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Comentários sobre o “neoliberalismo” de Lula e as críticas à esquerda a seu governo

Lula é neoliberal? A crítica não é nova. Desde seu primeiro governo, iniciado em 2003, o presidente Lula enfrenta acusações pesadas de que estaria traindo os princípios ideológicos e o projeto econômico que deveriam nortear um governo verdadeiramente de esquerda. Lula teria se submetido, desde a Carta aos Brasileiros, aos ditames liberais do sistema financeiro […]

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Foto Ricardo Stuckert/ PR

Lula é neoliberal?

A crítica não é nova. Desde seu primeiro governo, iniciado em 2003, o presidente Lula enfrenta acusações pesadas de que estaria traindo os princípios ideológicos e o projeto econômico que deveriam nortear um governo verdadeiramente de esquerda.

Lula teria se submetido, desde a Carta aos Brasileiros, aos ditames liberais do sistema financeiro e, desde então, suas administrações não têm feito nada mais do que “dourar” a pílula do ultracapitalismo que devora as esperanças e o futuro do nosso país.

Conforme nos aproximamos do fechamento de seu primeiro ano do terceiro mandato, vemos a crítica se repetir em algumas bolhas militantes.

Verdade seja dita que essa crítica hoje não faz, nem de longe, o barulho que fazia em 2003 e 2004. Ah, como me lembro daqueles primeiros anos de Lula, em que a esquerda não escondia a ansiedade por transformações urgentes e profundas, e a insatisfação furiosa com as diretrizes econômicas moderadas, e mesmo conservadoras, do governo recém-eleito!

O PT, a chamada militância, os setores progressistas de forma geral (desde as franjas mais à esquerda, até as mais liberais), estamos todos mais maduros, focados e pacientes. Talvez até mesmo mais cínicos, embora não numa acepção ruim, negativa, mas ao contrário, num sentido de sermos hoje mais calejados. A geração que tinha 20 ou 30 anos quando Lula governou pela primeira vez, hoje tem 40 e 50 anos. Todas as crises políticas terríveis, dolorosas, vividas pelo Brasil, marcaram essa geração de várias formas. A maturidade nos deixou ao mesmo tempo mais seguros e confiantes, não por ignorar os riscos constantes que um governo progressista sofre no Brasil, mas porque agora conhecemos, muito melhor que antes, a força de nossos adversários e a nossa própria debilidade.

Algumas das críticas mais ferozes ao presidente Lula, por parte de setores radicalizados da esquerda, fazem ruído apenas dentro dessas câmaras de eco ou bolhas, em que se fragmentam as redes sociais. Alguns fogem das bolhas apenas porque interessa, a setores oportunistas da direita, “dividir para reinar”, ou seja, fomentar intrigas dentro do nosso campo, com objetivo de desesetabilizá-lo. Essa é uma tática mais antiga que as pirâmides do Egito!

Longe de mim, todavia, incorrer no erro de desprezar ou, pior, criminalizar essas críticas. Um governo, especialmente um com pretensões progressistas e populares, precisa ouvir as críticas e reagir a elas com o máximo de inteligência possível, o que inclui, naturalmente, usá-las para corrigir rotas e se autoaperfeiçoar.

Entretanto, seríamos ingênuos – e a ingenuidade é sempre um erro fatal em política – se ignorássemos os riscos que essas críticas produzem sobre a estabilidade do governo. Toda crítica produz instabilidade, porque esse é o objetivo de toda crítica: balançar o status quo, provocar um debate, gerar condições para mudanças e, em último caso, derrubar e destruir para que algo novo possa nascer.

Toda força política, portanto, é sempre, necessariamente, sensível às críticas, por mais minoritárias que sejam. São conhecidos os casos de prefeitos de cidade pequena que, apesar de controlarem quase que inteiramente a imprensa local, sentem-se profundamente perturbados com críticas vindas de um blog qualquer com pouquíssimos acessos.

