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Lula passa a liderar em todas as regiões do país e abre 20 pontos entre mulheres

A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira trouxe excelentes notícias para Lula. Apesar do gigantesco esforço de Bolsonaro, centrão e governadores aliados para secar os cofres públicos com iniciativas eleitoreiras, o presidente não avançou nenhum ponto. Bolsonaro tinha 32% em agosto. Continua pontuando os mesmos 32%. Lula, por sua vez, oscilou dentro da margem de erro, […]

14 comentários
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Lula em Belém, 1 de setembro de 2022. Foto: Ricardo Stuckert.

A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira trouxe excelentes notícias para Lula. Apesar do gigantesco esforço de Bolsonaro, centrão e governadores aliados para secar os cofres públicos com iniciativas eleitoreiras, o presidente não avançou nenhum ponto.

Bolsonaro tinha 32% em agosto. Continua pontuando os mesmos 32%.

Lula, por sua vez, oscilou dentro da margem de erro, e agora tem 45%.

Ciro Gomes e Simone Tebet experimentaram algum crescimento, de 2 a 3 pontos.

O que chama atenção, porém, é  o fato de que Lula agora lidera em todas as regiões do país, incluindo Sul e Centro-Oeste.

Sua maior vantagem é no Nordeste, com 58% dos votos totais, 34 pontos acima de Bolsonaro.

No Sudeste, região com maior eleitorado do país, o petista oscilou para baixo, mas mantém uma vantagem acima da margem de erro, atingindo 41%, seis pontos acima de Bolsonaro, 35%.

Outro ponto que merece destaque é a ampliação da vantagem de Lula entre mulheres, que chegou a 20 pontos.  Lula oscilou um ponto para cima entre mulheres e agora tem 48% nesse estrato, enquanto Bolsonaro desceu 1 ponto e tem 28%.

Lula tem 40% na espontânea, contra 29% de Bolsonaro, 4% de Ciro e 2% de Simone Tebet.

Outra boa notícia para Lula é que ele consolidou um “cinturão evangélico” de 32% de votos, contra 48% de Bolsonaro.

Entre eleitores mais pobres, com renda familiar até 2 salários, que representam 52% do eleitorado, segundo o Datafolha, Lula mantém mais que o dobro de votos de Bolsonaro, com 54% dos votos, contra 25% de Bolsonaro. As variações estão dentro da margem de erro.

O Datafolha também liberou os números referentes a pesquisa presidencial em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Lula manteve uma vantagem de 18 pontos sobre Bolsonaro em Minas, com 47% a 29%, e ainda está à frente em São Paulo, acima da margem de erro, com 40% X 35%. No Rio de Janeiro, Lula chegou a 42% das intenções de voto, versus 36% de Bolsonaro.

Essa força de Lula nos três principais colégios eleitorais do país, somado à hegemonia impressionante que mantém no Nordeste, e ao crescimento que vem experimentando no Centro-Oeste e Norte, lhe garantem um resultado favorável no primeiro turno. Mesmo que não leve em primeiro turno, a tendência é que obtenha mais votos que Bolsonaro e chegue à frente.

No segundo turno, houve leve estreitamento da diferença, mas Lula ainda venceria com folga, pontuando 54%, contra 37% de Bolsonaro, 17 pontos de vantagem.

Conclusão

Ao contrário do que a maioria dos analistas tem dito, Lula ficou mais próximo de vencer no primeiro turno, porque o crescimento de Simone Tebet e Ciro Gomes constitui a formação de um estoque de votos anti-Bolsonaro, que tendem a alimentar o voto útil em Lula às vésperas das eleições.

Agora que o Auxílio Brasil foi pago em agosto, Bolsonaro tem poucos cartuchos para queimar. Ele se beneficia da melhora relativa da economia, e da injeção bilionária de recursos, através dos auxílios federais, da liberação do FGTS, além dos gastos crescentes com emendas parlamentares e despesas de governos estaduais, que costumam subir vertiginosamente às vésperas de eleições.

