O parlamentar Lindbergh Farias (PT-RJ), expressou sua desaprovação em relação ao voto favorável do senador Jaques Wagner, também do PT, da Bahia, à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringe as atribuições do Supremo Tribunal Federal (STF). Lindbergh interpreta a iniciativa como contrária aos princípios democráticos.
“Não consigo entender esse voto do Jaques Wagner??? No momento em que o bolsonarismo ataca o STF por causa do julgamento da tentativa de golpe de 8 de Janeiro e pelo medo da prisão de Jair Bolsonaro pelo próprio Supremo”, disse Lindbergh em sua conta no X.
Conforme a visão de Lindbergh, a PEC aprovada em votação plenária é uma estratégia dos senadores Rodrigo Pacheco, do PSD de Minas Gerais, e Davi Alcolumbre, do União-AP, para obter o respaldo dos apoiadores do presidente Bolsonaro.
“Chancelar essa manobra oportunista do Pacheco e Alcolumbre que querem fazer média com bolsonaristas é um erro. Parabéns aos senadores do PT e ao líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, que votaram contra esse absurdo”, acrescentou.
No âmbito do governo Lula, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, reagiu ao voto de Jaques Wagner ao categorizá-lo como uma decisão “pessoal”, conforme destacado em uma entrevista concedida à GloboNews.
Ministros de Lula condenam ofensiva ‘imprudente’ de governistas contra o STF
Segundo o Blog da Daniela Lima, o apoio do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), à proposta que questiona as prerrogativas dos ministros do Supremo Tribunal Federal, provocou uma série de críticas dentro da Esplanada dos Ministérios, sendo caracterizado como, no mínimo, uma “operação imprudente”.
Membros do PT e da base governista avaliam que Wagner não apenas cometeu um equívoco ao votar a favor da investida contra o Supremo, mas também contribuiu para influenciar indecisos que eram alvos do governo, visando conter possíveis repercussões negativas para o Tribunal.
No Supremo Tribunal Federal (STF), há um clima de irritação evidente. Ministros afirmam que o diálogo com o governo ficará comprometido enquanto Jaques Wagner ocupar a liderança no Senado.
Aliados do senador avaliam que ele possivelmente tentou fazer um gesto em direção a Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, ao apoiar a investida, visando influenciar a agenda econômica em tramitação na Casa.
No entanto, a estratégia pode ter produzido efeitos contrário. Um apoiador de Lula destaca que um único caso em discussão no STF poderia resultar em uma economia de cerca de R$ 1 trilhão. “Haddad está desolado. A segunda perna da agenda econômica está no Judiciário”.
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