Isso explica, aliás, a força da mídia independente, antes e agora. No início, éramos tão pequenos, quase insignificantes, diante da magnitude colossal dos grandes meios de comunicação! Pequenos mamíferos rastejando, semi-escondidos, entre os dinossauros. Mas assim como nossos frágeis ancestrais peludos se mostraram muito mais resilientes aos caprichos da natureza do que os gigantescos répteis de outrora, esses blogs e portais alternativos tinham poderosas vantagens darwinistas: custo menor de operação, mais agilidade e atingiam uma audiência progressista que estava, há décadas, órfã de uma mídia afinada com suas preferências políticas.

Hoje não somos mais tão pequenos, o que faz toda a diferença na correlação de forças, e isso inclui o debate crítico sobre os rumos do governo Lula III.

As críticas à esquerda ao governo Lula, que em 2003 e 2004 efetivamente desestabilizaram o governo, ao ponto de produzirem cisões partidárias importantes (vários deputados e quadros petistas saíram do partido e fundaram o PSOL, em razão dessas críticas), agora são em boa parte absorvidas pelos aparelhos ideológicos dos setores governistas da própria esquerda, formado por seus influenciadores e portais.

Em vários aspectos, críticas à esquerda a um governo progressista têm um potencial mais desestabilizador do que aquelas vindas à direita. Se um quadro bolsonarista ataca Lula, por exemplo, isso frequentemente até beneficia o governo, porque ajuda a coesionar o campo progressista em determinado tema. Por exemplo, quando um ultraliberal ataca o governo petista, chamando-o de perdulário, intervencionista, socialista, comunista, ou coisa que o valha, isso gera um efeito curiosamente positivo para o governo, porque de certa maneira neutraliza as “acusações” vindas do extremo oposto, da esquerda, de que a administração estaria amarrada em dogmas neoliberais e obcecada por reduzir o gasto público e equilibrar as contas.

E vice versa, naturalmente. A cada vez que um comunista radical ou um desenvolvimentista de esquerda (e uso essas expressões aqui em suas acepções mais nobres e positivas possíveis) critica o arcabouço fiscal de Haddad como excessivamente conservador, ou chama o governo Lula de “liberal”, ou “neoliberal”, ou acusa-o de seguir a “mesma linha econômica” de FHC, Temer ou Bolsonaro, o céu dos neoliberais fica menos estrelado.

Apesar dessa dialética sutil, ambígua, sempre tão contaminada de cinismo (agora num sentido negativo), oportunismo, vaidade e jogo de cena, sempre há espaço para uma avaliação objetiva do governo Lula. Afinal, Lula é neoliberal ou não? Sua política econômica é igual a de Bolsonaro, ou não?

Em minha opinião, não. Lula não é um neoliberal. O governo federal, no entanto, é uma coalizão onde os liberais têm um espaço fundamental, e isso tanto porque Lula representa, ele mesmo, muitas ideias políticas e econômicas liberais, como porque a administração acolheu inúmeros quadros importantes do liberalismo nacional. Os ministros Alckmin e Tebet, por exemplo.

Creio que esse ponto, sobre o liberalismo do governo Lula, merece ser melhor desenvolvido, porque há muita confusão. Liberalismo talvez seja o conceito mais distorcido no debate nacional.

Diversas bolhas de esquerda, e nesse ponto elas convergem com algumas bolhas reacionárias, como as autodenominadas “nacionalistas”, vêm incorrendo no erro primário de tratar o conceito de liberalismo, especialmente o econômico, por um ângulo puramente negativo. Esse é um maniqueísmo burro, ahistórico, e que faz a esquerda negar suas próprias origens e perder a oportunidade de usufruir de um patrimônio que, em alguns aspectos, pertence muito mais a ela do que à direita.

O liberalismo – político e econômico – foi parido pela esquerda. Os tempos iliberais, como a Idade Média, os primeiros séculos da Idade Moderna, e até mesmo as primeiras ondas de revolução industrial, foram marcados pelo domínio do conservadorismo. Foram as ideias liberais da esquerda (tanto em política como em economia) que modernizaram o capitalismo.