Mesmo assim, Bolsonaro não cresceu. Agora tem apenas 30 dias para reverter o jogo.

Um importante trunfo de Lula nesse momento é o início da propaganda eleitoral, cujos efeitos sobre a população de baixa renda ainda devem se fazer sentir. O petista é o candidato com o maior tempo de rádio e TV, e isso agora naturalmente fará uma grande diferença.

Os eleitores de Lula e Bolsonaro estão muito decididos a manter seu voto.

No geral, 76% dos eleitores responderam que estão “totalmente” decididos sobre seu voto, contra pouco mais de 20% que disseram que ainda podem mudar.

Os eleitores de Lula estão ainda mais decididos que a média, com 83% afirmando que não mudariam de voto. Os de Bolsonaro, idem, com 84% afirmando categoricamente que não irão mudar de voto

Já entre eleitores de Ciro, apesar de ter aumentado o percentual de eleitores decididos a manter seu voto até o fim, quase 60% ainda dizem que podem mudar . Esse voto é que pode garantir uma vitória em primeiro turno de Lula, mas esse eleitor provavelmente só virá às vésperas das eleições.

Abaixo, reuni alguns gráficos da pesquisa liberados há pouco.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Jonathan

02/09/2022 - 12h21

O silencio oportunista rasteiro da velha imprensa e da esquerda sobre as movimentaçoes nada democraticas do STF, sobre as barbaridades do nazistoide, sobre as invencionices de Fachin e Cia para tornar o Canastrao elegivel sao claro sinal de algo errado.

A democracia brasileira é altamente viciada pelos reiterados atos e intromissoes que nada tem a ver com a constituiçào do STF em outros poderes.

O silencio da esquerda é claro sinal do lado de onde se colocou essa corte que nao foi aparelhada a toa durante mais de 20 anos. A Constituiçào permite isso e obviamente quem ganhava as eleiçoes com bilhoes roubados aos brasileiros para comprar o congresso e se financiar nao perdeu a ocasiao.

O Brasil ainda nao é uma democracia, as nomeçoes exclusivamente politicas dos minsitros do STF sao um claro cancer que deve ser removido quanto mais cedo possivel.

O STF nao pode ser aparelhado por grupos politicos que por ventura ganham as eleiçoes mais que outros, a Constituiçào é de todos os brasileiros independentemente da politica.

As grandes emissoras precisam levar aos brasileiros programas com assuntos diarios importantes e de interesse dos brasileiros como acontece em qualquer democracia sadia e nao a mesma imundicia de sempre para imbecilizar cada dia mais.

Canastra

02/09/2022 - 11h48

Sao claras tentativas de por numeros inversos da realidade bem onde o Larapio certamente nao ganha para tentar dar uma forcinha ao lavador de cuecas de estimaçào da “Globe/Folhe” e da Faria Lima…Sul e Controeste; nem no Suleste ganha obviamente.

Fora do NE ainda hà maioria de petralhume no Parà provavelmente.

As imagens com o atual Presdeinte da Republica na rua sao as mesmas de 2018 e a manifestaçào do dia 7 de setembro serà muito provavelmente uma das maiores da historia brasileira…sem ser bancada com a ficha de 30 R$, transporte e o lendario pao com mortadela vencida pagos com dinheiro sotraido ilegalmente aos brasileiros.

Haverà provavelmente mais abstençào ou votos anulados mas o afastamento da facçào da cena do crime ao que tuda indica sera mantido.

Luiz

02/09/2022 - 11h42

É média por estados Minions.

Luiz

02/09/2022 - 11h41

Vou desenhar para os Minions:
Quando se fala em regiões eles estão fazendo a média por estados. Será que é tão difícil assim?
E agora com 51 imóveis comprados na grana, vai ser no primeiro turno.
Kkkkkkk

Valeriana

02/09/2022 - 11h28

Pesquisa Datafolha: https://youtu.be/bWTwlLhALLA?t=64

Fernando

02/09/2022 - 11h24

Não sei dão de tiraram estes números. Aqui em SC é difícil achar alguém que vai votar no lula

EdsonLuíz.

