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Arcabouço fiscal domina o debate nas redes e flopa chegada de Bolsonaro, aponta Quaest

Um levantamento divulgado pela Quaest revela que o novo arcabouço fiscal, apresentado nesta quinta-feira, 30, pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad dominou o debate nas redes sociais. O assunto gerou tanta repercussão (positiva) que simplesmente atropelou a narrativa sobre a chegada de Jair Bolsonaro após seus 90 dias de fuga nos Estados Unidos. “Nas redes, […]

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Ricardo Stuckert

Um levantamento divulgado pela Quaest revela que o novo arcabouço fiscal, apresentado nesta quinta-feira, 30, pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad dominou o debate nas redes sociais.

O assunto gerou tanta repercussão (positiva) que simplesmente atropelou a narrativa sobre a chegada de Jair Bolsonaro após seus 90 dias de fuga nos Estados Unidos.

“Nas redes, Bolsonaro liderou as conversas nas redes até as 10h. Depois, só deu regra fiscal e o ministro Haddad. Vitoria da comunicação do governo”, aponta o CEO da Quaest, cientista Felipe Nunes.

“No somatório do dia, o regime fiscal teve 10 mil mais menções que a volta de Bolsonaro. Mais uma evidência de que a estratégia de publicar o novo arcabouço fiscal hoje [quinta], junto com a chegada do ex-presidente Bolsonaro, foi acertada”, prossegue Nunes.

Já na sua explicação sobre a volta de Bolsonaro, Felipe Nunes mostra um comparativo nas menções do dia 7 de setembro do ano passado, quando o então inquilino do Planalto conseguiu alcançar 700 mil menções. “A volta do [ex] presidente só conseguiu 480 mil menções nos últimos 7 dias, ou seja, bem menos”, finaliza.

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Gabriel Barbosa

Jornalista cearense com pós-graduação em Comunicação e Marketing Político. Atualmente, é Diretor do Cafezinho. Teve passagens pelo Grupo de Comunicação 'O Povo', RedeTV! e BandNews FM do Ceará. Instagram: @_gabrielbrb

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EdsonLuíz.

31/03/2023 - 18h43

Então tá!

Eu fico com o plano do Fernando Haddad, que acho tímido e fraco para dar conta dos problemas da economia criados por Lula, principalmente a partir de 2008 e agravados por Bolsonaro, mas que eu acho que estão baseados em bons conceitos de política fiscal.

Tenho alguns reparos, como a de o plano ser mais baseado em receita, que é variável incerta, do que em gasto (despesa), que é um fator que o governo é quem maneja.

Mas sei que preciso dar um desconto para Haddad:: ele é do PT e um plano com os parâmetros que ele apresentou é o máximo onde Haddad conseguiu chegar de um modo que Lula e o PT aceitem.

Para mim, é pouco esse plano.Mas o que Haddad apresentou é o máximo aonde um governo do PT aceita chegar, mais que isso o PT sabe que perde voto e perder voto por fazer o melhor não é com o PT.

Vou depositar esperanças em políticas complementares, como a Reforma Tributária e uma reforma administrativa séria, onde não coloquem exceções.

E quem quiser que tente fazer outra vez a aventura de juntar em um plano a gastança com juros baixos fora de fundamentos. Mas esse não será o plano que Haddad apresentou.

▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪▪
Lara Resende e arrogância:

E é preciso ver, quando André Lara fala em arrogância, se não é ele o arrogante, a ponto de os gênios e grandes operadores do Plano Real (que o PT xingou e votou contra, como votou contra o Bolsa Família, quando nasceu com o nome Bolsa Escola) em grande número nem mais terem contato com ele.

O que André Lara fala é docinho na boca do PT. Mas depois ele coloca exigências de qualidade nesses gastos estatais que defende que excluem o PT de operar esses gastos, por baixa capacidade técnica.

Isso é arrogante de dois modos:: desrespeita gente que quer embarcar ou usar o que Lara fala e é arrogante porque fica explícito que ele acha que com ele os gastos só dão certo, mas ocorre que Lara nunca gastou.

