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Partidos pró-democracia à frente na eleição da Tailândia

Resultados preliminares indicam rejeição aos militares que dominam política do país desde golpe em 2014. No entanto, Constituição desenhada por junta militar impõe desafio para formação de governo liderado pela oposição. Publicado em 14/05/2023 DW — Resultados preliminares das eleições gerais que ocorreram neste domingo (14/05) na Tailândia indicam que a oposição da Tailândia deve […]

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Nathalie Jamois/ZUMA Wire/IMAGO

Resultados preliminares indicam rejeição aos militares que dominam política do país desde golpe em 2014. No entanto, Constituição desenhada por junta militar impõe desafio para formação de governo liderado pela oposição.

Publicado em 14/05/2023

DW — Resultados preliminares das eleições gerais que ocorreram neste domingo (14/05) na Tailândia indicam que a oposição da Tailândia deve registrar uma vitória expressiva no país, marcando uma rejeição do eleitorado aos militares que dominam a política do país a quase uma década.

Uma contagem parcial dos votos divulgada pela Comissão Eleitoral, com base na apuração de 80% das urnas, apontava como vencedor o Partido do Movimento Adiante, que deve garantir 114 das 400 cadeiras com eleição nominal na Câmara dos Representantes. O partido Pheu Thai, também de oposição, deve garantir 112 assentos. Mais 100 cadeiras serão distribuídas de acordo com um sistema proporcional de lista partidária.

Já o partido do primeiro-ministro Prayut Chan-ocha, um general que chegou ao poder com um golpe em 2014, deve receber apenas 25 assentos eleitorais. Um monarquista conservador, Prayuth fez uma campanha eleitoral fortemente nacionalista, alertando que as promessas de reforma feitas pelos partidos da oposição trarão o caos.

O Pheu Thai é liderado por Paetongtarn Shinawatra, filha do ex-primeiro-ministro e bilionário exilado Thaksin Shinawatra. Já o Partido do Movimento Adiante é liderado por Pita Limjaroenrat, um executivo de tecnologia de 42 anos. Seus candidatos jovens fizeram uma campanha com uma mensagem simples: a Tailândia precisa mudar.

Estas eleições foram as primeiras no país desde os grandes protestos de 2020 que exigiram uma reforma da monarquia e expuseram profundas divisões no reino, entre as gerações mais jovens que querem mudanças e as elites ligadas ao rei e aos militares.

Os números preliminares, atualizados ao longo da noite pelas autoridades responsáveis pela supervisão das eleições legislativas na Tailândia, confirmaram a tendência das sondagens, que previam uma “pesada derrota” para o premiê Prayut.

O primeiro-ministro Prayut Chan-ocha, um general que chegou ao poder por meio de um golpe em 2014 Foto: Getty Images

Ainda assim, o complexo sistema eleitoral da Tailândia dá ao candidato apoiado pelos militares uma votação confortável que pode limitar a mudança esperada ou mesmo abrir um novo período de instabilidade.

Embora os partidos de oposição estejam em alta na contagem, a constituição da Tailândia de 2017 foi projetada para favorecer partidos ligados aos militares.

Um partido político, ou coalizão, precisa obter uma maioria de 376 votos, tanto dos 500 assentos da Câmara dos Deputados quanto de um colégio de 250 senadores biônicos escolhidos a dedo pelos militares.

Nas controversas eleições de 2019, Prayut garantiu a sai continuidade como premiê justamente com o apoio desses senadores biônicos.

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