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O dia em que Hitler matou a democracia alemã

Em 23 de março de 1933, o Reichstag adotou a chamada Lei Plenipotenciária, que permitia ao regime nazista impor leis sem a aprovação prévia do Parlamento. Era o início da ditadura nazista. Publicado em 23/03/2023 Por Michael Marek – DW Made for minds DW — O movimento nazista de Adolf Hitler começara a ganhar importância […]

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akg-images/picture alliance/Direitos Reservados

Em 23 de março de 1933, o Reichstag adotou a chamada Lei Plenipotenciária, que permitia ao regime nazista impor leis sem a aprovação prévia do Parlamento. Era o início da ditadura nazista.

Publicado em 23/03/2023

Por Michael Marek – DW Made for minds

DW — O movimento nazista de Adolf Hitler começara a ganhar importância na Alemanha a partir de 1930. Aproveitando-se da onda de descontentamento nacional e do enorme índice de desemprego, seu Partido Nacional-Socialista Alemão dos Trabalhadores (NSDAP), com tendências extremamente antidemocráticas e antissemitas, tornou-se em 1932 o mais forte no Reichstag (Parlamento alemão até 1945). Um ano mais tarde, Hitler assumiu a chefia de governo.

Havia esperanças de poder evitar a supremacia nazista porque, além dos membros do NSDAP, o gabinete de governo era formado por ministros sem partido e políticos de outros partidos de direita. Mas a máquina de propaganda chefiada pelo ministro Joseph Goebbels usou o episódio do incêndio do Reichstag, em fevereiro de 1933, atribuído aos comunistas, para justificar medidas violentas de perseguição a eles. Cinco mil oposicionistas foram presos, principalmente comunistas e social-democratas, e cancelada grande parte dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição de Weimar.

Deputados foram intimidados

No dia 23 de março de 1933, o próprio Hitler compareceu à sessão parlamentar, que havia sido cercado pelas tropas das forças paramilitares nazistas SS e SA, para intimidar os deputados. Era o dia da votação da sua Lei de Concessão de Plenos Poderes. Se os parlamentares não a aprovassem, ele ameaçou usar “outros métodos” para impor seu regime ditatorial. Os social-democratas foram os únicos que votaram contra.

Ele optou por submetê-la ao Reichstag para calar os críticos dentro e fora do país e dar a impressão de legalidade parlamentar. Hitler compareceu à sessão vestido com uma camisa marrom. Atrás dele, uma enorme suástica cobria a parede. A lei que instaurou a ditadura nazista, aprovada por todos os partidos conservadores, levava o nome oficial “lei para acabar com a miséria do povo e do Reich”.

Ela proibia todos os partidos, exceto o nazista, os sindicatos foram desmantelados e a liberdade de imprensa extinta. O regime passou a perseguir e internar em campos de concentração as pessoas indesejadas. Os órgãos parlamentares foram dissolvidos ou destituídos. Quando o presidente, marechal Paul von Hindenburg, morreu em 1934, Hitler também ocupou seu cargo, assumindo o controle total sobre a Alemanha. Estava consolidada a ditadura nazista.

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Comentários

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Paulo

23/03/2023 - 18h09

De acordo. Mas, a tomada de poder pelos vermelhos, na Rússia, em 1917, foi ainda pior. E as consequências, também…

Fanta

23/03/2023 - 11h34

No Brasil ao invés de por o exercito ao redor do parlamento (sabendo que o exercito nao faria isso nunca) colocaram corretores de propinas nas empresas estatais (principalmente na Petrobras) para sugar dinheiro dos brasileiros e comprar o congresso para poder ficar no poder.

Nasceram o mensalao e o petrolao para comprar a democracia brasileira ao som de dinheiro roubado…as paginas mais imundas da historia brasileira comandada por Lula e companheiros de merenda.

A finalidade foi exatamente a mesma de Hitler e outros ditadores…ficar no poder para sempre ou quase.

Edu

23/03/2023 - 11h19

E os canalhas cachorrinhos de centro abrem as pernas pra quem tem dinheiro …

EdsonLuíz.

23/03/2023 - 10h14

Fundamentalistas sempre atentam contra a democracia. Os fundamentalistas de esquerda atentam; os fundamentalistas de direita, também!

Mais perigosos que fundamentalistas escancarados, como os nazistas, são os que se disfarçam de defensores da democracia, porém, em várias situações, apoiam ditadores e autocratas.

A guerra é uma destas situações-limite em que o ódio humano dos fundamentalistas se desmascara e fica escancarado quem defendende de fato a democracia, as liberdsdes e a civilização e quem defende o abuso e a barbárie.

Os abusos por territórios e contra o povo ucraniano é um exemplo explícito dessas opções entre o progressismo e o obscurantismo e a tirania. É só ver quem apoia autocratas abusadores e quem defende as vítimas.


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