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O esvaziamento do PSB na Bahia após a desistência de Jaques Wagner
Os efeitos da desistência de Jaques Wagner (PT) de concorrer ao governo da Bahia ainda continuam acontecendo na política local. Desta vez, os “estilhaços” da decisão começaram a atingir o diretório estadual do PSB.
Tido como um dos pilares da base aliada do governador Rui Costa (PT), o partido passou a protagonizar baixas significativas após o acordo firmado entre o PT baiano e o MDB, comandado pelo ex-presidente da Caixa Econômica, Geddel Vieira Lima.
Por exemplo, o deputado federal Marcelo Nilo, que foi presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) por dez anos, decidiu migrar para o Republicanos durante a janela partidária. Desde meados de janeiro que o parlamentar tentava atrair o PSB para o bloco de oposição, liderado pelo pré-candidato e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil).
Mas com a saída de João Roma do partido ligado a Igreja Universal, Nilo aproveitou para fechar um acordo com o presidente da sigla, Marcos Pereira (Republicanos-SP), para levar o seu grupo político, que estava no PSB, ao partido de centro-direita. O deputado federal Márcio Marinho (Republicanos-BA) também participou das conversas.
Com a movimentação, o Republicanos será a terceira maior força a apoiar a candidatura de Neto ao Palácio de Ondina, a expectativa é fazer uma bancada de seis parlamentares na ALBA e eleger até quatro deputados federais. Vale ressaltar que Nilo é um dos nomes cotados para ocupar a vice na chapa de Neto.
Ele também emplacou a filiação do genro, o deputado estadual e vice-presidente da ALBA, Marcelinho Veiga, ao União Brasil. A ficha de filiação foi assinada ontem na sede do partido, em Salvador, e com a presença de Neto.
Agora ex-aliado do PT, Nilo reconhece os serviços prestados do partido no governo baiano, mas pondera que o “ciclo acabou” e que é preciso “modernizar a política do estado”. Mas apesar da crítica local, o deputado não esconde de ninguém que deve votar no ex-presidente Lula (PT) para o Palácio do Planalto.