Menu

Senadores protestam contra defesa de partido nazista feita por influenciador digital

As declarações sobre a criação de um partido nazista feitas pelo influenciador digital Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, repercutiram negativamente entre os senadores. Eles foram às redes sociais repudiar as falas feitas num podcast nesta terça-feira (8).  Davi Alcolumbre (DEM-AP), que é judeu, foi um dos que se manifestaram. Ele divulgou uma nota oficial, […]

3 comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

As declarações sobre a criação de um partido nazista feitas pelo influenciador digital Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, repercutiram negativamente entre os senadores. Eles foram às redes sociais repudiar as falas feitas num podcast nesta terça-feira (8). 

Davi Alcolumbre (DEM-AP), que é judeu, foi um dos que se manifestaram. Ele divulgou uma nota oficial, classificando o ato de “repugnante e criminoso”. 

“Durante a transmissão do Flow Podcast, o apresentador Bruno Aiub, conhecido como Monark, defendeu a criação de um partido nazista no Brasil. Defender o nazismo não é liberdade de expressão. Defender um regime que assassinou seis milhões de judeus inocentes só por serem judeus, no maior genocídio da história, é um acinte repugnante e criminoso”, disse. 

Segundo o senador, em tempos de pós-verdade, não faltam disseminadores do discurso de ódio buscando o revisionismo histórico e a negação do genocídio judeu. Para ele, a divulgação de mentiras é uma ameaça permanente. Não só à comunidade judaica, mas a todas as minorias no mundo.

“O estado nazista criou campos de extermínio, dedicados única e exclusivamente a executar inocentes. Tudo isso me marca de maneira profunda, dada as minhas raízes judaicas. A religião reforça meu elo com as vítimas dessas atrocidades, fazendo com que eu me solidarize e padeça duplamente, como ser humano e como judeu. Este é um país construído sobre o respeito à diversidade e o acolhimento ao diferente. Que nós sejamos capazes de manter viva a memória de um passado tão cheio de dor para jamais termos de testemunhar um holocausto novamente”, disse o parlamentar na nota. 

Constituição

A senadora Leila Barros (Cidadania-DF) disse no Twitter que defender um partido nazista fere não só a comunidade judaica, mas a Constituição. Ela lembrou os limites da liberdade de expressão.

“Destilar preconceito, intolerância e desprezo pelas vidas é crime. A liberdade de expressão não pode ser usada como permissão para propagar discursos de ódio”, afirmou. 

Já o senador Styvenson Valentin (Podemos-RN) classificou a atitude de Monark de abominável. Para ele, ou são pessoas ignorantes, que desconhecem a história, ou conhecem e se identificam com as ideias nazistas, o que é muito grave. 

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) também se revoltou com o ocorrido. Para ela, é repugnante usar a liberdade de expressão como pretexto para apologia a crimes abjetos como o nazismo. 

“Nazismo é genocídio; não é liberdade de expressão. Qualquer liberdade precisa estar condicionada ao respeito ao próximo, ao direito à coletividade”, escreveu.

Os senadores Fabiano Contarato (PT-ES) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) também protestaram. Para eles, discurso de ódio não se confunde com liberdade de expressão e as liberdades democráticas não podem ser usadas para defender “ideologias nefastas”. 

“Discurso de ódio não é opinião; além de uma desumanidade acintosa, é crime previsto no artigo 20 da Lei 7.716/1989“, acrescentou Contarato. 

Fonte: Agência Senado

Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

dcruz

10/02/2022 - 08h47

Todas as macabras criaturas que aí estão foram criadas com o presidente dentro daquela onda de ódio e fake news para alijar Dilma do poder e exterminar, se não toda a esquerda, pelo menos o PT, tudo em nome da moral cristã e contra a corrupção. O  presidente nunca negou sua ideologia, inclusive nomeando um de seus ministros que num de seus discurso nazifascista tinha como música de fundo uma música nazista. Foi demitido forçado pelo lado são das instituições.Portanto a esfarrapada desculpa de “que não sabiam” não colam. O presidente foi eleito pelo povo, logo, o  povo tem o governo que merece.

henrique de oliveira

09/02/2022 - 09h12

Pô , já estamos de saco cheio de notinha de repudio , ou protestos nem sempre sinceros dessa corja de políticos e juristas , querem realmente fazer alguma coisa ? apliquem a lei , sim a lei 7.716/89 e coloca essa gente na cadeia imediatamente , caso contrário fica parecendo que as nossas instituições são piores que essa gente.

Liberta

09/02/2022 - 08h04

Mas defender comunismo ou socialismo pode?? Pois que se faça o mesmo tipo de linchamento público a qualquer um que fizer qualquer apologia ao comunismo, ao socialismo ou ao fascismo.
Fazer apologia ao nazismo é de uma burrice tremenda, assim como é fazer apologia às 3 outras citadas anteriormente. Todas farinha do mesmo saco. Mataram, torturaram, foram ditaduras sanguinárias, totalitárias, viviam de ode a alguma figura política central, inchavam a máquina estatal, e por fim provocaram sofrimento e miséria.


Leia mais

Recentes

Recentes