Pegue, por exemplo, o primeiro livro de Marx, “Miséria da Filosofia”, cuja tese central é uma crítica duríssima, até mesmo cruel, ao Proudhon, cuja doutrina seria apenas romântica (e portanto fantasiosa e inútil) por não entender o mecanismo poderoso que o liberalismo econômico, sobretudo o seu sistema relativamente livre de preços, havia colocado a serviço do desenvolvimento das forças sociais.

“A burguesia desempenhou na história um papel altamente revolucionário”, diz o Manifesto Comunista, assinado por Engels e Marx. E por quê? Porque pôs fim ao mundo mofado da Idade Média, emancipando as forças econômicas latentes do trabalho e da criatividade.

O problema do governo Lula, portanto, não é ser “liberal”. Nem é esse o problema de nenhum governo no mundo. Liberalismo pode ser uma excelente coisa, desde que o sentido que damos a esse termo seja uma coisa boa, como, por exemplo, uma economia baseada num sistema de preços relativamente livre, mas regulamentado adequadamente pelo Estado, de forma a combater distorções. Essa é, aliás, a grande lição de Keynes, um dos próceres mais importantes das teorias modernas de desenvolvimento. Liberalismo, sim, mas com regulamentação do Estado sobre os níveis de investimento e crédito, com foco sobretudo na manutenção de elevados níveis de emprego. Keynes, além disso, introduziu um valor ético fundamental no liberalismo moderno, que é a preocupação humanista com a qualidade de vida do cidadão. Essa deve ser uma preocupação que pensa o tempo presente, focada na segurança alimentar e na educação. As teorias liberais que não tinham como foco primário o bem-estar concreto da população, e se dispersavam em previsões de futuros “equilíbrios”, foram aniquiladas por Keynes com uma só frase: “no futuro estaremos todos mortos”.

O termo liberalismo ganhou um sentido mais negativo junto à esquerda por causa do contraponto soviético, que no entanto não existe mais.

Um socialismo moderno, como vemos se desenvolver na China, deve aprender a usar as ferramentas liberais de mercado, mas invertendo a relação de poder existente nos países capitalistas. Lá, o mercado livre de preços deve estar a serviço da sociedade, enquanto nos países capitalistas tradicionais, a sociedade parece estar à serviço do mercado.

É um grave erro político, de qualquer forma, equiparar a política econômica de Lula com a de governos anteriores, como o de Temer e Bolsonaro. Ciro Gomes tem feito isso, por exemplo, mas a sua crítica é tão contaminada pelo rancor pessoal, que soa apenas como desonestidade. Em política, infelizmente, a desonestidade às vezes é terrivelmente eficaz, e por isso é importante contestar esse tipo de cretinice.

Na verdade, aqueles que fazem essa equiparação entre as políticas econômicas de Lula e Bolsonaro parecem estar, eles sim, aprisionados por uma cultura ultraliberal, vivendo num quartinho escuro e asfixiante. Os enormes investimentos do governo Lula em programas sociais, em educação em tempo integral, em campanhas de vacinação, em projetos de energia renovável, em cultura, em pesquisa científica, são obliterados nessa crítica.

Tudo isso não seria também política econômica?

A tentativa dos governos Lula e Dilma de iniciar um audacioso projeto de reindustrialização, a partir da cadeia de óleo e gás, com a expansão da produção de petróleo e a construção de refinarias, foi infelizmente abortada pela Lava Jato e pelo golpe de 2016, mas ela existiu!

Existem várias maneiras de se fazer a crítica ao governo. Não acho que seja o caso de fazer a crítica entre quatro paredes, ou evitar “lavar roupa suja” em público. Não gosto dessa maneira de pensar. Crítica que presta e que é realmente levada à sério é apenas aquela que é feita em público. E crítica eficiente é crítica dura. O campo progressista precisa aprender a ouvir as críticas mais duras, ferozes e até mesmo injustas, com firmeza e serenidade, evitando essa lamentável cultura do “cancelamento”, que não nos leva a lugar nenhum. Críticas injustas ou erradas devem ser respondidas com classe e categoria, e neste sentido elas serão úteis para consolidar nossas próprias posições e fortalecer o próprio governo que defendemos.

