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Deputado Bispo da Universal direciona verba pública para asfaltar fazenda

Uma Investigação da Corregedoria Geral da União (CGU) apontou irregularidades em uma obra realizada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A empresa pública, ligada ao ministério de integração e desenvolvimento regional, realizou uma obra de mais de 2 milhões de reais em um conjunto de ruas de uma […]

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Reprodução: Agência Câmara

Uma Investigação da Corregedoria Geral da União (CGU) apontou irregularidades em uma obra realizada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A empresa pública, ligada ao ministério de integração e desenvolvimento regional, realizou uma obra de mais de 2 milhões de reais em um conjunto de ruas de uma fazendo privada ligada à Igreja Universal na Bahia.

A obra, concluída em abril do ano passado, custou um total de R$2,3 milhões. A verba foi destinada para a obra na propriedade privada através de uma emenda, feita a pedido do deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA), que também é bispo da igreja.

O local que foi asfaltado com recursos públicos é a Fazenda Canaã, propriedade adquirida por Marcello Crivella (Republicanos -RJ), ex-prefeito do Rio e atualmente deputado, na década de 90. A fazenda é comandada por pastores da Universal e mantém projetos sociais através de recursos da Record TV, que, por sua vez, pertence ao Bispo Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e tio de Crivella.

O Republicanos, partido de Marinho e Crivella, foi criado em 2005 para ser um braço político da igreja Universal. A legenda de histórico conservador foi um dos pilares do governo Bolsonaro, que também utilizou a Codevasf para doar, à Igreja, uma retroescavadeira de R$658,5 mil e dois carros populares que juntos somam R$120 mil, em 2019, primeiro ano de seu governo.

Marinho, em resposta, declarou ao Globo que a destinação de verba aconteceu de acordo com a lei: “Como de praxe, quando se trata do encaminhamento de recursos para realização de obras, foi enviado ofício à Codevasf diretamente”.

A Codevasf, por sua vez, justificou o investimento, uma vez que a igreja presta serviços de caráter social e sem fins lucrativos, assemelhando-se a uma obra de “caráter público”. No entanto, a empresa reconheceu que a propriedade não era pública e declarou que a “situação não se repetirá”. Informou, ainda, que mudou procedimentos internos para evitar que novas despesas sejam autorizados em áreas que não sejam públicas. Enquanto isso, CGU informou que ainda analisa as declarações da Codevasf e irá decidir que medidas serão tomadas.

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Nelson

09/05/2023 - 13h29

Não é estranho o fato de que uma montoeira daqueles que ousaram e seguem ousando apontar Lula e o PT como os campeões imbatíveis da corrupção apareça rotineiramente envolvida em denúncias de malversação de recursos públicos? Ou seja, envolvidos com a velha e conhecida corrupção.

O comportamento dessa patota – supostamente impoluta, ilibada, proba -, fica cada vez mais parecido com o daqueles que costumam se utilizar da tática de apontar enfaticamente para o “rabo” dos outros para que os deles escapem sem ser vistos.


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