E Lara Resende fala, mas não fundamenta o que condena.
▪Ele fala que tem que baixsr os juros porque estão altos. Ok! Eu também acho isso, o Roberto Campos acha isso, todoa acham que os juros estão altos.

Mas para Lara Rezende, os juros estão altos porque estão altos, e ele não se ocupa em fundamentar o porquê. Isso é tautologia por cresça, não é conhecimento aplicsdo. Fica mais parecendo Dilma.

Alexandre Neres

31/03/2023 - 16h48

Vamos deixar quem não é do ramo de lado, como o senhor Edson Luiz, e trazer à baila quem entende do babado. A propósito, arcabouço é o termo preferido por Persio Arida, que contribui com o Ministério da Fazenda. desde o grupo de transição. Pelo visto, esse senhor entende tanto de ética quanto de estética. Agora vamos a outro pai do Plano Real.

“Achei uma expressão impressionante da arrogância do BC de extrapolar sua competência, suas atribuições jurídicas.”

“Mas o BC não tem o que dizer sobre questão fiscal, não é atribuição do Banco Central. O BC está se arvorando com uma equipe de jovens tecnocratas que acreditam piamente nos modelinhos equivocados que eles estão olhando e se acham no direito de passar pito no Congresso, no presidente eleito e no Judiciário.”

“O BC, com a autonomia que lhe foi concedida, passou a se considerar um quarto poder. É um quarto poder que dá lições de moral e se considera acima dos demais poderes. É muito preocupante”, advertiu o economista André Lara Resende.

Tentando fazer o papel de bom menino, o presidente do BC, do alto do seu pedestal, chegou a ser magnânimo a ponto de dar um voto de confiança ao pessoal da Fazenda. Em entrevista coletiva nesta quinta, disse também que, para cumprir a meta de inflação deste ano, os juros deveriam estar em 26,5% -uma taxa real, pois, de uns 20%. Entrementes, está caminhando para o terceiro ano consecutivo em que a autoridade monetária autônoma extrapola o teto da meta de inflação.

Por sua vez, são evidentes os esforços dos jornalões, e por via de consequência das caixas de ressonância, para normalizar o bolsonarismo em contraponto ao petismo, inclusive invocando uma falsa simetria para enquadrar a ambos como populistas, termo complexo que não abriga quem governou 8 anos por meio das instituições, não se valendo do seu dom incomum para se comunicar diretamente com a população, inclusive desmobilizando sua própria base por conta disso. Taí o senhor Edson Luiz pra não me deixar mentir, fazendo o jogo sujo da extrema-direita. Só que, como de costume, flopou. Trata-se de um pé-frio incorrigível. Ô sina!

EdsonLuíz.

31/03/2023 - 13h10

Não há um país no mundo que aplica na economia o que essa gente insiste em querer aplicar no Brasil.

A última aplicação inspirada e orientada pelo Stiglitz foi na Argentina de Kristina Kirchiner. Começou com uma inflação que já era trágica, de 45%, e terminou com inflação de mais de 70% e apontando para cima.

Antes do experimento na Argentina, o que chegou mais perto neste experimento teórico foi o Brasil de Lula/Dilma. Deu no que deu e deu em Bolsonaro.

Nem o Brasil do PT vai aplicar agora o que estão pedindo e falando que defendem!
E se não vai aplicar, para que continuar a dar declarações para confundir?

Está aí a âncora fiscal (não pode chamar de âncora não, com o PT tem que disfarçar e chamar de “arcabouço”. Eu prefiro âncora!).

A âncora (ops.: “arcabouço”) proposta pelo PT é muito gradual em buscar o saneamento dos desequilíbrios, mas no geral aponta para premissas corretas. E a âncora que estão adotando não tem as premissas que eles defendem em público; pelo contrário, as premissas desta nova âncora proposta pelo PT tem premissas baseadas na boa literatura e experiência econômica testada.