Se Lula foi eleito por 60 milhões de votos, e se há esperanças de que dias melhores virão, é natural, necessário, saudável, que o governo Lula seja defendido. Neste sentido, a constituição de uma base social sólida de apoio à administração petista é uma excelente notícia. Alguns militantes, no afã de defender o governo, talvez exagerem, mas isso é do jogo. O lado ruim é que esses exageros frequentemente são contraproducentes, ou seja, são defesas que, ao invés de ajudar, atrapalham o governo. Cabe às lideranças políticas sinalizar posturas e diretrizes adequadas.

Da minha parte, penso que o campo democrático (que uso aqui para incluir essa coalizão de liberais, comunistas, socialistas e social-democratas que se uniu para derrotar Bolsonaro) deve tomar cuidado para não perder o foco em polêmicas menores. Às vezes polêmicas importantes, mas menores, porque o foco de toda crítica ao governo Lula deveria ser, a meu ver, a questão da infraestrutura. O governo Lula precisa investir mais em infraestrutura: mobilidade urbana, tecnologia, comunicações e energia.

O Brasil precisa de ferrovias de alta velocidade, indústrias de semicondutores, centros de pesquisa científica, novas refinarias de petróleo, fábricas de placas fotovoltaicas. As cidades brasileiras precisam se voltar para a energia solar, capaz de reduzir drasticamente as contas de luz, liberando crédito para o povo consumir cultura e conhecimento. O lixo precisa ser tratado e transformado em biomassa, gerando empregos, crédito, desenvolvimento, além de deixar as cidades limpas.

Enfim, temos ainda um país a ser construído. Mesmo as crises internacionais, por mais terríveis e dramáticas que sejam, como vemos na Palestina, não devem nos desviar de nosso foco (por exemplo gerando brigas fratricidas entre brasileiros pró-Palestina e pró-Israel), porque apenas poderemos efetivamente ajudar nossos irmãos em outros países quando nosso país se desenvolver.

Que venham as críticas, mas os críticos também que se preparem para o debate sem vitimismo. Quem faz a crítica, precisa ter maturidade para desenvolvê-la, defendê-la, e sabedoria para retificá-la, se for o caso.

Lula vai terminando o seu primeiro ano de governo com avanços importantes. A acusação de neoliberalismo não é justa, porque o governo expandiu enormemente a máquina pública. O arcabouço fiscal, por sua vez, foi o instrumento usado pelo governo justamente para driblar o teto de gastos e a camisa de força ideológica do ultraliberalismo hegemônico no Congresso e na mídia. Ele dará mais flexibilidade às despesas públicas, ao mesmo tempo em que cumpre a função política de atender, democraticamente, a opinião de setores liberais que apoiam o governo. A esquerda deve evitar a postura arrogante de que sua opinião sobre economia corresponde a alguma fórmula mágica para o desenvolvimento. Não é assim. Política econômica, numa nação periférica, é uma arte complexa, e os resultados não podem ser apurados pelo que achamos que poderia acontecer, e sim pelos indicadores reais da economia.

Em 11 meses de governo, os indicadores econômicos estão bons: a inflação deve terminar o ano abaixo de 5%, ou seja, dentro da meta. Os juros finalmente estão baixando: em ritmo inferior ao que desejaríamos, mas ao menos começaram a cair. O desemprego voltou aos menores níveis da história, e agora já temos o recorde de 100 milhões de pessoas trabalhando, segundo números do IBGE divulgados há alguns dias.

O saldo comercial deste ano deve bater um recorde histórico, o que nos ajudará a manter reservas internacionais elevadas.

