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Bolsonaristas usam CPI do MST para ter apoio e evitar punição pelo 8 de janeiro

A Câmara dos Deputados deu início aos trabalhos da CPI do MST, nesta terça-feira (23), para investigar invasões realizadas por membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra(MST). O clima durante a sessão foi tenso, marcado por bate-bocas e até cortes de microfone, revelando um jogo de forças estrategicamente conduzido por deputados bolsonaristas. Celso Rocha de […]

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8 de janeiro de 2023. Marcelo Camargo, Agência Brasil


A Câmara dos Deputados deu início aos trabalhos da CPI do MST, nesta terça-feira (23), para investigar invasões realizadas por membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra(MST). O clima durante a sessão foi tenso, marcado por bate-bocas e até cortes de microfone, revelando um jogo de forças estrategicamente conduzido por deputados bolsonaristas.

Celso Rocha de Barros, em entrevista a Natuza Nery, da GloboNews, destaca um fato intrigante: o próprio presidente da CPI, o deputado Tenente Coronel Zucco, está sob investigação por suposto envolvimento no financiamento dos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Essa revelação adiciona mais mistério e complexidade à investigação em curso.

A composição da chapa eleita para presidir a comissão também chama atenção. O ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro, Ricardo Salles (PL-SP), assumiu a relatoria da CPI, enquanto o deputado Kim Kataguiri (União-SP) ocupa a primeira vice-presidência.

“Tudo indica que os deputados bolsonaristas vão usar da CPI do MST para ganhar uma visibilidade que eles não tinham conseguido até agora. Até aí é jogo jogado. É absolutamente normal que a oposição utilize a CPI para aparecer e divulgar suas críticas ao governo”, analisa. “Só que nesse caso específico tem um risco sério que a gente tem que levar em conta: o risco é promover e dar visibilidade para bolsonaristas que provavelmente serão investigados na outra CPI.”

Durante a sessão desta terça-feira, o deputado Tenente Coronel Zucco interrompeu a fala da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-RJ) enquanto ela lia uma notícia que mencionava a inclusão de seu nome na investigação da Polícia Federal relacionada aos atos antidemocráticos.

De acordo com Celso Rocha de Barros, os indivíduos sob investigação na CPI do incidente de 8 de janeiro podem buscar utilizar a CPI do MST como uma estratégia para obter o apoio do setor do agronegócio, numa tentativa de obter anistia e evitar punições.

Os deputados que endossaram a abertura da CPI do MST alegam que foram impulsionados pelas recentes invasões promovidas pelo movimento, ocorridas entre janeiro e 23 de abril de 2023. Durante esse período, o MST realizou um total de 33 invasões em propriedades rurais em todo o Brasil, estabelecendo um novo recorde desde 2017, quando foram registradas 40 ocupações.

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