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A vitória de Lula foi a nova “Stalingrado” na guerra global contra o fascismo

Somos maioria. Somos 60,34 milhões de brasileiros que tomamos a decisão de fazer as malas do atual presidente da república. Ah, mas Bolsonaro teve 58,2 milhões de votos… Não importa. As regras são claras. Tivemos mais votos, e iremos exercer o poder. A esquerda voltou ao comando do maior país da América do Sul. Os […]

19 comentários
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Foto: Ricardo Stuckert

Somos maioria.

Somos 60,34 milhões de brasileiros que tomamos a decisão de fazer as malas do atual presidente da república.

Ah, mas Bolsonaro teve 58,2 milhões de votos…

Não importa. As regras são claras. Tivemos mais votos, e iremos exercer o poder.

A esquerda voltou ao comando do maior país da América do Sul.

Os apoiadores de Bolsonaro podem fechar estradas, chorar diante dos quarteis, espalhar fake news sobre fraude nas eleições.

Nada disso mudará o resultado: perderam.

Essa postura pirracenta, irresponsável e antinacional dos apoiadores de Bolsonaro, bloqueando rodovias estratégicas e impondo danos bilionários à economia nacional e pondo em risco a segurança alimentar e médica de milhões de brasileiros, é mais uma conta que nós, eleitores de Lula, pomos nas costas desse governo de morte.

Aliás, é por atitudes como essa que o Bolsonaro perdeu a eleição. A maioria dos brasileiros quer estabilidade, paz, desenvolvimento.

Queremos discutir temas como a melhora da educação oferecida a nossas crianças, a construção de trens de alta velocidade conectando as grandes cidades brasileiras, a modernização de nossas indústrias, o investimento em pesquisa e tecnologia, o aprimoramento dos serviços públicos prestados à população.

Mesmo com toda a máquina do Estado trabalhando diuturnamente a favor do candidato Jair Messias Bolsonaro, atropelando as leis eleitorais mais básicas, mesmo com o presidente da república fazendo campanha ininterruptamente desde que tomou posse, mesmo assim vencemos.

É ainda difícil, pela proximidade, estimar a importância dessa vitória.

Eu arriscaria, todavia, que se trata da mais importante vitória democrática do mundo, nos últimos cinquenta anos.

Brasil foi uma espécie de “Stalingrado” contemporânea, onde o destino da humanidade esbarrou num cruzamento histórico.

Se Bolsonaro tivesse vencido, seria uma vitória do fascismo, com reflexos no mundo inteiro, a começar pela América Latina.

Com a vitória de Lula, poderemos ajudar a Argentina se reerguer, com benefício para nós mesmos, que também dependemos do mercado argentino, sobretudo para nossos manufaturados.

Para os americanos de esquerda (que existem, e são milhões), a vitória de Lula oferece igualmente uma enorme esperança, porque abre perspectivas de parcerias no campo da pesquisa, da tecnologia da informação e da cultura, setores que, nos EUA, abrigam muita gente progressista.

A esquerda europeia, protagonista de uma interminável luta contra o fascismo, que parece durar séculos, para não dizer milênios, respirou aliviada com o desenlance das eleições brasileiras.

Entretanto, talvez seja no outro lado do mundo, no extremo oriente, que a vitória de Lula tenha sido mais festejada, especialmente na China.

A volta de Lula à presidência reabre os portões da China para o Brasil. Bolsonaro é um americanófilo de extrema-direita, obcecado pela paranoia anticomunista, de maneira que nossas relações com a China retraíram-se para uma dimensão puramente comercial. A China compra nossa soja, nosso petróleo e nossa carne. Ponto. Todos os grandes acordos tecnológicos, industriais, científicos, todas as possíveis parcerias nas áreas de infra-estrutura, energia, satélites, conectividade, inteligência artificial, tudo isso ficou em supenso, à espera de um novo governo. E agora temos um novo governo.

A propósito, observando as manifestações golpistas dos últimos dias, esses derradeiros e desesperados espasmos do fascismo brasileiro, esmagado por 60 milhões de votos no dia 30 de outubro, fica patente o tamanho da nossa vitória. E quanto mais durarem essas convulsões antidemocráticas, mais claro ficará também porque a maioria dos eleitores decidiu, como diz a música, mandar o Jair embora.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Talita

04/11/2022 - 19h31

Fiquei enojada com a maioria dos comentários menosprezando o povo nas, lutando pelo que é direito, ,( esse mesmo povo é igual a qq um de vcs) enaltecendo um ladrão julgado e condenado , e descondenado para exercer o maior cargo do país. Esquecendo que o presidente não teve nem tempo de governar com pandemia, guerra, imprensa, enfim, todos contra ele, fico pensando são uns hipócritas mesmo, a maioria todos idosos já no fim da picada, que vergonha. O resultado das ruas, as urnas não mostraram. Nunca mais lei notícias de vocês.