Se esses indicadores se mantiverem firmes ao longo do primeiro trimestre de 2024, isso pode ajudar o campo progressista a ter um desempenho favorável nas eleições municipais, preparando terreno para outra vitória em 2026, desta vez elegendo um congresso menos conservador e mais desenvolvimentista.

Por outro lado, seria também muita mediocridade rebaixar o debate apenas à análise desses índices. Mais que nunca, precisamos de críticas construtivas e ideias inovadoras e por isso será tão necessário, ao campo democrático, investir na criação de espaços para discussão objetiva de projetos, de preferência projetos concretos, que a população possa visualizar e alimentar esperanças de vê-los se materializar ainda em seu tempo de vida.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Luiz Henrique

16/12/2023 - 08h46

Acredito que o maior desafio deste governo é o de conter a sanha conservadora. Basta ler os comentários feitos aqui. Parecem que essas pessoas vivem em outro mundo ou não conseguem observar o óbvio. Lula estar disfarçado de progressista sendo um liberal? Basta ver o que aconteceu à Dilma, quando tentou moralizar o país impondo ações civilizatorias. Acabou, no final cedendo, não aos liberais, que julgo em muitos casos honestos, mas aos conservadores (aqui gostaria de marcar está distinção) e mesmo assim foi derrubada. E o Lula pode ser progressista, liberal ou conservador, não importa, o que tenho certeza que ele não é, é burro! Sabe que seu governo esta no fio da navalha e transita muito bem neste caminho.

Luiz Henrique

16/12/2023 - 08h45

Acredito que o maior desafio deste governo é o de conter a senha conservadora. Basta ler os comentários feitos aqui. Parecem que essas pessoas vivem em outro mundo ou não conseguem observar o óbvio. Lula estar disfarçado de progressista sendo um liberal? Basta ver o que aconteceu à Dilma, quando tentou moralizar o país impondo ações civilizatorias. Acabou, no final cedendo, não aos liberais, que julgo em muitos casos honestos, mas aos conservadores (aqui gostaria de marcar está distinção) e mesmo assim foi derrubada. E o Lula pode ser progressista, liberal ou conservador, não importa, o que tenho certeza que ele não é, é burro! Sabe que seu governo está no fio da navalha e transita muito bem neste caminho.

Nelson

14/12/2023 - 14h07

Lula tem seus defeitos, óbvio. Porém, é reconhecido pelo mundo afora exatamente por sua capacidade de articulação política. Mas, o nosso emérito comentarista, que se acha o grande sabichão, quer nos convencer de que ele “é um ESTUPRADOR POLÍTICO”.

Pelo mundo afora, se sabe de toda a perseguição judicial empreendida a Lula por Sério Moro, Deltan Dallagnol e parte do Judiciário. Pelo mundo afora, se sabe que Lula foi preso por 580 dias sem provas. Ou seja, os que comandaram a Lava Jato “estupraram” a Constituição, o Estado Democrático de Direito, a democracia, enfim.

Contudo, o sabichão, que alega admiração invencível pela democracia, além de adorar o “estuprador” Moro, intenta convencer a todo mundo de que é Lula que “está há muito tempo estuprando o Brasil”.

Patriotário

04/12/2023 - 15h05

#bolsonaroladrão

Eduardo G. Duprat Cardoso

04/12/2023 - 12h21

Será que dá para confiar nos números do governo?

Patriotário

04/12/2023 - 06h29

Calma , cadelas !!!!! Olha a compostura…
Deixem pra ficar se descabelando quando o bozo for condenado e preso, afinal são cadelas, mas cadelas do bem. Alguns tem pianca mole, já sabemos … outros, o anel frouxo hahahahahahahaha

Alexandre Neres

03/12/2023 - 21h47

Gostaria de parabenizar o Miguel por propor o debate. Não estamos fugindo, os próprios setores simpáticos ao governo estão abordando o assunto criticamente, dando a cara a tapa. Quem defende que Lula seja neoliberal não raro se utiliza de um discurso oportunista, ou não compreende a correlação de forças existente em nosso país e também qual é o paradigma dominante no âmbito mundial, que gerou uma horda de famintos, empobreceu a classe média e deixou os ricos cada vez mais ricos.

