pelas famílias brasileiras.

Eu tenho certeza que se as condições da economia logo depois que o PT saiu fossem as condições de hoje, o Brasil não teria adotado àquela época o teto de gastos como âncora. O teto de gastos foi a resposta dura possível e necessária para as condições difíceis em que o PT deixou nossa economia; e o próprio PT, o próprio Nelson Barbosa, vinha formulando a implantação de proposta de teto de gastos.

As coisas mudaram: os problemas criados pelo PT se mostraram maiores do que se pensava, o governo bolsonaro agravou mais os problemas com suas propostas erradas e a pandemia piorou tudo.

No quadro atual, é preciso mesmo acabar com o teto de gastos e permitir algum investimento com aumento de dívida, para combater o desemprego e a fome trazidos por Lula e sua desastrosa “Nova Matriz Econômica”, problemas agravados por bolsonaro e pela epidemia de Covid-19.

Mas se retirar o teto de gastos é necessário colocar outra âncora; a economia do Brasil não resiste se não tiver uma âncora. O teto de gastos como âncora foi muito importante para o Brasil não desabar de vez com o desastre econômico provocado pelo PT. Mas, com o quadro atual, será mesmo necessário substituir o teto de gastos por outra âncora econômica. Substituir o teto por uma âncora que permita retomar com mais força a economia.

Uma nova âncora econômica que deve ser considerada no lugar do teto de gastos é o estabelecimento de um Limite de Dívida.

O Limite de Dívida como âncora deverá ser escalonado. O escalonamento do limite deve permitir que o limite de dívida seja maior agora, para atravessarmos a parte mais grave da crise, e ir diminuindo com o tempo esse limite para que, com dívida menor, aumentar a sustentabilidade da nossa economia.

Sabendo sempre que é fundamental estabelecer prioridade para os brasileiros muito pobres, e não priorizar os trabalhadores modernos sindicalizados e os funcionários públicos. Em países com muitos museráveis, como o Brasil, prioridade de fato é ninguém passar fome e não haver uma multidão tão grande de desempregados!

Aumentar a eficiência dos investimentos e sua alocação também é fundamental. Se não há recursos para investir, privatizar empresas de setores que são mais eficientes pela iniciativa privada é uma opção, com o dinheiro apurado na privatização servindo para alavancar nossa economia em setores modernos.

E, sempre, sem corrupção e sem corruptos: nem empresários, nem empresas, nem políticos corruptos. Muito menos ter um político corrupto na presidência, pois isso seria um péssimo exemplo!

Ciro Gomes presidente!


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