    Alexandre Neres

    04/11/2022 - 22h28

    Kleiton, cá pra nós. Com essas frases truncadas, esse português ruim, essa sintaxe, quem tu acha que engana? Se liga, mano!

Alexandre Neres

04/11/2022 - 09h38

Ao ser conduzido coercititivamente, com abuso de poder, pelo juiz ladrão de camisas negras, Lula vaticinou: “A partir de agora, se me prenderem, eu viro herói. Se me matarem, viro mártir. E, se me deixarem solto, viro presidente de novo”.

Muito percuciente a comparação entre a batalha de Stalingrado e a vitória maiúscula de Lula, ambas despachando as cadelas fascistas que estão sempre no cio, cada uma num século de um jeito.

Nesse sentido, a presteza com que os líderes mundiais saudaram a vitória de Lula, sob os argumentos de preservação da Amazônia, da proteção climática, da segurança alimentar, da redução das desigualdades, da justiça social, dos valores democráticos, da equidade na saúde e assim por diante. O mundo estava ávido em ter o Brasil de volta e louco pra se ver livre de grosseirões tóxicos.

Por último, queria render minhas homenagens aos pobres, aos desassistidos, às mulheres, aos negros e aos nordestinos por nos terem livrado da mente colonizada dos endinheirados e dos ilustrados, que atavicamente querem manter seus privilégios a todo custo e ainda invocando o mote da corrupção para atentar contra a ordem democrática. Sempre que o Nordeste precisar, juntamente com Amazonaa e Pará, Minas Gerais, terra da liberdade e da democracia, estará a postos na região Centro-Sul ao lado do povo.

Firma firma firma/Fogo nos fascistas/Fogo, Jah!

Ronei

03/11/2022 - 23h01

Olhando os números nas capitais do Nordeste (menos que Salvador) os números são até parecidos com algo que parece uma democracia . Em Maceió teve até maioria de votos para Bolsonaro, empate em João Pessoa.

No interior onde é mais difícil chegar, o PT tem as próprias estruturas ha muitos anos e as pessoas são tratadas do jeito que todo mundo sabe os números nada tem a ver com democracia.

Bolsonaro fez um milagre com todo um sistema contra (STF, Globo/Folha, Faria Lima, TSE…) com pouco dinheiro dinheiro e com alguns milhões de votos a menos do NE que já se sabe onde vão parar.

    Nelson

    04/11/2022 - 12h14

    Imaginemos que nesses últimos quatro anos o Brasil estivesse sob a batuta de um Leonel Brizola, um Miguel Arraes, ou mesmo o Lula, a Dilma, o Boulos.

    Tivesse, qualquer dessas personagens ocupando a cadeira presidencial e cometesse 1% que fosse das barbaridades cometidas por Bolsonaro, os órgãos da mídia hegemônica e seus comentaristas estariam, diária e insistentemente, invocando o povo brasileiro a, aos milhões, ocupar as ruas e as praças, mesmo durante a pandemia, para pedir a derrubada de mais um(a) presidente.

    A pergunta que fica é: por que essa mídia não chamou o povo, como fez, sem motivos, contra o governo de Dilma Roussef? Ora, a resposta é simples: porque o governo Bolsonaro governou em favor do topo da pirâmide apenas e são governos desse tipo que a mídia sempre sustentou, enquanto derrubava governos populares.

    Então, meu chapa, tua arenga chorosa não tem razão de ser.

Sebastião

03/11/2022 - 22h41

Pelos comentários deles aqui no blog, vemos o quanto ainda choram pela derrota.

Haddad perdeu em 2018, e esperamos que a esquerda voltasse ao poder. Sem pedir golpe.

Paulo

03/11/2022 - 21h55

Stalingrado representou a vitória do “general inverno” e o inverno político sobre a Europa Oriental, no pós-Guerra. Não que devessem ter cedido aos nazistas. Era uma guerra de sobrevivência em que se sabia que os alemães não fariam prisioneiros, por isso triunfou…

Mingal

03/11/2022 - 19h12

Deixar que fascistas descarados ainda venha sujar esse espaço? Faça o favor, Miguel… não há como ser republicano com essa corja. Mande-os pro inferno de onde NUNCA deveriam ter saído.

carlos

03/11/2022 - 19h07

O choro é livre os alienados arruaceiros, serão pegos mais cedo ou mais tarde.

Canastra

03/11/2022 - 18h30

Um pais ja atrasado como o Brasil eleger um rato imundo desse é mais uma confirmaçào do retrocesso civil de pelo menos 10 anos.

O Brasil é uma vergonha, nao tem outra definiçào.

