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Lula e Fernández se encontram para falar sobre crédito para exportação

Nesta terça-feira, 2, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se reunir com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, no Palácio da Alvorada. Nesta agenda oficial, o chefe de estado brasileiro vai propor a criação de uma linha de crédito. A informação foi confirmada pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo. Em declaração a […]

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Nesta terça-feira, 2, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se reunir com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, no Palácio da Alvorada. Nesta agenda oficial, o chefe de estado brasileiro vai propor a criação de uma linha de crédito. A informação foi confirmada pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo.

Em declaração a jornalistas, Galípolo revelou que “a gente vem discutindo há algum tempo o que a gente chama de crédito para exportação”. “Na verdade, é um financiamento as empresas brasileiras que vendem para a Argentina, e são essas empresas (argentinas) que importam serviços e mercadorias do Brasil”.

Como se sabe, o país vizinho enfrenta disparada na inflação, chegando a um índice estratosférico de 104,3% em março, na comparação com o mesmo período de 2022. Já em comparação com fevereiro deste ano, os preços em março registraram aumento de 7,7%. Além disso, o país registrou a pior seca desde 1929.

Ainda de acordo com o Galípolo, 210 empresas do Brasil comercializam com a Argentina. O Governo Lula considera a Argentina um parceiro comercial estratégico para o Brasil.

“Nos últimos cinco anos, por ausência de mecanismos do Brasil para financiamento das exportações brasileiras e importações argentinas, perdemos aproximadamente US$ 6 bilhões de espaço na balança comercial com a Argentina para a China, que vem viabilizando mecanismos de financiamento em alternativas em meios de pagamento”.

Por fim, Galípolo destacou o papel do BNDES neste processo. “O BNDES tem muita experiência nisso, de financiamento de exportações. O papel do BNDES é essencial nesse processo, mas obviamente tem toda uma governança interna do BNDES do ponto de vista de garantias, exigências que precisam ser cumpridas, e o BNDES vem apoiando e participando dessas discussões”.

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Gabriel Barbosa

Jornalista cearense com pós-graduação em Comunicação e Marketing Político. Atualmente, é Diretor do Cafezinho. Teve passagens pelo Grupo de Comunicação 'O Povo', RedeTV! e BandNews FM do Ceará. Instagram: @_gabrielbrb

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EdsonLuíz.

02/05/2023 - 11h28

A Argentina está precisando de crédito!

A Argentina apresenta deficit crescente, inflção na casa dos 100%* e suas reservas* internacionais estão baixas e sendo consumidas.

A Argentina é muito estrategica para nós! ▪Pense em empatia…
Mas não é só isso!

A Argentina é nossa vizinha e vizinho não é só por um tempo. Daqui a 100 anos a Argentina continuará sendo nossa vizinha; daqui a 1.000 anos continuará vizinha. Vizinho é para sempre! É muito importante ter empatia por nossos vizinhos!

Mas não é só isso de empatia.

O Brasil está se desindustrializando e a menor participação da indústria na nossa economia não é apenas por maior crescimento dos setores agricola e de serviços. O Brasil tem perdido mercado para produtos industriais por falta de competitividade.

O dólar precisaria estar em uns R$3,80 ou abaixo para::
i)) Conseguirmos importar bens de capital (máquinas e equipamentos modernos) e importarmos insumos industriais para sermos mais competitivos em produtos industriais para exportação.
ii) Precisamos também de passar à fabricação nós mesmos aqui no Brasil de máquinas modernas, tanto para o mercado local como para vender estas máquinas para fora, mas para isso precisamos importar “máquinas que fabricam máquinas” e isso vem dos Estados Unidos e da Alemanha e outros europeus, mas com o dólar caro fica dificil trazer máquinário com essas tecnologias.
iii)) Precisamos ter estas tecnologias para ganharmos competitividade em produtos industriais para exportação, porque temos perdido mercados até aqui no Brasil para produtos que vêm da China, do Vietnan e até de…Bangladesh.

Quem comprava produtos industriais do Brasil de forma mais importante era a Argentina, que não se beneficia e sofre por o dólar estar caro lá e aqui. A Argentina está sem crédito e com reservas internacionais baixas e sendo exauridas: as reservas Argentinas estavam em apenas ~34Bilhões de dólares em janeiro e já baixou para a casa dos 32Bilhões. Com reservas pequenas, aumenta o medo dos empresários em vender para a Argentina e sofrerem um calote.

Se a Argentina é o mercado que sobra para o Brasil vender produtos industriais enquanto não elegemos um governo que recupere a economia e faça o Brasil voltar (voltar mesmo, a exportar; não voltar a 2013 e aumentar a crise econômica que começou lá atrás) temos que ajudar a Argentina financiando nossas empresas que exportam para a vizinha.

Mas não pode ser um financiamento por ajuda ideológica; tem que ser por empatia e estrategia, preservando o importante mercado da Argentina para nossas exportações industriais. A avaliação de riscos e as garantias exigidas dos importadores argentinos têm que ser rigorosamente tecnicas, não politico-ideológicas.

*E o próprio Brasil tem que tomar muito cuidado com a sua própria inflação:: extraidos do nucleo inflacionários alguns itens que tiveram aumento este ano menor que no ano passado, como eletricidade, nossa inflação hoje pula para 9%. Há uma ideia de que, passando a inflação da casa dos 10% ela tende a disparar e o custo para dazer o controle passa a ficar bem mais caro.

Por hora temos um economista competente e serio no Banco Central barrando a possibilidade de disparo da inflação. Mas ele está sendo chamado até de urubu por causa das medidas que tem que tomar para a inflação não disparar, em vez de ser compreendido e ajudado por boas políticas econômicas pelo executivo. Se hoje ele continuar a ser ofendido e por causa disto entregar o mandato de presidente do Banco Central, o risco de disparo da inflação no Brasil, que já é alta, aumenta bastantate.


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