É lamentável nessa altura do campeonato um senhor de idade usar uma retórica bolsonarista, com caixa alta e termos absolutamente inadequados para descrever a situação. Esse é o senhor Pianca. Absolveu o genocida por ter dito que pintou um clima com adolescentes venezuelanas, mas diz que Lula “está há muito tempo estuprando o Brasil”. Se esquivou de comentar sobre a intentona golpista de 8J, não viu gravidade nos ataques aos poderes constituídos, às instituições e afirmou que o busílis da questão era tão-somente o fato de terem impedido o direito dos cidadãos de ir e vir. Quando diz que Lula é “PREDADOR E CORRUPTO”, que salnorabo também o é, está apenas normalizando este último, papel que desempenhou com frequência ao longo do tempo. Afigura-se que está sentindo falta do desgoverno autoritário que tanto naturalizou. Há pouco estava também passando pano para Javier Milei, radical de extrema direita que nomeia nazistas, promete acabar com o Banco Central e solapar as instituições. Aliás, como se lê abaixo, o senhor Pianca tem um diálogo muito bom e profícuo com bolsominions, mesmo sendo essas toupeiras avessas ao debate. Deve ser benquisto na roda dos milicos capixabas e da turba da Le Cocq.

Quando ele trata do Código Florestal, cai a máscara. Em muitos aspectos, tal código é avançado, mas não saiu como o governo da presidenta Dilma queria, dada a correlação de forças à época que era melhor do que a de hoje e mesmo assim era conservadora e com o predomínio da turma do agro. A ministra Izabela Teixeira teve sua atuação reconhecida mundialmente e o código representa o que era possível naquele momento histórico. Daí se entrevê que o que esse senhor critica é a atividade política, que muita vez não permite que seja adotado um modelo ideal, o que faz com que se identifique com supostos líderes autoritários.

Além disso, não se pode olvidar que ele é a última viúva do lavajatismo, imbuído de um moralismo tacanho e rodeado por santos do pau oco. A OCDE, entidade insuspeita e formada pelos países ocidentais ricos e pretensamente civilizados, denunciou o partidarismo da Lava Jato e que a força-tarefa perseguiu seus adversários políticos, em afronta ao devido processo legal e ao estado democrático de direito, servindo como simulacro para atingir fins pré-estabelecidos.

Por óbvio, não se pode esperar que esse senhor comente que o marido da editora do Estadão de Brasília, que está envolvida em denúncias no Ministério Público do Trabalho, é dirigente do Cidadania, partido ao qual Pianca também é ligado. Tampouco vai comentar que o senhor Aécio Neves está no comando do PSDB e que colocou como presidente do partido seu lugar-tenente Marconi Perillo.

No fundo, no fundo, nosso Homer Simpson não tem culpa. afinal ele tão-somente compra as lereias da imprensa chamada profissional pelo seu valor de face, na medida em que é incapaz de processar as informações e analisá-las criticamente. Como os jornalões atacam recorrentemente a mídia alternativa, ele se presta ao papel de caixa de ressonância.

Por fim, mas não menos importante, filho de peixe peixinho é. O brilhante jornalista Florestan Fernandes Junior aduziu o seguinte: “Um caso recente, bastante emblemático, até mesmo pela campanha desproporcional da imprensa, é o do veto do presidente Lula à desoneração da folha de pagamento, tema que movimentou a internet e inflamou humores dos ‘ardorosos defensores do estado mínimo e do enxugamento dos gastos públicos’. O que vimos foi uma intensa pressão midiática das organizações Globo e dos expoentes da grande imprensa, que alcançou prontamente o resultado: os deputados federais ameaçam derrubar o veto do Presidente Lula à desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e pequenos municípios. E diga-se: antes mesmo do recesso parlamentar. Abro aqui um parêntese para destacar que quanto à ampla e diuturna campanha da imprensa corporativa atacando o veto presidencial, importante que se diga que faltou que esclarecessem, ao bem da honestidade, que são eles próprios beneficiários da desoneração. E também que não houve a contrapartida desses próprios veículos de imprensa à economia, a justificar a desoneração, através da abertura de mais postos de trabalho. O que ocorreu, como bem sabemos, foi o contrário. Fecho o parêntese.”

