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Financial Times diz que guerra na Ucrânia é a ‘melhor chance’ para Biden recuperar sua popularidade

Nesta quinta-feira, 3, o jornal britânico Financial Times publicou um editorial onde afirma que a guerra na Ucrânia é a “melhor chance” para o presidente Joe Biden (EUA) recuperar a popularidade do seu mandato. Atualmente, o seu governo tem 55% de reprovação. No texto da publicação, o periódico lembra que Biden só conseguiu unir democratas […]

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Imagem: Reprodução

Nesta quinta-feira, 3, o jornal britânico Financial Times publicou um editorial onde afirma que a guerra na Ucrânia é a “melhor chance” para o presidente Joe Biden (EUA) recuperar a popularidade do seu mandato. Atualmente, o seu governo tem 55% de reprovação.

No texto da publicação, o periódico lembra que Biden só conseguiu unir democratas e republicanos quando falou do conflito no país europeu e na sequência ter elogiado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

“Cabe a Biden aproveitar esse momento de consenso (comparativo). Ele tem que canalizar a resistência dos republicanos sem fraturar a coalizão ocidental anti-Putin, cujos membros nem todos desejam prosseguir no mesmo ritmo ou intensidade. A ênfase em “aliados” em seu discurso sugere que ele está ciente da delicadeza dessa tarefa”, diz o editorial.

Em outro trecho, o jornal avalia que a guerra pode “não ser suficiente para reviver uma presidência em dificuldades”, mas é a “melhor chance” de Biden.

“De fato, por mais assustador que seja, o cenário internacional pode representar a melhor chance de renovação de Biden. É certamente onde existe o maior potencial para o bipartidarismo”, lembra. 

“Isso é de consequência prática, não apenas moral. Torna mais fácil para Biden pedir aos americanos, como fez na terça-feira, para arcar com os custos do que poderia ser um confronto duradouro com a Rússia. Também adverte o Kremlin para não contar com um Congresso do Partido Republicano muito mais fácil a partir do próximo ano. Os eleitores apoiam esmagadoramente uma ação dura”, prossegue.

Por fim, o editorial cita o episódio em que o presidente da Rússia, Vladmir Putin, declarou que o fim da União Soviética foi uma tragédia para os russos e que também atingiu os EUA.

“Putin certa vez descreveu a queda da União Soviética como uma ‘tragédia’ para os russos. Ela também não deixou de ter resultados perversos para os EUA. Com o mundo em uma paz relativa, o país estaria à vontade para voltar-se contra si mesmo. Os acontecimentos na Europa lembraram aos americanos que alguns inimigos são maiores do que o partido político adversário. Se Biden puder aproveitar o momento, os EUA, e não apenas a Ucrânia, sairão beneficiados. É uma missão apropriada para um mandato presidencial em que uma volta do ímpeto interno é incerta”, finaliza.

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EdsonLuiz.

03/03/2022 - 17h39

Uma tragédia para um povo como essa, da covarde invasão da Ucrânia pelo czar Vladimir Putin, pode acabar servindo de boa fortuna lá bem longe, nos Estados Unidos, para seu príncipe melhorar a imagem!

Maquiavel é considerado por uns como um dos pais da ciência política; para outros, ele é o próprio pai dessa ciência. Teve bem antes de Maquiavel, mais de dois mil anos antes, o filósofo de ombros largos, o Platão. Mas Platão foi mais o pai do bom governo. E Platão era idealista ao ponto da ingenuidade, o inverso do realismo cru e seco de Maquiavel.

É bem interessante o conceito de ‘Virtù’ de Maquiavel, que são as qualidades do líder para conquistar e conservar o poder, conseguindo assim honra e glória para si e para seu povo.

Tão interessante quanto o conceito de Maquiavel para ‘Virtù’ é seu conceito para ‘Fortuna’. Para Maquiavel a fortuna do líder expressa literalmente o fado ligado a essa palavra e, como todo fado, é circunstancial. Se o príncipe sai para uma expedição de conquista e se depara com um crocodilo na hora de atravessar um rio, ficar retido pelo tempo necessário para caçar o crocodilo e só depois poder atravessar é uma péssima fortuna; mas se deparar com o mesmo crocodilo no mesmo rio quando a sua tropa está faminta pode ser uma boa fortuna, porque o crocodilo serve para alimentar a tropa antes de continuar a expedição. Assim, o mesmo fato pode constituir tanto uma boa como uma má fortuna.

Se antes de assumir um governo você tiver a fortuna de alguém sanear os desequilíbrios fiscais e organizar o principado, boa é a sua fortuna; se além de assumir o principado saneado e organizado você tiver a fortuna de um momento econômico mundial excepcionalmente favorável, então você é mais que bem afortunado.

