Aviões e tanques israelenses atacaram áreas em toda a Faixa de Gaza durante a noite, disseram moradores, enquanto o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, viajava para a região em meio a apelos dos EUA por uma campanha militar mais focada.
Sullivan deveria manter conversações com israelenses no domingo e enfatizar a necessidade de perseguir os militantes do Hamas de forma direcionada, e não com um ataque em grande escala à cidade de Rafah, no sul de Gaza, disse a Casa Branca.
Israel tem invadido a cidade que diz ser o último bastião das forças do Hamas. Centenas de milhares de palestinos fugiram da área que era um dos poucos locais de refúgio que ainda restavam.
As forças israelenses também avançaram mais profundamente nas estreitas vielas de Jabalia, no norte de Gaza, retornando a uma área que disseram ter limpado no início do conflito, disseram moradores.
Os militares israelitas afirmaram que as suas operações em Jabalia – o maior dos oito campos históricos de refugiados de Gaza – são precisas e destinam-se a impedir o Hamas de restabelecer o seu domínio ali.
Israel disse no domingo que mais dois de seus soldados foram mortos em uma batalha no sul de Gaza.
Pelo menos 28 palestinos foram mortos no domingo, disseram autoridades de saúde de Gaza e o Hamas, a maioria deles em um ataque a uma casa em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza.
O Serviço de Emergência Civil de Gaza disse num comunicado que as equipas de resgate recuperaram até agora os corpos de 150 palestinos mortos pelo exército nos últimos dias, enquanto a sua contagem mostrou que 300 casas foram atingidas por fogo aéreo e terrestre israelita.
As autoridades de saúde de Gaza não fazem distinção entre civis e combatentes no que diz respeito ao número de mortos.
O ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, que desencadeou a guerra, matou 1.200 pessoas, segundo cálculos israelenses. Acredita-se que cerca de 125 das 253 pessoas raptadas no ataque permanecem em cativeiro em Gaza.
Cerca de 35.386 palestinos foram mortos em ataques israelenses desde 7 de outubro, segundo o ministério da saúde do enclave. As agências humanitárias alertaram para a fome generalizada e a escassez de combustível e de medicamentos.
Reportagem de Nidal al-Mughrabi; edição por Andrew Heavens, via Reuters.
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