Apenas, em uma primeira avaliação, achei a âncora do PT gradual demais::1/2%aa de superávit (com previsão de alcançar superávit só em 2026 e só de 0,5% é muiiiiito tímido e eu tenho dúvidas de que a âncora tenha força suficiente para mudar o quadro dramático de nossa economia.

De honesto, na apresentação da proposta de nova âncora, foi admitir que o objetivo de alcançar o superávit é dependente de aumento de receita extraordinária ou acréscimos de receita por redução de subsídios (subsídios cuja maioria foi concedida pelo próprio PT e que hoje constitui uma renúncia de R$390Bilhões para setores empresariais privilegiados diversos.

Na apresentação da âncora, esses subsídios dados lá atrás a setores escolhidos pelo próprio PT ficaram escondidos porque os dados econômicos usados na apresentação pararam em 2010 e os dados econômicos do período em que o desastre construído entre 2008 e 2014 se mostrou com força foram escondidos).

Achei, nessa vista inicial que fiz, que a âncora é muito gradual e talvez insuficiente por principalmente dois motivos::

i) Esta nova âncora é muito baseada em receita e com pouco corte de despesa.
▪O que acontece é que a receita é uma variável que o governo não controla e a expectativa de arrecadação de tributos pode se realizar ou não, dependendo de vários fatores, sendo o mais importante deles o aumento de atividade econômica.
▪Se a âncora baseasse o sucesso em uma variável que o governo controla, como na revisão de gastos, e fizesse os cortes onde as políticas não estão surtindo efeito ou onde há espaço para diminuir o gasto, aumentaria a chance de ter bons resultados e a confiança dos agentes econômicos daqui e de fora seria maior.

ii) Temos uma dívida que está em ~73%do PIB, com previsão de ~76% em 2026.
-O PIB é perto de R$10trilhões.
-1% do PIB= R$100Bilhões.
-1/2% do PIB = R$50Bilhões.

▪Se a previsão de superávit com a nova política fiscal flutua entre 0,5 e 1% do PIB, e o Brasil vai pagar de juros da dívida, só este ano, quase R$900Bilhões, o superávit previsto pouco muda em termos absolutos o montante da dívida.

E mesmo conseguir a estabilização da dívida nos 76% previstos em 2026 (não a sua diminuição:: apenas a estabilização), com esta nova âncora, é incerto.

O que podemos esperar à frente para as coisas melhorarem é alguma muito boa surpresa de grande crescimento na economia mundial que demande outra vez as nossas comodities, e que desta vez os recursos não sejam torrados em aventuras “desenvolvimentistas” e em “políticas de industrialização” que, ao contrário de industrializar, desindustrializam”, como aconteceu entre 2004 e 2014 e fermentou a tragédia que se seguiu e que estamos nela até hoje.

No caso de crescimento econômico, que não vejo como aumentar muito por causa dessa âncora, estão contratando de antemão um gasto de 70% do crescimento real, e com folga para usar como “investimento” estatal algum “excesdo”.

Gostei das premissas e conceitos da âncora, mas não tanto dos parâmetros, que estou achando insuficientes para ter maiores efeitos. Vai servir para dar uma “enganada”, mas eu já estou cheio de enganadas.

Agora, vou depositar minhas esperanças na Reforma Tributária. O projeto original do Bernard Appy é muito bom e dá algum ganho de crescimento. O crescimento que virá com a Reforma Tributária não chega a completar o pouco que virá com a nova âncora, mas já ajuda. Qualquer ganho de crescimento, se não for feito artificialmente e por meio de imposto inflacionário, é bem vindo, mesmmo se pequeno.

E quem sou eu? Sou apenas um cidadão analizando meu país. Bem posso estar pouco otimista e bastante errado!

Edson Luiz Pianca

Kleiton

31/03/2023 - 13h03

E esse ataque a imprensa do ministro codinome Montanha (na planilha de farelo de milho para jumentos da Odebrecht) ?

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2023/03/ministro-de-lula-tenta-desqualificar-jornalista-da-cnn-em-entrevista.shtml


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