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Ciro se manifesta sobre acusações do Ministério da Defesa

Ainda na manhã desta sexta-feira, 24, o ex-ministro e pré-candidato a presidência, Ciro Gomes (PDT), se manifestou sobre o anúncio da notícia-crime contra ele, apresentada pelo Ministério da Defesa à Procuradoria-Geral da República. Em nota pública, o pedetista insinuou que a decisão tomada pela pasta foi ordenada por Jair Bolsonaro. Na visão de Ciro, isso […]

6 comentários
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Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

Ainda na manhã desta sexta-feira, 24, o ex-ministro e pré-candidato a presidência, Ciro Gomes (PDT), se manifestou sobre o anúncio da notícia-crime contra ele, apresentada pelo Ministério da Defesa à Procuradoria-Geral da República.

Em nota pública, o pedetista insinuou que a decisão tomada pela pasta foi ordenada por Jair Bolsonaro. Na visão de Ciro, isso é fruto da politização das Forças Armadas na atual gestão federal.

“Não me surpreende que a iniciativa desta ação política contra mim – e contra a minha pré-candidatura – parta de um Ministro da Defesa que, possivelmente obedecendo ordens de seu comandante supremo, vem se notabilizando por tentativas de interferência no processo político”, disse.

“[A investigação] mais uma vez explicita o grau de politização do atual comando das Forças Armadas, tenta distorcer a crítica que fiz ao notório descontrole que impera, em áreas da Amazônia, onde uma ‘holding do crime’ age impunemente”, continuou.

Os militares acusam o pedetista de “incitar, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os Poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade”. Essas supostas animosidades de Ciro foram dadas durante entrevista na Rádio CBN.

Leia a íntegra da nota de Ciro Gomes!

1. Fui surpreendido por uma nota agressiva e intempestiva do comando das Forças Armadas, que, além de descontextualizar o que afirmei em entrevista a CBN, ameaça-me com notícia crime, equivocadamente baseada nos artigos 286 do Código Penal e 219 do Código Penal Militar.

2. A nota, que mais uma vez explicita o grau de politização do atual comando das Forças Armadas, tenta distorcer a crítica que fiz ao notório descontrole que impera, em áreas da Amazônia, onde uma “holding do crime” age impunemente.

3. As mortes trágicas de Bruno Pereira e Dom Phillips são os últimos episódios desta realidade pavorosa.

4. Em nenhum momento, disse que as Forças Armadas, enquanto instituições de estado, estariam envolvidas com essa holding criminosa.

5. Afirmei – e reafirmo – que frente à desenvoltura com que um tipo de estado paralelo age na área, é impossível não imaginar que alguns membros das forças de segurança possam estar sendo coniventes por dolo ou omissão.

6. Ao responder pergunta específica do jornalista, exerci meu direito de liberdade de expressão, sem excesso ou qualquer discurso de ódio. Muito menos com desrespeito a uma instituição que prezo e defendo.

7. Inclusive, afirmei, na mesma entrevista, que os militares são elementos essenciais a um Projeto Nacional de Desenvolvimento, além de ressaltar a importância do fortalecimento das Forças Armadas em um possível governo que eu venha a presidir.

8. Assim como não confundo a ação das Forças Armadas com possíveis erros de alguns membros, não confundo, também, a essência da instituição com a linha imposta por comandos temporários que tentam submetê-la a caprichos políticos e interesses eleitorais.

9. Não me surpreende que a iniciativa desta ação política contra mim  – e contra a minha pré-candidatura – parta de um Ministro da Defesa que, possivelmente obedecendo ordens de seu comandante supremo, vem se notabilizando por tentativas de interferência no processo político.

10. Como fez, há pouco tempo, quando comunicou de forma unilateral e autoritária ao Tribunal Superior Eleitoral que vai indicar nomes de militares para fiscalizar as urnas eletrônicas.

11. Pergunto: qual competência constitucional ou legal dá autoridade a ele para indicar nomes para fiscalizar urnas eletrônicas? Indicação de militares para esta finalidade é típico desvio de função e finalidade.

12. É caso, a meu ver, de improbidade administrativa por violação aos princípios da administração pública. Isto, sim, é claramente passível de punição legal.

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Comentários

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carlos

25/06/2022 - 08h39

Quem faz política sem dialogar? Seus burros, há já sei , política, se faz com motociata, gastando ou fazendo farra com chapéu alheio, como essa manada de búfalos selvanges, tem cabeça oca eu faço é rir kkkkkkkkkkk

Reginaldo Stoffel

24/06/2022 - 19h18

Ciro arregou. Fogo de palha.

Fanta

24/06/2022 - 14h01

Miguel,

ninguém da esquerda disse nada, sabem que hoje o STF tá fazendo o papel que deveria ser da oposição por tanto ficam calados, são covardes que nunca tiveram nadava ver com a democracia mas só com o próprios interesses.

Cirolipa não tem coragem de criticar o STF, é o clássico Pitbull de longe e Pinscher de perto, forte com os fracos e cagão com os outros.

Luís Castro

24/06/2022 - 13h12

Sou Lula mais daí não defender o Ciro numa colocação oportuna que fez sobre o papel vergonhoso de certos comandos militares em especial na Amazônia, onde se verifica claramente a impunidade que impera naquela região que culminou agora com o assassinato de um jornalista inglês é um indigenista brasileiro.

MIGUEL ARAUJO DE MATOS

24/06/2022 - 12h51

Ciro se manifestou sobre a censura de Alexandre de Moraes ao direito de liberdade de expressão do PCO?

Saulo

24/06/2022 - 11h40

Cirolipa não é um político é um comentarista político.


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