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Entenda a guerra que Netanyahu quer vender aos EUA

Washington nega envolvimento, mas Trump elogia ataque; risco de escalada com participação americana aumenta O mundo acordou na última sexta-feira, 13 de junho, sob a sombra de um ataque militar que pode redefinir os rumos do Oriente Médio. Israel lançou uma ofensiva aérea massiva contra o Irã, atingindo mais de 100 alvos, incluindo instalações nucleares, […]

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Por que Netanyahu está tentando freneticamente atrair os EUA para a guerra de Israel contra o Irã
Bombardeios de Israel matam líderes iranianos e acendem alerta global, a dois dias das negociações nucleares com os EUA.

Washington nega envolvimento, mas Trump elogia ataque; risco de escalada com participação americana aumenta


O mundo acordou na última sexta-feira, 13 de junho, sob a sombra de um ataque militar que pode redefinir os rumos do Oriente Médio. Israel lançou uma ofensiva aérea massiva contra o Irã, atingindo mais de 100 alvos, incluindo instalações nucleares, bases militares e figuras-chave do governo iraniano. Entre os mortos estão o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, o comandante da Guarda Revolucionária e vários cientistas ligados ao programa nuclear do país.

O ataque ocorreu em um momento especialmente delicado: dois dias antes da retomada das negociações nucleares entre Irã e Estados Unidos, marcadas para o domingo, 15 de junho. A escalada repentina reacendeu temores de uma guerra regional mais ampla, com consequências imprevisíveis para a geopolítica global.

O ataque e suas consequências

Segundo fontes militares iranianas, os bombardeios foram realizados com mísseis de alta precisão, muitos deles atingindo estruturas subterrâneas fortificadas. Além das baixas militares, pelo menos 14 cientistas nucleares foram mortos em ataques posteriores, alguns deles em explosões de carros-bomba.

O governo iraniano classificou a ação como um “ato de guerra não provocado” e prometeu retaliação imediata. Horas depois, foguetes e drones iranianos atingiram Tel Aviv e Haifa, sobrecarregando o sistema de defesa israelense conhecido como Domo de Ferro. Pela primeira vez em décadas, sirenes de alerta soaram em massa em Israel, com milhões de civis correndo para abrigos antiaéreos.

O jogo geopolítico por trás dos ataques

O ataque israelense não foi uma ação isolada. Relatórios indicam que os Estados Unidos tinham conhecimento prévio da operação, embora a Casa Branca tenha negado participação direta. O ex-presidente Donald Trump, que retornou ao poder em janeiro deste ano, elogiou publicamente os ataques, chamando-os de “bem-sucedidos” e afirmando que Washington “sabia de tudo” antes que acontecessem.

Analistas acreditam que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, busca arrastar os EUA para um conflito aberto com o Irã, numa tentativa de garantir apoio militar total para destruir o programa nuclear iraniano e, possivelmente, derrubar o governo de Teerã.

No entanto, a estratégia pode sair pela culatra. O Irã, diferentemente de outros países da região, possui uma estrutura política resiliente, capaz de resistir a décadas de sanções e pressão externa. Além disso, sua rede de aliados – incluindo grupos como o Hezbollah no Líbano e milícias no Iraque e no Iêmen – significa que qualquer guerra teria ramificações em múltiplas frentes.

O fantasma de uma guerra maior

A comunidade internacional reage com apreensão. A Rússia e a China condenaram os ataques israelenses, enquanto potências europeias pediram moderação. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para o risco de uma “catástrofe humanitária” caso as tensões se agravem.

Enquanto isso, o mercado global de petróleo já sente o impacto. Com o Estreito de Ormuz – por onde passa 21% do suprimento mundial de petróleo – sob ameaça, os preços do barril disparam, alimentando temores de uma crise econômica global.

O que esperar agora?

Três cenários preocupam os especialistas:

  1. Guerra Prolongada: Israel e Irã entram em um conflito de desgaste, com ataques mútuos sem uma vitória clara de qualquer lado.
  2. Intervenção Americana: Os EUA são arrastados para o conflito, levando a uma escalada ainda mais perigosa.
  3. Conflagração Regional: O conflito se espalha, envolvendo múltiplos países e possivelmente desencadeando uma guerra de proporções globais.

Enquanto o mundo observa com nervosismo, uma coisa é certa: as próximas semanas podem definir o futuro do Oriente Médio – e, quem sabe, do mundo. Como bem lembrou um diplomata anônimo em Genebra: “Quando o Oriente Médio pega fogo, o mundo inteiro corre o risco de queimar junto.”

Com informações de Sami Al-Arian, para o Middle East Eye*

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