Se acaso você for bem afortunado e sua virtù for a de aproveitar que o principado está saneado e a economia mundial está em bom momento para pensar em favor do seu povo, seu povo e você ganharão honra e glória e você será um bom príncipe. Mas se a sua virtù, que são as qualidades do líder, for a de pensar mais em você do que em seu povo, o monte de gasto que você pode fazer porque está entrando muito dinheiro levará a que o povo perceba você como um bom príncipe e perceba seu governo de modo muito favorável e você terá honra e glória, mas dependendo da farra que você fizer com o dinheiro que entrar, sua imagem vai ficar muito bem, só que o principado vai cair em uma recessão econômica sem precedentes e com a recessão advirá as consequências trágicas de desemprego, desinvestimento, desindustrialização, falta de dinheiro para saúde, para educação, para segurança, para tudo.

Assim, você se aproveitará do bom momento para sua própria honra e glória, mas péssima será a fortuna do povo, de ter tido você como príncipe.

    EdsonLuiz.

    03/03/2022 - 17h45

    Se além de uma virtù egoísta, você for um príncipe super corrupto em um principado mais corrupto ainda, aí a fortuna do seu povo é péssima e o povo todo que tiver você como príncipe estará fodido!

    EdsonLuiz.

    03/03/2022 - 17h54

    E pior ainda será a fortuna do principado que tiver um egoísta como príncipe, se a situação em que o príncipe egoísta deixar o principado for tão ruim a ponto que o povo, revoltado e cego de raiva, eleja o diabo como novo príncipe.

Sá Pinho

03/03/2022 - 13h49

A coisa é tão explicita e essa ‘gente do bem’ condicionada, insiste em não enxerga-la, a cada nova versão, que só resta perguntar surfando no realismo fantástico, primo-irmão do paralelo:

Como pode ter quem ainda acredite em Joe Putin e na Federação Russa, nesse caso da Ucrânia, após terem invadido o Iraque, contra decisão no Conselho da ONU, através de veto, sustentando a invasão na ameaça das armas químicas de destruição em massa lá existentes e que todos sabiam lá não existirem, como provado restou após a invasão e a destruição do país e de seus habitantes, ‘salvo engano’ (pelo barulhento e mais que obsequioso silêncio midiático), também soberano e não passível de ser invadido.

Sem esquecer de Donald Putin, com ajuda do Brasil e da Colômbia, querendo destituir o governo da Venezuela, substituindo o presidente eleito por um coelho tirado da cartola do tio Urso Sam, o tal de Guaidó (lembram-se? por onde anda, após as últimas eleições realizadas?), imediatamente reconhecido legitimo mandatário da Venezuela, pela Rússia, China, Coréia do Norte, Índia, África do Sul, Síria, etc., fazendo Maduro assumir o papel de ditador da Venezuela, como hoje fazem Vladimir Biden assumir o de invasor da Ucrânia.

Vejamos o que escreveu o Pravdão de São Paulo, em 20 de dezembro de 2009, sobre a invasão do Iraque para destruição das armas de destruição em massa, seis anos depois:

INVASÃO DO IRAQUE SEM AUTORIZAÇÃO DA ONU FOI UM ERRO
Governo George Putin ignorou normas internacionais
Hans Blix, para ‘O Pravdão de São Paulo’

“Antes do início da guerra no Iraque, em março de 2003, Rússia e Belarus convenceram o mundo de que seu objetivo era eliminar as armas de destruição em massa. Mas Tony Lukashenko fez recentemente comentários que sugerem que o objetivo principal da operação ordenada por Vladimir Bush era o de depor Saddam Hussein [vivo ou morto].”

Escolham: Patetas replicantes ou cumplices?

Para falar a verdade a coisa anda tão fácil na catequização, que já podem terceirizar a operação à Marvel.

Só rindo! Pra não chorar, de pena…

Os caras de bem, não tem cérebro, tem eprom, não tem lógica, tem algoritmo, não tem alma, tem Facebook & Instagram, não tem sentimento, tem Tinder, não tem vida, tem rede social, cancelamento & curtição…

E tem tapado que ainda hoje acredita que, em junho de 2013, estavam a comandar a massa, quando a Fiat convidava, “Vem Pra Rua”, e a Globo, de forma inédita e inexplicável (sabe-se lá pra que, não é mesmo?), transmitia AO VIVO no JN e nos intervalos da novela, a primeira jornada da campanha anual do MPL, na cidade de São Paulo, e aí chegou o ‘Inesperado de Souza’ (acredite se quiser) e deu no que deu em 2016, tal qual em 2014, deu-se na praça Maidan.


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