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Felipe Nunes: análise de números da Quaest

Na manhã desta quarta-feira (10), foram publicados os resultados de pesquisas da Quaest que evidenciaram as impressões e avaliações do governo Lula. Os dados mostram uma visão crítica do mercado financeiro frente à nova gestão.  92 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão de 57 casas de investimento do Rio de Janeiro e de São […]

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Foto: Leonardo Lima/Metropress

Na manhã desta quarta-feira (10), foram publicados os resultados de pesquisas da Quaest que evidenciaram as impressões e avaliações do governo Lula. Os dados mostram uma visão crítica do mercado financeiro frente à nova gestão. 

92 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão de 57 casas de investimento do Rio de Janeiro e de São Paulo responderam às entrevistas realizadas na semana passada, entre 4 e 8 de maio. Elas foram feitas online, com questionários estruturados. 

O diretor do instituto Felipe Nunes publicou no Twitter um fio com análise dos números revelados. De acordo com ele, constatar as mudanças de opinião dos especialistas “parece muito necessário para entender o jogo político entre o mercado e governo”.

Abaixo, uma síntese das publicações feitas pelo diretor.

A segunda rodada de pesquisa Genial/Quaest com o mercado financeiro mostra que ele continua crítico ao governo Lula. A avaliação negativa caiu somente 4% (de 90% para 86%).

Já a mudança de postura do mercado em relação ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi significativa. O trabalho dele na Fazenda passou a contar com a avaliação de 26% agora em maio, 16% a mais do que em março.

Segundo Felipe, grande parte dessa melhora deve-se à apresentação do novo arcabouço fiscal. Mesmo incapaz de resolver o problema da dívida pública brasileira – 87% acham que a política fiscal não gera sustentabilidade da dívida – e mesmo sendo mal avaliada por 48% dos entrevistados, trata-se de uma medida que, na visão do mercado, tem grandes chances de ser aprovada no Congresso (92%). E isso é importante para o setor, uma regra para orientar minimamente os gastos volta a existir.

Ainda em relação ao ministro, 96% do mercado é a favor da revisão das renúncias fiscais propostas por ele.

O problema é que, na visão do mercado, essa medida não deve gerar a arrecadação necessária para manter o Arcabouço de pé. Apenas 7% acham que vai superar os 100 bilhões esperados.

O diretor fala também sobre as mudanças que podem ser feitas pelo Congresso. 40% dos entrevistados acreditam no contingenciamento de despesas. Limites nos gastos de saúde e educação, ou proibição de aumento real do salário mínimo, por outro lado, são consideradas mudanças improváveis.

Felipe analisa as medidas arrecadatórias. O mercado aposta na aprovação da taxação de apostas online (75%), na cobrança do PIS/COFINS sobre crédito de ICMS (60%), em menor grau no imposto sobre dividendos (48%), na taxação sobre fundos no exterior (47%) e sobre fundos exclusivos (42%).

Quando o tema é taxa de juros, o mercado aprovou a manutenção da SELIC no atual patamar (91% acham que foi correta a decisão), mas já projeta uma queda ainda este ano (88%). A expectativa da maioria do mercado é que essa queda venha em agosto. Apenas 12% do mercado financeiro acha que os juros não caem este ano.

Houve uma relevante mudança de avaliação sobre uma possível recessão econômica. As taxas saíram de 27% para 60% dos especialistas que acreditam que não acontecerá este ano.

O diretor finaliza o fio falando sobre os políticos do governo. Entre eles, Gleisi, Mercadante e Lula continuam sendo os menos confiáveis. Campos Neto, Tarcísio e Zema, os mais confiáveis para o mercado. Entre março e maio, no entanto, a única rejeição que caiu foi a de Haddad, o novo malvado favorito da Faria Lima.

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