Lanterna dos Afogados

03/11/2022 - 15h38

Deve já Ir embora, porque:

Perdeu a eleição.

Perdeu o Expresso Oliva 2222 que partiu antes.., ao lado da Central do Brasil.

Perdeu o Bonde 72 da ‘inter-invenção’, por segundos, incerto e não sabido.

Perdeu-se em rodovias na parada da marcha rancho dos, contudo, sem noção de pátria, família e, menos ainda, liberdade.

Acabou na contramão, atrapalhando o trânsito com tu à mão, segurando-o, mico, sob olho supremo.

O pesadelo acabou.

Conforme anunciado, por treze em cada doze ‘pastores evangélicos’, o vencedor sempre é o escolhido por Deus, sem esquecer o detalhe, a estrela guia.

Seguindo nessa vibe angélica, na dita guerra entre o bem e o mal, o bem, ao final, sempre vence, restando ao mal escafeder-se de mansinho, o mais rápido possível, no caso, pelo foro, em direção diversa a Bangu 2 dois. Conseguirá?
Esperamos que não.

Mal morto, bem posto.

A boa mediocridade, de volta a razão pelo filtro da modéstia, a casa, da insignificância natural, torna e junto arrasta os medíocres fora da paralela, de volta à vida real.

Revelou-se mico, ao tornar-se na história do país o primeiro ‘presidente’ não reeleito, mesmo tendo sido campeão no uso da máquina de governo e da maior verba pública já destinada à ‘compra de votos’, sobretudo junto a camada mais desassistida da população, e o pior, em relação a eleição anterior que o elegeu, acrescida em 13 milhões e 700 mil votos válidos em 2022, ter obtido apenas 348 mil votos a mais que em 2018.

Mais não precisa ser escrito, pois …

“Eis que numa tarde, alguém apareceu…
E todos já sabiam que um ia morrer…
Quando um grito se ouviu, o homem mau ‘morreu’.
Essa é a história de um homem mau”

‘Uma brasa, mora?’

FIM

Edilson Dias Fernandes

03/11/2022 - 13h35

A presente contestação de o estado de direito democrático prescrito em união das repúblicas brasileiras por a constituinte cidadã de 1984, reúne o lundu de menos manifestantes não contemplados dooravante, confrotados com os dois bilhões de sufragios obitidos por Luiz Inácio — é uma lenda — assim, colocando-se a dianteira do mito Jair embora, mesmo se que desse rigoroso empate técnico entre ambos presidenciáveis. Lula seria o estadista mais velho empossado em disputa. Fazer o quê? Ao som do Aedo-compositor José Ramalho: chame o padre Ciço pra benzer!

Zulu

03/11/2022 - 12h44

Foi uma eleiçào ridicula, de nivél baixissimo, narrativas destrambelhadas, que se resume a nada mais e nada menos a um leilao a quem ofereçe mais dinheiro para o tal de “pobi”.

Teve até caminhoes com pneus recheados de barras de ouro saindo do Ministerio da Suade…kkkkkkkk
Quem tem a rasteirice de explorar a pobreza e a ingenuidade de milhoes de pessoas ganha.

O ponto mais baixo foi a volta da censura legalizada e avalada pelo judiciario com tanto de “explicaçào”…isso é vergonhoso.

Alguem realmente leva a serio esse lugar ? Duvido…

Saulo Nunes

03/11/2022 - 12h11

Entendì…e os outros 58 milhoes devo presumir que sao fascistas.
Nem na Italia tinha tantos fascistsa na época como tem no Brasil hoje…

Assustador…rsrs

Saulo

03/11/2022 - 11h17

Ta dizendo que milhões de amongolados que mal sabem escrever o próprio nome pulando atras de um carro de som gritando é 13 salvaram o mundo ? !?! Kkkkkkkkkk

    Miguel do Rosário

    03/11/2022 - 11h33

    Exatamente. 60 milhões.

    ari couto

    04/11/2022 - 11h12

    Vc é mais um idiota dominado pelo preconceito e pela ignorância.
    De mais a mais, consciência política nada tem a ver com nível de escolaridade. Provavelmente em Canudos não havia 200 pessoas alfabetizadas, e no entanto deram e continuam dando uma lição para o mundo.
    Como dizia Engels, “o homem só se liberta quando toma consciência de sua realidade”, coisa que aparentemente não aconteceu com você

Kleiton

03/11/2022 - 11h13

Tá falando do Brasil onde nem esgotos e reboco nas casas tem ou de algum outro país imaginário ?

Lucas

03/11/2022 - 10h23

Isso não é materia jornalistica!
Imprensa Brasileira luta contra a nação!
Vocês são responsáveis pela tragédia em que o Brasil se encontra!


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