02/09/2022 - 10h58

Com rejeição absolura de 40% ou mais –e daí infiro que a rejeição relativa deles esteja na casa dos 60%– que país Lula e jair bolsonaro querem liderar?

A conjuntura mundial prevista para os próximos dois anos não é nada favorável e contrasta completamente com a conjuntura de imenso crescimento econômico mundial da primeira década deste século que favoreceu o Brasil e que o país, pelos erros técnicos e morais de Lula e do PT, desperdiçou.

Lula1 governou com o melhor dos mundos: país saneado e relativamente organizado por Fernando Henrique, financiado por aumento da carga tributária de 29,8% do PIB quando FHC assumiu e por ele elevada para 32%, com picos de 35%, aumento necessário naquele momento para conseguir fazer o trabalho de reconstrução do país, que a ditadura de 1964 havia colocado de barriga no chão, e iniciar minimamente um programa de criação de valor novo e geração de renda e encaminhar políticas de resgate social e de recuperação do salário mínimo –naquele país herdado da ditadura militar, só a inflação era de 2780% ao ano e houve mês que ultrapassou a taxa de 90%. Não havia um país : o Brasil não era um país!

Lula assumiu o país saneado e relativamente reestruturado por Fernando Henrique e dele foi continuidade.

O governo Lula1 foi continuidade do período Fernando Henrique nos acertos e nos limites ideológicos, continuidade essa assumida em documento, a Carta ao Povo Brasileiro, onde Lula e o PT se comprometiam a manter as políticas que herdariam e efetivamente mantiveram. Lula e o PT xingavam Fernando Henrique todo dia e o dia todo, chamavam a limitada mas bendita herança que receberam de “herança maldita”, mas mantiveram essa heranca em Lula1 e o Brasil, favorecido pelas políticas de Fernando Henrique, que em Lula1 não só foram continuadas como aprofundadas.

E o PSDB deixou no governo vários técnicos para ajudarem o PT, já que o PT se comprometeu em documento com as políticas de FHC. Foi nesse tempo que o país que conseguiu melhorar as coisas um pouquinho. Esse “Período Fernando Henrique” foi de 1993, ano em que FHC assumiu a economia no governo Itamar Franco até o final de Lula1, em 2006, quando Lula e o PT começaram a mudar tudo e implantar sua própria herança política econômica. E deu no que deu! Deu em Dilma! Deu em Temer! Deu em jair bolsonaro! Esse é o “Período Lula”, que abriu o “BuracoPT” em que estamos até hoje, tudo agravado depois pela pandemia e pelas instabilidades geradas pelo comportamento e valores retrógrados de bolsonaro e sua lista de imóveis, que chega a superar, especificamente em imóveis, os escândalos de corrupção também envolvendo imóveis de Lula.

No Lula1 os resultados do amadurecimento das políticas anteriores, feitas no FHC1 e FHC2, conferiram a Lula uma imagem bem favorável, turbinada por uma conjuntura econômica mundial extremamente vantajosa e que entornou uma quantidade de dinheiro formidável no Brasil com exportação de comodities, principalmente soja e minério de ferro.

Essa conjuntura econômica nunca mais vai se repetir e o mundo, nos próximos anos, vai ficar mais parecido com o mundo tulmutuado que foi nos anos de governo de Fernando Henrique. E as políticas internacionais que fazem Lula, à esquerda, e bolsonaro, à direita, que nós sabemos que em nada contribui para o Brasil e para o mundo livre, podem agravar as coisas ainda mais, se eles não mudarem suas crenças de verdade.

Também o Brasil, interna e institucionalmente, não está o país organizado do período FHC, mas um Brasil desorganizado econômicamente por Lula2 e pelo PT e tumultuado institucionalmente por jair bolsonaro. Soma-se a esses problemas o estraçalhamento do Bradil pelo ódio fermentado por décadas pelo PT contra todos e potencializado pelo ódio bolsonarista.