Efrem

03/12/2023 - 10h54

Edson…provavelmente vc nao ficou sabendo mas Bolsonaro nao tem nenhum cargo publico e està inelegivél por alguns anos, fora da onde ?

Dito isso o Lula é um porco imundo e nada mais, o xerox da trgedia civilizatoria brasileira que a cada dia que passa piora.

Yuri

03/12/2023 - 09h38

O do Larapio se define como Neopilantrismo…kkkkkkkk

EdsonLuiz.

03/12/2023 - 00h38

Lula é um ESTUPRADOR POLÍTICO e está há muito tempo estuprando o Brasil.

■■Lula aprova e financia hidroelétricas economicamente inviáveis e ultra-predatórias na Amazônia e AFOGA o modo de vida e as memórias ancestrais de milhares de índios.

Foi isto que as Usinas Elétricas de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte causaram:: ●Afogaram a vida dos índios e economicamente são hidroelétricas que não servem sequer para gerar energia que preste e dar lucros, a não ser para os donos e para os empreiteiros, todos amiguinhos de Lula (e com dinheiro do BNDES).
*=>Procurem no Google por “Jiral” , “Santo Antônio” e “Monte Belo”.

■■Lula* e o PT* patrocinam uma tratorada em favor de latifundiários e garimpeiros invasores de terras públicas, em completo PASSA-BOIADA contra os nossos biomas mais importantes; legalizam para garimpeiros e latifundiários predadores vastíssimas terras invadidas, inclusive terras de indígenas e invasões criminosas de beira de rios*.
**=>Procurem no Google por::
“Código Florestal” e “Aldo Rebelo” e vejam a data do estupro aos índios, ao meio ambiente e a todo o Brasil.
▪︎Verão que o estupro foi feito nos governos do PT.

■■Lula cozinha todo mundo enquanto trama junto com Alcolumbre para arriscar a margem equatorial junto ao Rio Amazonas por causa de alguns barris do lamentável petróleo.
***=>Procurem no Google.

■■Lula…
■Vou parar por aqui, mas Lula é sempre um estupro ao dinheiro público e ao meio ambiente e Lula é, mais ainda, padrinho de qualquer empreiteiros corrupto ou latifundiário predador que lhe pague em dinheiro, em relógios ou em votos.

Porém, os blogues do PT, incluindo “ocafezinho”, fazem questão de criar narrativas e marketing para dizerem o que Lula e o PT não são.

■■■Dizer o que realmente são Lula e o PT estes blogues não dizem::
■Então, digo eu!

■■Lula e Bolsonaro são o mesmo risco para a democracia, para a economia, para o povo pobre, para o Brasil todo.
■■Lula, o PT e Bolsonaro são chefes do Centrão!

Mas a prática de Lula e do PT é mais Centrão que a do próprio Centrão.

Fora Lula, PREDADOR e CORRUPTO !
Fora Bolsonaro, PREDADOR e CORRUPTO !

■Fora isso dois!
■Fora!

Edson Luiz Pianca.
edsonmaverick@yahoo.com.br

Tiago Silva

02/12/2023 - 22h26

O grande slogan de campanha de Lula foi:

“Colocar o pobre no Orçamento Público e o rico no Imposto de Renda”

É simples avaliar isso ano a ano para saber se houve avanços, estagnação ou até retrocessos…

Por enquanto, esses parâmetros (Orçamento Público e Imposto de Renda, principalmente para as rendas de capital) estão quase que estagnadas… E no final do mandato irão cobrar se a Esquerda cumpriu essa promessa ou cometeu outro estelionato eleitoral.


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