É com a rejeição que têm que esses dous, Lula e jair bolsonaro, querem liderar essas dificuldades atuais do Brasil, dificuldades que foram eles mesmos que produziram?

Saulo

02/09/2022 - 10h56

É só pegar estado por estado do sul e centro oeste e não há q sequer estado onde Lula estaja na frente nas pesquisas.

Pesquisas mal servem para acender a churrasqueira, papel higiênico e óleo velho funcionam melhor.

carlos

02/09/2022 - 10h47

Os desempre um abraço, se Deus quiser se não for no 1° é 2° turno mais dia menos dias o mandrião vai desocupar o Palácio vai habitar no Palácio da Polícia.

Ronei

02/09/2022 - 08h59

Pesquisa encomendada pela Globo e Folha de Sao Paulo dizendo que Folha de Sao Paulo e Folha nao sao a mesma “pessoa”…?!!?

O aprezo dessa turma para o candidato que é atualmente Presidente da Republica é notorio….e a gente viu muito bem o tratamento especial (vergonhoso) que a Globo deu a outro candidato durante um papo de boteco poucos dias atras….

Dudu

02/09/2022 - 08h41

https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2018/noticia/2018/10/04/pesquisa-datafolha-para-presidente-bolsonaro-35-haddad-22-ciro-11-alckmin-8-marina-4.ghtml

35 foi 46…11 pontos a mais
22 foi 29…7 pontos a mais

95% de índice de confiança e margem de erro 2%….kkkkkk

E essa…https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/09/28/datafolha-bolsonaro-perde-todos-os-cenarios-de-2-turno-ciro-vence-haddad.htm

Quem pariu coisas dessas não faz pesquisas, inventa conforme interesses particulares.

Kleiton

02/09/2022 - 07h23

Lula lidera no centro oeste (DF, MS ,MT, GO)…?!?! Kkkkkkkk

No Sul também, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e e Paraná ?!?! Kkkkkkkkk

Tem que ser muito imbecil para acreditar nessas besteiras ou muito dissimulado para fingir acreditar…https://veja.abril.com.br/politica/bolsonaro-perde-de-haddad-por-45-a-39-no-2o-turno-diz-datafolha/

Kayk Santos

02/09/2022 - 02h06

Miguel com análises sempre lúcidas acerca dos dados. Os dias de Bolsonaro estão contados. Apostou alto e não colheu e nem colherá os resultados esperados do despejo de dinheiro. A população sabe que as medidas são eleitoreiras e Bolsonaro só começou fazer agora o que poderia ter feito antes. Mais de 3 anos de uma gestão catastrófica para tentar reverter em 30 dias, improvável, ainda que esteja no reino do possível. A campanha vai entrar no momento mais difícil, Bolsonaro vai tensionar, reforçar o discurso ideológico e inventar alguma ficção para tentar aumentar a rejeição a Lula e ao PT… ao mesmo tempo que estouram novos escândalos de corrupção da família do presidente. Os dias lhes serão pesados e o governo, com pouca margem de manobra, vai asfixiar e agonizar até o fim. Jovens, mulheres e miseráveis vão fuzilar o mito nas urnas.

Alexandre Neres

02/09/2022 - 00h25

Tudo como antes no quartel de Abrantes.

Só que agora falta apenas um mês para começarmos a abandonar o fundo do poço.

O horizonte de Salnorabo está cada vez mais limitado. Sem saída.

A eleição vai pegar fogo só na disputa pelo terceiro lugar.

Pelo teor dos comentários, depreende-se que tem gente louca pra se bandear pro lado da Tebet.

Ora, nos dois primeiros anos desse desgoverno disfuncional, ela votou só 86% das vezes junto com o candidato que ajudou a eleger.

Vou apontar um ranking dos institutos de pesquisa, de acordo com a credibilidade que adquiriram ao longo do tempo, privilegiando, entre outros critérios, que seja feita de forma presencial:
1- Datafolha
2- Ipec (ex-Ibope)
3- Quaest
4- CNT/MDA


Na rabeira: Paraná Pesquisas e Modalmais


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